SPFW N58: Lino Villaventura

Lino Villaventura incorpora seu minucioso trabalho de superfície em criações tanto para festas quanto para a moda urbana.


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Lino Villaventura, verão 2025. Marcelo Soubhia / @agfotosite



“Eu não sigo nenhuma inspiração, acho que isso é uma coisa abstrata, prefiro seguir a minha própria intuição”, dispara Lino Villaventura, no backstage do desfile de sua marca homônima, apresentado neste domingo (21.10), na São Paulo Fashion Week.

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Lino Villaventura, verão 2025. Gustavo Scatena/ @agfotosite

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Com mais de 45 anos de carreira, a sua identidade está mais do que estabelecida na moda brasileira. “Minhas texturas persistem em várias coleções, mas há coisas muito significativas no meu trabalho, do feito à mão”, comenta ele. Os botões e bordados handmade são exemplos, assim como a técnica de moulage, onde a construção da peça é feita diretamente sobre o corpo da modelo.

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Lino Villaventura, verão 2025. Marcelo Soubhia / @agfotosite

“Essa coisa de pegar pedaços de tecido e eles te levarem por um caminho que você nem sempre sabe onde vai dar, mas vou encaixando de uma maneira que se tornam numa roupa escultural”. O vestido branco em camadas usado por Anttónia que abre o desfile foi construído exatamente assim, como boa parte dos vestidos longos e médios com pontas assimétricas ou versões mini, armadas na região do quadril para criar volumes ou efeitos de dobradura.

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Lino Villaventura, verão 2025. Marcelo Soubhia / @agfotosite

Apesar do processo ser o mesmo, o estilista ressalta a importância de não se repetir nas coleções. “Quando você cria um estilo muito próprio, é preciso ter muito cuidado para mantê-lo, sem cair na mesmice”, fala ele. Para isso, aposta em materiais como o náilon biodegradável para arrematar vestidos em tons de verde, rosa, roxo e amarelo flúo.

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Marcelo Soubhia / @agfotosite

Ao lado da roupa de festa, há experimentações mais leves e frescas, como os conjuntos monocromáticos compostos por camisas e calças de linho, em tons neutros e terrosos. Numa vibe esportiva com um quê futurista, entram os looks prateados com tops construídos a partir de tecidos recortados sobrepostos.

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Gustavo Scatena/ @agfotosite

Há ainda uma influência asiática ao longo da coleção, evidenciada pelos vestidos que se assemelham a quimonos. Em patchwork de tecidos com delicados bordados e ornamentos que remetem à cultura japonesa, são os looks mais desejáveis do show. “A grande inspiração, na verdade, é a vontade de fazer e de ver que moda não é só a roupa em si, mas um conceito que você criou e conseguiu executar durante o seu percurso”.

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Marcelo Soubhia / @agfotosite

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