Cadernos de uma parisiense: 5 dicas para aproveitar a cidade na Paris Fashion Week e mais um bônus

Bonjour! A Paris Fashion Week está chegando e eu vou listar 5 dicas do que fazer por aqui na temporada. Tem restaurante para badalar, para fugir do badalo, um bar que também é restaurante, uma exposição imperdível e uma loja que merece a visita, nem que seja só para olhar e se apaixonar pelas peças. Esta coluna traz ainda um bônus com duas escapadas especiais. Como toda parisiense, adoro sair e recomendo súper a dica de ir até Roma (são apenas duas horinhas de avião) e ficar bem no centro da cidade, curtindo uma boa caminhada e a gastronomia incrível, que é uma constante por lá. E, como o inverno ainda está fervendo nas estações de esqui, vou falar de Verbier, que combina estilo de vida descomplicado com todo o charme e diversão que uma estação deve ter. Vamos aos meus apontamentos do momento? Tudo devidamente testado e aprovado por mim! Porque, aqui, vocês já sabem: eu falo do que conheço! Espero que curtam!

 

Badalo noturno: La Belle Époque

O Belle Époque é um dos lugares mais procurados pelo público da Paris Fashion Week. @ilyafoodsstories

Começo pelo restaurante que os fashionistas internacionais, aqueles nomes que vemos nas primeiras filas dos desfiles, adoram. É para lá que eles vão durante a Paris Fashion Week. Não considero o melhor restaurante da cidade, mas é uma brasserie divertida, o ambiente é festivo e descontraído e, para comer algo gostoso e ver as “modas”, nada melhor. É importante fazer reserva, pois sempre lota. A animação aumenta por lá depois de um certo horário. É ver para crer.

La Belle Époque: 36, rue des Petits Champs.

Badalo diurno: Le fumoir

O Le Fumoir começa a agitar a partir das 11 horas da manhã e, pasmem, tem até chimarrão no menu. @lefumoir

Esse é um dos meus lugares favoritos em Paris e um dos primeiros que frequentei: Le Fumoir, que serve café da manhã a partir das 11h, além de almoço, chá da tarde, drinks e jantar. Acreditem, eles têm até chimarrão (identificado no menu como “mate argentino”), e é um lugar conhecido por ser bom para paquerar. A comida é excelente, a música, ótima, e a localização é perfeita durante a semana de moda. Gosto muito das sobremesas e também de ir lá no começo da tarde, pois está sempre movimentado. Apesar da fama, ainda é um lugar frequentado por locais.

Le Fumoir: 6, rue de L’Amiral de Coligny 

Para sair do badalo: Ripaille

O moelleux au chocolat do Ripaille é uma das delicias desse canto aconchegante e fora das badalações. Ana Garmendia

Recentemente, fui a um restaurante longe do circuito da moda, mas igualmente interessante: Ripaille. O dono é um especialista em vinhos que abriu seu próprio restaurante há 20 anos. Frequentado por insiders da região de Batignolles e turistas descolados, é o tipo de lugar com uma atmosfera intimista, para ir sem pressa. Pedi um prato do dia: salmão cozido a vapor com maionese de legumes, algo que os franceses fazem muito bem, e curti a imperdível sobremesa: moelleux au chocolat com sorvete de pimenta. Vá tranquilo, mas observe que eles fecham nos finais de semana.

Ripaille: 69, rue des Dames.

Para fazer uma extravagância: Perrin 

As icônicas clutchs da Perrin, savoir-faire francês a ser conhecido por aqui. Ana Garmendia

Uma loja que adoro, especialmente pelas peças originais, é a Rigaudy-Perrin, que foi a principal fornecedora de luvas de couro para as casas de alta-costura de Paris. Relançada no século 21 como Perrin Paris, a marca tem peças incríveis, como a icônica Clutch Glove, uma clutch com um encaixe para a mão. A boutique parisiense, projetada por Chahan Minassian, fica ao lado dos Jardins das Tulherias. Vale a pena conferir, pois é uma marca histórica que, mesmo que não compremos, traz a visão do que os franceses chamam de savoir-faire.

Perrin: 3, rue d’Alger.

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Para um toque de arte: Musée de L’Homme

A expo Wax é uma das grandes atrações de moda na cidade. © T. Muriu

O famoso tecido wax, inspirado no batik indonésio, é tema de uma exposição no Musée de L’Homme, em Paris. Industrializado pelos europeus e popular na África Ocidental, ele se tornou emblemático do continente. A exposição traça sua história, destacando o papel das mulheres, especialmente as Nana Benz, pioneiras no comércio de wax no Togo nos anos 1960. Embora seja um produto comercial global, o wax é um patrimônio africano, fortemente presente em momentos importantes da vida de várias gerações. A exposição apresenta uma diversidade de objetos e obras de arte contemporânea, mostrando a riqueza do wax como fonte de criação. É imperdível para quem se interessa por moda, já que o wax é frequentemente revisitado em coleções de prêt-à-porter de luxo.

Musée de L’Homme: 7, place du Trocadéro. A exposição Wax fica em cartaz até 7 de setembro. Entrada: 15 euros.

 

Bônus

Para dar um pulo em Roma 

O café Ginori no Hotel de la Ville em Roma é uma das boas pedidas para quem vem para Paris e quer aproveitar um pouco mais a Europa dando um pulo na Cidade Eterna. Divulgação

Para quem vem à Paris Fashion Week e quer esticar a viagem, recomendo fortemente ir até Roma e se hospedar no chiquérrimo Hotel de la Ville, um palácio do século 18 totalmente renovado. O café Ginori, inaugurado no local, é um espaço incrivelmente bem decorado com as porcelanas da Ginori 1735 e tem cozinha assinada pelo chef Fulvio Pierangelini. Com três séculos de tradição, a Ginori 1735 é reconhecida por sua excelência. Fiquei por dois dias e aproveitei demais o ambiente maravilhoso e o cenário cinematográfico da Cidade Eterna, além de me encantar com os pratos. Pierangelini preparou um cardápio incrível – destaque para e o cacio e pepe com lagosta e a salada caesar com trufas.

Hotel de la Ville eCafé Ginori: Via Sistina, 69.

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Para curtir a neve 

O Experimental Verbier é um lugar perfeito para curtir neve, gastronomia, agitação e bem-estar na Suíça. Divulgação

Por último, como é inverno e temporada de estações de esqui, recomendo uma visita à charmosa Verbier, na Suíça. Famosa por sua extensa rede de esqui “4 Vallées”, a cidade é perfeita para esquiadores de todos os níveis e idades. Fiquei hospedada no Experimental Chalet, que possui 39 quartos. Posso afirmar que provei a melhor comida e vivi grandes momentos de esporte, lazer e bem-estar. O chef Gregory Marchand assina a cozinha francesa do hotel. Além disso, há um bar de drinks incríveis, o famoso clube noturno Farm e um spa inesquecível com produtos da Biologique Recherche. É para ir sem medo: simplesmente perfeito!

Experimental Chalet: Rote de Verbier, station 55.

 

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