Björk, BaianaSystem e outras novidades musicais deste início de 2025
Atualize suas playlists com novas faixas e álbuns de Japanese Breakfast, FKA twigs e Bad Bunny.

As boas novidades musicais de 2025 começaram com o mais recente disco de Bad Bunny, Debí tirar más fotos, mas já seguiram além. Confira a seguir o que andou passando pelos fones da equipe da ELLE neste início de ano:
SINGLES
Japanese Breakfast, Orlando in love
“Após um hiato de três anos, a vocalista Michelle Zauner retorna ao estúdio com o novo álbum do Japanese Breakfast, For melancholy brunettes (& Sad women), previsto para 21 de março. O primeiro single, ‘Orlando in love’, lançado em janeiro, dá um gostinho da atmosfera reflexiva do disco, que promete conquistar o coração das garotas indie em 2025. Permeando temas como tentação e o medo do fracasso, o álbum conta com uma colaboração especial do ator Jeff Bridges.”
Chantal Sordi, editora de consumo
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ÁLBUNS
Bjork, Apple Music Live (Cornucopia)
“Décima turnê da islandesa, Cornucopia se desenrolou entre 2019 e 2023, a partir dos discos Utopia (2017) e Fossora (2022). A série de shows contou com direção da argentina Lucrecia Martel, figurinos de Olivier Rousteing e Iris Van Herpen, além de um coral e uma grande banda, que inclui um grupo de flautistas. O resultado, elaboradíssimo, é pouco visto hoje no pop. Em novembro, Cornucopia se desdobrou em livro e, no fim de janeiro, um show da turnê gravado em 2023 em Portugal chegou como filme com exclusividade à Apple Music, antes de estrear em cinemas pelo mundo, além de disco ao vivo. O setlist da apresentação gira em torno dos dois álbuns mais recentes de Björk, mas também acomoda sucessos antigos como ‘Isobel’ (do álbum Post, de 1995), ‘Hidden place’ – com participação do coral – e ‘Pagan poetry’ (ambas de Vespertine, 2001). O lançamento foi acompanhado por uma entrevista com Björk – a primeira em vídeo em dez anos –, em que ela fala sobre temas como fama, natureza e tecnologia.”
Bruna Bittencourt, editora de cultura
FKA Twigs, Eusexua
“Em 2022, FKA Twigs mudou-se para Praga para protagonizar o remake de O corvo (2024), ao lado do ator Bill Skarsgård. Embora o filme não tenha sido bem recebido pela crítica e pelo público, sua temporada na capital da República Tcheca e a agitada cena noturna da cidade serviram de inspiração para seu terceiro álbum de estúdio, Eusexua. ‘Escrevi minhas letras em lagos de Praga e nos banheiros de raves, com uma caneta esferográfica na mão. Eusexua é o ápice da experiência humana, e agora ele é de vocês’, postou a cantora em seu perfil no Instagram. Lançado cinco anos após MAGDALENE, o disco de 11 faixas tem forte influência da música eletrônica. Segundo Twigs, o título e seu significado remetem a ‘quando você beija alguém por horas e, em certo ponto, deixa de se sentir humano, tornando-se apenas um sentimento’. Entre os destaques, além dos singles ‘Drums of death’ e ‘Striptease’, que ganharam videoclipes, está ‘Childlike things’, que traz a participação de North West, de 11 anos, filha de Ye e Kim Kardashian, fazendo rap em japonês. A cantora começa em março uma turnê pela Europa – incluindo um show no festival Primavera Sound, de Barcelona –, pelos Estados Unidos e pelo Canadá.
Gustavo Balducci, editor de arte
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BaianaSystem, O mundo dá voltas
“Pouco antes do Carnaval chegar, o BaianaSystem lança seu quinto trabalho, sucessor de OxeAxeExu (2021). São 15 anos de carreira até aqui e dez de Navio Pirata, o bloco do grupo que arrasta multidões no Carnaval. E o coletivo de Salvador segue bebendo das mesmas fontes (do rock ao ijexá) e com um time de velhos conhecidos. Entre eles, Daniel Ganjaman na produção, maestro Ubiratan Marques nos arranjos, Gilberto Gil (com quem a banda dividiu o disco Gil Baiana, de 2020) e a dupla Antonio Carlos & Jocafi (com quem o vocalista Russo Passapusso compartilhou o álbum Alto da maravilha, de 2022). Mas o grupo também conta com novos convidados, como Melly, Emicida, Seu Jorge, Pitty, Anitta, a atriz Alice Carvalho e o músico e escritor angolano Kalaf Epalanga. Destaque para a faixa com Gil, ‘Pote d’água’.”
Bruna Bittencourt, editora de cultura
Bad Bunny, Debí tirar más fotos
“Cinco dias após a virada do ano, Bad Bunny lançou seu oitavo álbum de estúdio. Na música que abre Debí tirar más fotos, ‘Nuvayol’, a salsa se mistura às batidas do reggaeton, e os ritmos envolventes continuam a dar norte às faixas seguintes, temperadas também com pitadas de cumbia, jazz, trap e eletrônico. O porto-riquenho diz que vai ser o rei do pop – mas só se for por meio do dembow (subgênero do reggeaton). Tudo parece festa, alegria e diversão, um ‘perreo’ típico de Porto Rico, com pitorro, rum e tudo o mais. Até a chegada de ‘Lo que le pasó a Hawaii’: nela, Bad Bunny faz uma comparação entre os dois territórios que enfrentaram – e continuam enfrentando – problemas com o domínio estadunidense. A maior presença de empresas dos EUA e a gentrificação em Porto Rico são temas também explorados no vídeo-manifesto do álbum. No disco, o músico lamenta o presente e recorda o passado – os domingos jogando baralho com o avô na rua, sentado numa cadeira branca de plástico, objeto, aliás, que ilustra a capa do trabalho. Ele, afinal, queria ter tirado mais fotos deste Porto Rico que parece tão distante.”
Chames Oliveira, repórter
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