Restaurantes asiáticos: um roteiro com 17 lugares para celebrar o ano novo chinês

O carnaval passou, 2024 agora engrena de vez e, na China, fevereiro marca o início do ano do dragão. Aproveite a deixa para fazer um giro pelo outro lado do mundo com nosso roteiro restaurantes asiáticos em São Paulo e no Rio de Janeiro.


restaurantes asiáticos: prato do canton para o ano novo chinês
Prato do restaurante Cantón em comemoração ao ano do dragão. Foto: Tomas Rangel



Dizem que aqui no Brasil o ano só começa depois do Carnaval. Bom, sendo assim, dessa vez estamos comemorando o ano novo só um pouquinho depois da China. A gente explica: como o país asiático se baseia no calendário lunar, o ano de 4722 teve início no dia 10 de fevereiro, na primeira Lua nova após o solstício de inverno. Como acontece com nosso Carnaval, a data é móvel, e costuma cair entre o final de janeiro e meados de fevereiro. As comemorações são cheias de pompa, circunstância e tradições, duram 16 dias, e terminam com o belíssimo Festival das Lanternas, no 15º, com a chegada da Lua cheia, quando milhares de pessoas penduram lanternas de várias formas e tamanhos nas árvores ou ao longo das margens dos rios.

Uma curiosidade é que os chineses associam um animal a cada ano, dentro de um ciclo de 12. Os 12 animais são conhecidos como animais do zodíaco, que são os signos da astrologia chinesa. Como este ano é do Dragão, eles esperam que seja de possibilidades, oportunidades e boa sorte, já que, na mitologia chinesa, o dragão é um animal que combina características como força, coragem, criatividade, inovação, sabedoria, sorte e prosperidade. 

Mesmo no Brasil, de uns anos para cá, o Ano Novo Chinês virou modinha, e revistas, jornais e blogs passaram a falar muito sobre o assunto. Até menus especiais para comemorar a data são vistos em restaurantes asiáticos ou de outras especialidades.

Nada mais justo. Comida, na China, é assunto sério. Veja só: em vez de dizer “oi, tudo bem?”, uma saudação ainda muito usada no norte do país  é perguntar: “Você já comeu hoje?” 

A verdade é que comida e afeto andam conectados na China por um elo milenar: por suas dimensões e população gigantescas, o país já passou por grandes períodos de fome e escassez, e ter comida para tanta gente, principalmente a que habitava o campo (onde se concentra ainda hoje a maioria da população), era o principal desafio dos imperadores. Dessa forma, perguntar a alguém se ela já comeu naquele dia demonstra preocupação e carinho. 

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Por muitos séculos, na China, cozinhar, temperar e cortar perfeitamente, com métodos precisos, era sinônimo de atos civilizatórios, dominados pelas pessoas mais refinadas. Ao lado da pintura, da poesia e da caligrafia, a gastronomia era a arte dos cavalheiros cultos, surgida mil anos antes de Cristo.

 As técnicas foram desenvolvidas para uma utilização perfeita dos alimentos, já que o país tem essa história gastronômica ligada à escassez, tanto de produtos quanto de combustível. Então, foi criada uma cozinha econômica e contida, mas ainda assim extremamente rica.  Assados são pratos de exceção, e carnes, peixes e vegetais são picados para fritar rapidamente, preservando a textura e o sabor. Ou seja, rápido e eficiente. 

A comida, de fato, é tema central para o povo chinês e dá até aquela ajuda nas relações pessoais. O escritor Lin Yutang (1895-1976) chegou a registrar que os chineses “resolvem as suas questões e desentendimentos na mesa das refeições, e não em um tribunal de justiça”. Para celebrar o pós-carnaval e o ano novo chinês, selecionamos 17 restaurantes asiáticos em São Paulo e Rio de Janeiro para você fazer um verdadeiro giro pelo outro lado do mundo, com pratos inspirados na cozinha de países como Japão, Coreia, Vietnã e, claro, China.

