“É tudo o que passa na minha cabeça”, diz Caetano Veloso sobre Meu Coco

Cantor falou sobre o disco, seu primeiro trabalho em nove anos, com exclusividade à ELLE Volume 05.


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Nesta quinta-feira (21.10), às 21h, Caetano Veloso quebra um jejum de nove anos e lança o álbum Meu coco, sucessor de Abraçaço (2012), seu penúltimo disco de inéditas. O cantor e compositor falou sobre o álbum ainda em setembro, com exclusividade à ELLE, em meio a uma turnê europeia que percorreu seis cidades.

“A canção que dá título ao álbum diz tudo: “Meu coco”. Ou seja, é tudo o que passa na minha cabeça. Assim, é uma mirada atual sobre temas recorrentes em meu trabalho: nomes, fantasias que esboçam uma decifração do Brasil, homenagens a meus amores. Curiosamente, tudo isso que pareceria um balanço do que tenho feito ao longo de décadas terminou se revelando um amontoado de novidades, de peças formais e olhares sobre as coisas que são diferentes de tudo o que já fiz”, disse na entrevista publicada na ELLE Volume 05, da qual é uma das capas. Caetano posou para a ELLE no alto de uma falésia na Córsega (França), antes de seguir para Hamburgo (Alemanha).

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Foto: Cecilia Duarte/ELLE Brasil

O baiano gravou o disco em meio à quarentena, em sua casa, no Rio de Janeiro. “O estúdio já existia. Paulinha tinha encomendado a construção de um na casa da Niemeyer (avenida onde mora, no Rio de Janeiro), que ficou pronto antes do anúncio da pandemia. Eu ia esperar a pandemia acabar para fazer o disco, que tinha começado a imaginar em 2019. Como ainda hoje não acabou, depois de um ano esperando, decidi gravar nesse estúdio meio caseiro, embora de nível profissional”, contou. “Lucas Nunes, colega de Tom na banda Dônica, me ajudou a fazer tudo. Primeiro, só nós dois. Logo fomos chamando Márcio Victor, Vinícius Cantuária, Marcelo Costa, Mestrinho, Hamilton de Holanda, e encomendando arranjos a Thiago Amud, Jaques Morelenbaum e Letieres Leite, que gravaram orquestras à distância. E Pretinho da Serrinha, para quem compus um samba especial, que gravou com músicos com quem costuma tocar.”

Além do primeiro single, “Anjos tronchos”, em que discute e questiona os algoritmos (Uns anjos tronchos do Vale do Silício/Desses que vivem no escuro em plena luz/Disseram vai ser virtuoso no vício/Das telas dos azuis mais do que azuis), o álbum traz entre suas 12 faixas “Autoacalanto”, que ele compôs para o neto Benjamim (filho de seu caçula, Tom), e apresentada pela primeira vez na sua live de Natal. “O novo neto nasceu em casa e cresceu seu primeiro ano perto de mim e Paulinha”, contou na entrevista. Leia esta conversa completa na ELLE Volume 05.

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Foto: Reprodução

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