Paris Fashion Week: Schiaparelli, verão 2026

No verão 2026 da Schiaparelli, Daniel Roseberry explora o embate entre criatividade e apelo comercial.


Schiaparelli, verão 2026.
Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação



Quando Daniel Roseberry assumiu a direção criativa da Schiaparelli, em 2019, a maison trabalhava apenas com alta-costura. O prêt-à-porter só foi incorporado quatro anos depois, no inverno 2023. Desde então, transpor os códigos couture para uma linha amplamente comercial tem sido um desafio encarado pelo estilista. Na temporada de verão 2026, ele reflete sobre o tema.

Schiaparelli, verão 2026.

Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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“Quando comecei, muitos não entendiam o meu trabalho e ressaltavam que o prêt-à-porter era muito parecido com a alta-costura. Mas, alguns anos depois, ele provou ser um valor agregado à etiqueta, graças às criações profundamente desejadas pelas nossas clientes”, disse o designer em entrevista ao jornal Milano Finanza.

Apresentada no Centre Pompidou, a coleção mistura alfaiataria sóbria com acentos surrealistas, marca registrada da casa. O resultado inclui saias de cós ondulado combinadas a tops que fazem o mesmo movimento na barra, blazers acinturados com pequenas bolas de tecido no quadril e tricôs com desenhos inspirados nos croquis antigos de Elsa Schiaparelli, fundadora da maison, que geram um efeito de ilusão de óptica chamado trompe l’oeil.

Schiaparelli, verão 2026.

Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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Camisas e vestidos ganham golas e babados rígidos, que parecem congelados, enquanto slipdresses e costumes são feitos de tecidos fininhos e ultratransparentes. Alguns modelos também recebem recortes que remetem aos famosos relógios derretidos nas pinturas do artista Salvador Dalí, amigo de Elsa e um dos expoentes do movimento surrealista.

Na parte final, looks de festa resgatam um ícone do verão 1938 criado pela própria fundadora: os rasgos no tecido. Se no original, lançado há 85 anos, eles eram apenas desenhos, agora eles se materializam efetivamente em cortes.

Schiaparelli, verão 2026.

Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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Entre os acessórios, destaque para as joias iluminadas – colares e brincos de pedras usados por Alex Consani e Kendall Jenner, respectivamente –, que dialogam com o nome da coleção, Dancer in the dark. “As peças devem despertar a sensação de dançar sozinho em casa: libertadora, livre e alegre”, escreveu o estilista nas notas enviadas à imprensa.

A descrição dos looks pode dar a entender que não são roupas para o dia a dia. De fato, nem todas elas são – e tudo bem. Isso não diminui o mérito de Roseberry em criar um prêt-à-porter desejável, que conversa com as consumidoras da etiqueta e sustenta a narrativa da maison.

Schiaparelli, verão 2026.

Schiaparelli, verão 2026. Foto: Divulgação

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