Restaurantes asiáticos no Rio de Janeiro e em São Paulo

Cantón Peruvian & Chinese Food

Um bom endereço para saborear o tradicional pato de Pequim. Na China, somente a pele do pato era servida ao imperador, mas por aqui a ave vai completa, assada com molho teriyaki e acompanhada de mandarin pancakes, maionese de gergelim, salada de pepino com molho de alho e aioli apimentado (R$ 182).

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Pato de Pequim, do Cantón. Foto: Tomas Rangel

Em comemoração ao Ano Novo Chinês, o chef peruano Marco Espinoza criou um prato para ser compartilhado, disponível durante almoço e jantar até 18 de fevereiro. A degustação (R$ 165, serve até 3 pessoas) vem com 2 siu mai con molho hoisin frutado, 4 wontons com molho de tamarindo, frango chijaukay com molho chinês, arroz chaufa de camarões e porco sichuan.

Neste restaurante, cuja decoração destaca elementos típicos da cultura chinesa, como os gatos da sorte e cabeças de dragão, a proposta é uma culinária chamada chifa,  que reúne sabores chineses a ingredientes e técnicas do Peru. Tudo começou em Copacabana, onde Espinoza começou a casa como uma dark kitchen. Após o sucesso, resolveu abrir a primeira unidade no Rio de Janeiro e hoje se espandiu para São Paulo, com endereços em Moema e Pompeia.

Para beliscar, que tal Wontons fritos (R$ 34, 6 unidades), recheados com frango e porco, com um toque cantonês e molho de tamarindo? O Siu May (R$ 47, 4 unidades), recheado ao vapor com carne de porco e camarão acompanhado de molho hoisin frutado, é outra delícia. 

O restante do menu segue apetitoso, com itens como Chaufa Clássica de Frango (R$ 62), arroz frito na wok com frango, ovo, palha de wonton frito e acompanhado de molho tamarindo, e Polvo Cantón (R$ 115), polvo grelhado com brócolis e cogumelos ao molho cantón com alho crocante, batatas rústicas com páprica defumada, pimenta de sichuan e picles de nabo.

Cantón Rio de Janeiro: R. Rodolfo Dantas, 26, Copacabana, telefone: (21) 3594-0002 | Rua Lauro Müller, 116, G3, Shopping Rio Sul, Botafogo, telefone: (21) 97688-5232.
Cantón São Paulo: Avenida Juriti, 587, Moema, telefones: (11) 5051-9755 e (11) 9800-03141 | Rua Padre Chico, 631, Pompeia, telefone: (11) 3872-8948.

 

Restaurantes asiáticos em São Paulo

Aizomê

Aizomê é o nome de uma técnica milenar de tingimento de tecidos com índigo ou anil. Não por acaso, é também o nome deste tradicional restaurante japonês de São Paulo. A alcunha tem uma relação muito próxima com o tempo, a natureza e a habilidade do artesão – o que se reflete na cozinha delicada e autoral da chef e proprietária Telma Shiraishi, uma das maiores autoridades da culinária japonesa no Brasil, a ponto a ser alçada a embaixadora pelo governo do Japão

Com duas unidades, uma nos Jardins e outra no Japan House, o menu privilegia ingredientes sazonais e a estreita relação com produtores locais, ao mesmo tempo em que prioriza o conceito do “ofukuru no aji”, expressão que remete ao sabor da comida caseira, “de mãe”. 

A qualidade dos pratos é inegável, com destaque para o soba (R$ 74), macarrão de trigo sarraceno com caldo à base de dashi, shoyu e saquê, com algas marinhas, kamaboko e cebolinha. É costume dos japoneses que a última refeição do ano seja o soba, pela simbologia dos fios, que representam o desejo de vida longa.

