Histórico hotel em Lisboa une tradição e modernidade
Fundado há mais de 90 anos, o Tivoli Avenida Liberdade repagina seus restaurantes e suas suítes.
Quando foi inaugurada, na Lisboa de 1886, a Avenida da Liberdade sinalizava um desejo de tornar a capital portuguesa mais contemporânea. Por isso, suas alamedas, superlargas e arborizadas, receberam, ano após ano, marcas de luxo e bistrôs requisitados. O jeito cosmopolita, porém, não deixou de lado os elementos tipicamente lisboetas. Ligando a Praça dos Restauradores à do Marquês de Pombal, a região ainda preservava as calçadas de mosaicos, os prédios art déco e as fachadas de azulejos.
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Em 1933, um de seus quarteirões ganhou o Tivoli Avenida Liberdade. Mais de 90 anos depois, o histórico hotel em Lisboa, o primeiro do Tivoli Hotels & Resorts, segue como um dos favoritos da cidade ー e não é difícil entender o porquê. Logo ao entrar, o lobby de pé direito altíssimo já impressiona. Com tapeçarias aveludadas e biombos dourados na decoração, o espaço combina tradição e modernidade, assim como a avenida onde foi construído.

Lobby do Tivoli Avenida Liberdade. Foto: Divulgação
No teto, cúpulas de vidro deixam a luz natural entrar. Durante a minha estadia, essa luminosidade toda parecia ainda mais intensa graças à Golden Hour, uma escultura feita pela artista portuguesa Ana Trancoso. Com esferas amarelas suspensas por cabos de aço finíssimos, a instalação faz parte do compromisso do hotel com as artes. Batizada de Tivoli Art Collection – Make Room for Masterpieces, a iniciativa já levou ao hotel criações do português AkaCorleone, da sul-africana Esther Mahlangu e do brasileiro Nathan Kunigami.
Atualmente, está em exibição no lobby a obra O sonho de György, do artista lusitano Jorge Feijão, uma adaptação em escala monumental, com oito metros de altura, de um painel do pintor italiano Pietro Perugino (1496-1500), que representa o arcanjo Miguel.

Lisboa vista a partir do SEEN Sky bar. Foto: Divulgação
Mas as novidades do Tivoli não se limitam à entrada. Na gastronomia, por exemplo, as mudanças são numerosas, a começar pelo SEEN Sky Bar. Com vista panorâmica de Lisboa, o restaurante, localizado no rooftop do empreendimento, ampliou o espaço e o menu. Um dos destaques do novo cardápio, assinado pelo chef Olivier da Costa, é a deliciosa carta de sushis. O SEEN também recebeu, logo ao lado, uma loja de vinhos que surpreende pela variedade e quantidade de rótulos.
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Já no térreo está a famosa Cervejaria Liberdade, referência na culinária do país. O novo ambiente ganhou uma varanda na avenida, ótima para os dias de sol, enquanto na área interna os nichos mais intimistas e a iluminação acolhedora reforçam a ideia da cozinha de sala. O conceito propõe que os pratos sejam preparados ou finalizados à nossa frente, deixando a experiência ainda mais completa. O menu, do chef Miguel Silva, mantém como carro-chefe os peixes frescos da costa portuguesa. O arroz de marisco e o bacalhau à brás valem o pedido.

Cervejaria Liberdade. Foto: Divulgação
Quando se trata das acomodações, houve uma redução recentemente. Se antes elas eram 306, agora são 286, divididas em 12 categorias diferentes. O corte é bem-vindo: foi ele que permitiu a ampliação de algumas das suítes. A minha estadia, aliás, foi em uma das recém-reformadas e ela é mesmo enorme. Com decoração inspirada nos anos 1950, conta com um quarto, uma sala independente com mesa de jantar e sofá, e um banheiro superequipado com direito a banheira.

Sala da suíte Beatriz Costa, batizada em homenagem à atriz portuguesa. Foto: Divulgação
Além das novidades, as demais instalações do Tivoli Avenida Liberdade, como a área charmosa da piscina e o spa com sauna, seguem inabaláveis. E, claro, a localização continua imbatível: a poucos minutos a pé de zonas históricas, museus e outras atrações da cidade.
A repórter Lelê Santhana viajou à Portugal a convite do Tivoli Hotels & Resorts.
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