As melhores séries de 2024
Sem ideia do que maratonar neste fim de ano? O time da ELLE conta o que viu e adorou.
Entre adaptações de livros, ficções e séries documentais, confira nossos palpites sobre as melhores séries de 2024.
Dark Matter (Apple TV+)
“Sou fascinada por ficção científica, e essa adaptação do best-seller de Blake Crouch parte de conceitos complexos da física (o experimento do Gato de Schrödinger é citado como ponto de partida) para narrar a saga de um homem para reencontrar a sua família, depois de ter sido sequestrado por outra versão sua (sim, estamos falando de multiversos). Mais ou menos na linha de Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo (2022), a série mostra como as nossas escolhas moldam quem nos tornamos e o poder da mente na construção da realidade.”
Renata Piza, redatora-chefe
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The new look (Apple TV+)
“A série conta a história de Christian Dior em sua ascensão profissional (e dilema pessoal), durante a invasão alemã em território francês na Segunda Guerra Mundial. Crescem na tela duas coadjuvantes (entre muitas aspas) interpretadas por grandes atrizes: Catherine Dior, por Maisie Williams, e Coco Chanel, por Juliette Binoche.”
Gabriel Monteiro, editor de reportagem de moda
Disclaimer (Apple TV+)
“Daria para justificar só pelo elenco: Cate Blanchett, Kevin Kline, Sacha Baron Cohen e Kodi Smit-McPhee. Mas há muito mais do que grandes atuações em Disclaimer, minissérie inspirada no livro Difamação, de Renée Knight. Com direção de Alfonso Cuarón, a produção cruza uma série de assuntos a partir de diferentes pontos de vista ou narrativas. Maternidade, casamento, sexo, realização profissional, luto, família, prazer, independência, abuso, violência, classismo, machismo, etarismo. Alguns temas se sobrassem, em especial as relações entre mãe e filho, uma predileção do diretor (vide dois de seus longas mais famosos, E sua mãe também e Roma). Porém, é ao retratar a complexidade e as mil camadas de cada aspecto que o roteiro e a obra se destacam.”
Luigi Torre, diretor de reportagem de moda
One day (Netflix)
“A princípio, não vi muito sentido em ver mais uma adaptação de One day, best-seller de David Nicholls de 2009, que já havia rendido um filme em 2011, protagonizado por Anne Hathaway. Mas cedi e não me arrependi: a série é bem melhor que o filme – desculpa, Anne – e muito por culpa do ótimo Leo Woodwall, que apareceu para o público na segunda temporada de The White Lotus. One day segue dois melhores amigos (interpretados por Woodwall e Ambika Mod), além de um futuro casal, entre seus altos e baixos, ao longo de anos, sempre retratados no mesmo dia: 15 de julho. O roteiro é ágil e vai te fazer chorar. E a trilha, fiel à época, é uma viagem no tempo.”
Bruna Bittencourt, editora de cultura
Foto: George Rinhart/Corbis via Getty Images
Coco Chanel: Unbuttoned (Universal+)
“O ano de 2024 contou com bons lançamentos cinematográficos sobre moda e seus profissionais, como as séries Cristóbal Balenciaga, The new look, Becoming Lagerfeld e os documentários sobre John Galliano e os anos 1990. Nessa última seara, Coco Chanel: Unbuttoned merece destaque. Com boa apuração, entrevistas, imagens e áudios originais da estilista, a produção da BBC que estreou este ano no Brasil tem entre seus méritos o distanciamento jornalístico e uma construção narrativa bem contextualizada, capaz de contemplar – e contrastar – algumas facetas da criadora para além de narrativas simplistas.”
Luigi Torre, diretor de reportagem de moda
Hacks, terceira temporada (MAX)
“Com certeza, é a melhor temporada de Hacks. Difícil achar uma comédia boa nos dias de hoje, mas essa tica todas as casinhas de série do ano.”
Giuliana Mesquita, editora-assistente do site e redes sociais
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Alguém em algum lugar, terceira temporada (Max)
“Em suas três temporadas, a série é um antídoto para o pessimismo e o sentimento de deslocamento, promovendo aceitação e diálogo. Sam (Bridget Everett) é cria de uma pequena cidade no interior do Kansas (EUA). Mas ela não precisa ir a Oz para saber que ali pode ser seu lugar, mesmo se sentindo fora do padrão em uma comunidade apegada a valores conservadores que costuma exigir das pessoas se encaixarem em moldes. Lidando com trauma, frustração e baixa autoestima, ela encontra em seus amigos uma família de peixes fora d’água. Sua amizade com Joel (Jeff Hiller) é das coisas mais lindas a passar na televisão. Alguém em algum lugar abdica dos confrontos para mostrar que, se você encontrar as pessoas certas, a sua gente, é possível sobreviver e florescer em qualquer lugar.”
Mariane Morisawa, colaboradora da ELLE
Pinguim (Max)
“No papel do arqui-inimigo do Batman, Colin Farrell dá show de atuação como o mafioso Oz Cobb, em um roteiro bem amarrado, que remete a produções icônicas como O poderoso chefão (1972) e Família Soprano (1999-2007).”
Chantal Sordi, editora de consumo da ELLE
Fantasmas (Max)
“Julio Torres é como se Buñuel usasse o Tumblr. O ator e escritor é surreal em tons de madrepérola, autobiográfico e distópico, mas não menos político e questionador. No rol dessa série temos: os obstáculos de pertencer, surtos identitários e uma certa malandragem que esboça o capitalismo de forma muito clara. Se você não estiver morta por dentro, vai dar muitas risadas.”
Paulo Raic, colaborador da ELLE
Pachinko, segunda temporada (Apple TV+)
“A segunda temporada da série, adaptada do best-seller homônimo da autora Min Jin-lee, avança na história de Sunja, interpretada por Kim Min-ha, uma imigrante coreana que agora luta para sobreviver e cuidar de sua família no Japão, em meio aos horrores da Segunda Guerra Mundial. Os atores Lee Min-ho e a vencedora do Oscar Youn Yuh-jung também retornam aos seus papéis.”
Gustavo Balducci, editor de arte do site e da ELLE View
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