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Soba, do Aizomê. Foto: Rubens Kato

“Sempre tento divulgar a diversidade da culinária japonesa, passando pela grande variedade de preparações que não envolvem somente o sushi. Hoje fico muito contente de ver outras especialidades florescendo em nosso cenário gastronômico, como a cultura do izakaya e a febre do rámens. Mas meu prato preferido ainda é o soba, que poucos restaurantes servem e, além de gostoso, é muito saudável. Para mim, resume o espírito japonês de extrair o máximo com o mínimo de ingredientes”, afirma. 

Aizomê: Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista, telefones: (11) 97247-3862 e (11) 2222-1176 | Japan House, Avenida Paulista, 52, Bela Vista, telefone: (11) 91296-4199.

 

Komah Restaurante

Restaurante coreano que está bombando no meio dos galpões da Barra Funda, com ambiente pequeno e acolhedor. A comida faz justiça à fama. Com criações que misturam ingredientes e preparos tradicionais da Coreia com técnicas e influências de todo o mundo, a casa entrega uma culinária coreana caseira, informal e atemporal, que garantiu um luga na lista Bib Gourmand do Guia Michelin, de estabelecimentos de excelente relação custo-benefício.

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Samgiopsal, do Komah. Foto: Lais Aksa

Dos ícones do menu criado pelo chef Paulo Shin, que deixou a casa em 2022, e hoje preparado sob o comando de Daniel Park, a dica é começar pelo yukhoe (R$ 58), steak tartare coreano preparado com miolo de alcatra semicongelada, gema curada em shoyu e pera asiática. Outras marcas registradas são o Kimchi Bokumbap (R$ 68), arroz salteado com kimchi (acelga fermentada e apimentada) e servido sob omelete cremoso, e o Samgiopsal (R$ 70), pancetta assada e glaceada com molho gochujang e acompanhada pelo Ssam Set, seleção diária de hortaliças, salada de cebolinha, bap (arroz) e pasta ssamjang (pasta de soja fermentada e apimentada). 

Para quem não dispensa sobremesa, o mil folhas de gergelim (R$ 36), que consiste em semifreddo de gergelim branco, praliné de gergelim preto e caramelo toffee com missô, é um dos doces em que vale a pena apostar.

Komah Restaurante: Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, telefones: (11) 3392-7072 e (11) 91652-2249.

 

Goya Zushi

Aberto em 2022 pelo cozinheiro Uilian Goya, que comandou anteriormente o extinto izakaya Taka Daru, o Goya é um tributo à tradição de sua família imigrante. O serviço de omakase (R$ 490), como é chamado o menu confiança, em que as escolhas dos pratos ficam a critério do chef, é o único disponível e acontece em dois horários por noite. 

A seleção apresenta de 10 a 15 etapas, com sushis, sashimis maturados, usuzukuri e temaki, além de pratos quentes como aguemono e kamameshi, todas servidas no balcão, à distância de um estender de braços de Uilian. De suas mãos, as receitas vão praticamente direto para as mãos do cliente. 

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Futomaki, do Goya. Foto: Tati Frison

O jantar meticulosamente preparado se destaca pela utilização de ingredientes sazonais e frescos. A cozinha clássica de Goya segue o estilo kaiseki, uma espécie de alta gastronomia praticada no Japão, que equilibra sabores, texturas e cores para extrair o máximo do potencial dos alimentos, desde peixes sustentáveis até um blend caseiro de shoyus. Cada dia é um novo menu, nunca repetindo exatamente o mesmo prato. 

Goya Zushi: Alameda Franca, 1.151, Jardins, telefone: (11) 97482-8400.

 

Watanabe Restaurante

Na casa de roupagem moderninha do sushiman Denis Watanabe, são servidos clássicos da culinária japonesa com pedidas de estilo pop, como a couve-de-bruxelas crocante (R$ 49) ao molho ponzu, ovas de salmão e brotos, e o buta ribs (R$ 44, 4 unidades), costelinhas de porco grelhada no braseiro com molho especial.

