Lanvin, inverno 2025

Peter Copping estreia na direção criativa Lanvin inspirado no estilo pessoal da fundadora da casa.


Lanvin inverno 2025
Lanvin, inverno 2025. Foto: Getty Images



O estilista Peter Copping estreou na direção criativa da Lanvin na noite deste domingo (26.01), último dia da semana de moda masculina de Paris. O début, contudo, não foi só de roupas para eles e indica ainda uma possível virada na história recente da maison.

Desde a saída de Alber Elbaz, quase uma década atrás, a empresa batalha para recuperar o prestígio e a relevância reconquistados nos anos em que o designer, falecido em 2021, comandou a grife (de 2001 a 2015).

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Lanvin, inverno 2025. Foto: Getty Images

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A palavra “reconquistados” no parágrafo anterior se justifica porque a casa fundada por Jeanne Lanvin foi uma das mais influentes da moda francesa nas décadas de 1920 e 1930. É inspirado pelos movimentos estéticos daqueles períodos e pelo estilo pessoal da couturière que Peter Copping começa a interpretar versões atuais do repertório da etiqueta.

Desde sua nomeação ao cargo ao cargo, em junho passado, ele mergulhou nos arquivos da marca, analisou de perto roupas de Jeanne em si, estudou croquis, amostras de tecidos e bordados, estampas e até imagens da decoração de apartamentos e ateliês habitados pela estilista. Com tamanha pesquisa, um resultado nostálgico demais não seria uma surpresa. No entanto, o que a gente vê na passarela passa longe de qualquer aroma de naftalina.

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Lanvin, inverno 2025. Foto: Getty Images

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Lanvin, inverno 2025. Foto: Getty Images

Sim, há elementos e lembranças dos anos 1920 nas silhuetas alongadas, nas franjas e no caimento solto de muitos looks. As estampas geométricas, os bordados metalizados e os casacos imponentes (um dos pontos mais fortes da coleção) são a cara da década seguinte. Os vestidos com volumes suaves, levemente arredondados, as amarrações e drapeados são acenos diretos às criações e às vestimentas da costureira e criadora francesa. Tem ainda lembranças bastante claras dos anos e feitos de Alber: os acetinados esvoaçantes, a cartela de cores sofisticada, as texturas e, em especial, o casting de mulheres mais velhas.

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Mas há também bastante sensibilidade e atualidade: a ideia de propor um guarda-roupa completo, as decorações contidas, o foco em peças algo conhecidas, familiares, porém elevadas por detalhes inventivos nos materiais, silhuetas ou construções, a união das linhas masculinas e femininas, o mix de roupas de festa com outras para o dia.

Pode não ser o tipo de estreia pirotécnica, chamativa. É, sem dúvidas, uma estreia bastante competente – sinal dos anos de experiência de Peter Copping na Louis Vuitton (com Marc Jacobs), Nina Ricci, Oscar de la Renta e na alta-costura da Balenciaga (com Demna). Agora, é aguardar cenas dos próximos capítulos.

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