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Couve-de-bruxelas crocante, do Watanabe. Foto: Israel Pinheiro

Antes de realizar o sonho do restaurante próprio, Denis trabalhou em casas prestigiadas, como Nagayama, Kosushi e Kitchin. O conceito do Watanabe tem inspiração em endereços famosos dos Estados Unidos, como Nobu e Zuma, mas ganha toques incorporados pelo chef em suas experiências no Japão. “Acredito que a cozinha dos pratos quentes japoneses está chegando ao Brasil”, afirma Denis.

Watanabe Restaurante: Rua Pedroso Alvarenga, 554, Itaim Bibi, telefone: (11) 3167-6200.

 

Su

Do portfólio de negócios do Attivo Group, o Su reabre no piso Veiga Filho, do Shopping Pátio Higienópolis, com a proposta de servir um repertório nipônico elevado e diverso. São 72 lugares e dois ambientes divididos em salão e sushi bar. O restaurante traz de entrada o kakiague (R$ 34), milho frito em imersão, shisso, mel fermentado, e o toro tartare e caviar (R$ 86), feito com a parte mais nobre do atum bluefin e finalizado com ovas de mujol. Acompanha shari e nori. Sashimis são servidos em três peças, com opções como bluefin akami (R$ 92), carapau (R$ 27), enguia (R$ 83), olhete (R$ 27), ouriço (R$ 66) e pargo (R$30). 

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Ebi spicy, do Su. Foto: Estudio Movo Lucas Marco

As robatas, versão japonesa do espetinho, tem ingredientes como lula e camarão rosa (R$ 50), panceta yuzuteriyaki (R$ 34), barriga de porco cozida por 4 horas com molho agridoce, e vieira Teriyaki (R$ 65), manteiga e pimenta japonesa. Para adoçar o paladar, cheesecake de nori (R$ 36) e o sucrée pistache (R$ 42), com chocolate belga, ganache de pistache.

Su: Av. Higienópolis, 618, Shopping Pátio Higienópolis, Piso Veiga Filho, telefone: (11) 3823-2950.

 

Kitchin

 A casa é conhecida por servir bons cortes de peixes frescos e tem como ponto alto mesclar a tradicional gastronomia japonesa com um toque de modernidade.

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Hand roll, do Kitchin. Foto: Estudio Movo Lucas Marco

Alguns destaques do cardápio são o hand roll (R$ 73) com uni, ikura ou pescados do dia, acompanhado de shari morno e nori, e o yakimeshi de camarão e polvo (R$ 90).

Kitchin: Rua Iaiá, 83, Itaim Bibi, telefone: (11) 2339-2072.

 

Imakay

Originária de Campo Grande (MS), a casa no Itaim Bibi investe no uso de grelhas e na maturação a frio de pescados (também conhecido como ‘dry age’), técnica difundida entre os churrasqueiros, mas que só recentemente começou a ganhar a cozinha do mar. Para aprimorar texturas e sabores, os peixes utilizados no sushibar passam por maturação de cinco a 60 dias, e é possível encontrar, diariamente, cerca de oito espécies deles.

Em uma visita, não deixe de provar o sonho de polvo (R$ 24), uma apetitosa criação original da casa, que consiste em uma massa leve frita recheada de polvo e finalizada com mayo spicy, nori e katsuobushi.

sonho de polvo do imakay

Sonho de polvo, do Imakay. Foto: Fernando Yokota

Como prato principal, o porco glaceado (R$ 69), servido com nabo e arroz de kimchi levemente apimentado e hana nirá, é uma boa opção para anteceder doçuras como os cookies de chocolate e texturas de gergelim em praline, sorvete e mousse (R$ 32).

Imakay: Rua Urussuí, 330, Itaim Bibi, telefone: (11) 3078-7786.

 

Restaurantes asiáticos no Rio de Janeiro

Haru Sushi

Os stories do perfil do Instagram do restaurante sempre exibem a compra dos peixes da semana pelo restaurateur Menandro Rodrigues e já indicam a atenção que o Haru Sushi dá para o frescor da comida.

Quando abriu a casa em 2014, em uma pequena galeria em Copacabana, Nandro fez algumas adaptações ao paladar carioca para ter aceitação no mercado: “Para ganhar a confiança do público no meu trabalho e, com isso, ganhar credibilidade necessária para fazer coisas mais profundas, eu fiz algumas adaptações à cultura local, como o uso do salmão, mas aplicamos técnicas tradicionais no preparo dele”. Embora no Japão tenha salmão, a culinária japonesa tradicional quase não usa esse peixe, principalmente no sashimi ou sushi.

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Combinado, do Haru. Foto: Rodrigo Azevedo

“Também entendemos que usar cream cheese, por exemplo, uma influência americana na culinária japonesa e que tem grande aceitação no Brasil, não era de todo mau. Essa parte comercial da culinária japonesa, realizada com produtos de qualidade e técnica, nos ajudou a ter o movimento necessário para manter o negócio vivo e poder desenvolver trabalhos mais complexos, como o omakase, que exige conhecimento da culinária e cultura japonesas para ser entendido. Posso dizer que o Haru ajudou a popularizar a cultura do omakase. Nós tivemos o primeiro omakase do Rio em formato de balcão e com preços amigáveis”, afirma.

No extenso cardápio, também chamam a atenção o okonomiyaki (R$ 45), panqueca frita japonesa recheada com milho doce e bacon, e a série de sashimis com peixes sazonais (R$ 35) como namorado, pargo, carapau e olho de cão.

Haru Sushi: Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana, telefone: (21) 2547-6867.

 

Naga

Quem vai comer no Naga, restaurante japonês com resenha no site do Guia Michelin, encontra excelência no cardápio com ingredientes pouco usados em grande parte dos restaurantes nipônicos. A casa, filial de outra do mesmo grupo em São Paulo, comandada pela família Nagayama, acaba de completar 10 anos no Rio, no Shopping Village Mall, e ganhou o Naga Lounge, um espaço exclusivo com programação musical e menu especial com snacks como o Sando Bao (R$ 48), sanduíche japonês com carne empanada e pão cozido no vapor, ostras frescas e empanadas à moda japonesa (R$ 40, 2 unidades) e palitos de salmão (R$ 35, 5 unidades), preparados com o peixe empanado e cortado em tiras finas, e servidos com molho teriyaki. 

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Ussuzukuri, do Naga. Foto: Tomas Rangel

Se optar pelo menu do salão, comece pelas entradas quentes como o ebi spicy (R$ 63), pipoca de camarão com maionese japonesa picante. Um dos best-sellers do restaurante, o ussuzukuri de barriga de salmão (R$ 105), uma espécie de carpaccio japonês, é servido com azeite de trufas, flor de sal e raspas de limão-siciliano.

O destaque das bebidas fica por conta da lista de saquês, selecionados pela sommelière Yasmin Yonashiro. São oferecidas cinco famílias da bebida feita com arroz: Daiginjo (super premium, com polimento do arroz acima de 50%, o mais puro do amido), Ginjo (premium, com polimento do arroz entre 40% e 49%), Junmai (de fermentação pura, saborosa e persistente), e Honjozo (acréscimo de álcool após processo de fermentação, fresco).

Naga: Avenida das Américas, 3.900, loja 302, Shopping Village Mall, Barra da Tijuca, telefone: (21) 3252-2698.

 

Si-chou

Ao lado de receitas da Tailândia, do Vietnã, do Japão e da Coreia, há especialidades chinesas. No recente empreendimento do chef Elia Schramm, do italiano Babbo Osteria, ao lado de Menandro Rodrigues, a inspiração vem da lendária Rota da Seda feita por Marco Polo (si-chou, aliás, quer dizer ‘seda’) e acontece após duas participações de Elia no Brazilian Food Festival de Beijing, na China. A ideia é oferecer receitas até então pouco conhecidas, porém de paladar descomplicado, com bases tradicionais e apresentações contemporâneas. Para Elia Schramm, o Si-Chou é um verdadeiro sincretismo gastronômico asiático, rico em sabores, cores e contrastes. 

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Sio mai, do Si-chou. Foto: Rodrigo Azevedo

O cardápio inclui o Sio Mai (R$ 38, 3 unidades), prato da culinária chinesa e um dos mais pedidos da casa: dumpling aberto cozido no vapor, recheado com camarão, broto de bambu e cebolinha. Também fazem sucesso o Dolsot Bibimbap (R$ 69), arroz frito na panela de ferro com carne marinada e temperada, cogumelos, legumes, gema e molho coreano levemente picante; e o combinado japonês tradicional (R$ 96), com atum, peixe branco e karasumi, uni com limão-siciliano, ikura marinado e tamagoyaki. 

Irresistível, o menu de sobremesas tem consultoria do chef argentino Gonzalo Vidal, ex do aclamado 74 Restaurant, em Búzios, e tem receitas autorais como o Orient Express (R$ 39), um fondant de chocolate com sorvete de baunilha, bourbon e calda de caramelo salgado de missô. 

Si-chou: Rua Barão da Torre, 472, Ipanema.

 

Togu

O Togu está instalado em uma localização discreta na movimentada Rua Dias Ferreira, no Leblon. Inaugurado há 20 anos pela dentista Denise Preciado – e, desde então, no mesmo ponto –, o restaurante se propõe a ser um asiático contemporâneo, com criações moderninhas da chef Ana Zambelli. Quem não ama os cubos de namorado com banana-da-terra e palmito pupunha fatiados, calda de leite de coco e maracujá (R$ 75)? Destaque também para o tartar de salmão com wasabi (R$ 48). Da era Checho Gonzales, chef boliviano que preparou o primeiro cardápio, tem o hit atum semi grelhado, arroz de shitake e nirá, redução de teriyaki balsâmico e salsa verde (R$ 75). Pratos que não saem de cena, jamais. 

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Nachos de atum, do Togu. Foto: Rodrigo Azevedo

O cherne sob cama de pupunha e bok choy (R$ 96) foi uma criação de Ana Zambelli com inspiração na China: “O prato foi criado com toque chinês desde seu preparo, todo chapeado, que é característica da comida chinesa, com chapa quente, sabores marcantes e receita agridoce. Depois de chapeado, o cherne é envolvo em um creme de coco com pimenta e capim-limão levemente apimentado, meio doce, meio salgado, no ponto. A acelga chinesa grelhada (bok choy) finaliza entre os palmitos também assados e grelhados, dando a marca bem chinesa ao prato”, explica.

Togu: Rua Dias Ferreira, 90, Leblon, telefone: (21) 99632-1200.

 

Elena

Instalado em um casarão de dois andares do século 19 com vista para o Cristo, e em meio a um cenário bucólico no Horto, o Elena reúne arte, gastronomia e entretenimento e já virou ponto de encontro de personagens da moda e da cultura. 

O novo restaurante sensação da cidade tem ainda cardápio assinado pelo inventivo Itamar Araújo, que carrega uma bagagem de mais de 25 anos na alta gastronomia. O menu tem sabores inspirados na Tailândia, Cingapura, Hong Kong e no Japão e incluem receitas como o bun preparado no vapor com recheio de tempura de cavaquinha, molho especial e alface (R$ 54), o peixe do dia assado na brasa com molho malaio (R$ 98), o curry vermelho com filé mignon, berinjela, tomate-cereja, ervas e cebola crocante (R$ 106) e o black cod marinado no missô (R$ 178). 

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Peixe do dia, do Elena. Foto: Tomas Rangel

Destaque também para os drinques do mixologista Alex Mesquita, que conversam perfeitamente com a cozinha de Itamar, e para as artes presentes em todos os ambientes do Elena, vide as projeções nas paredes do bar do primeiro andar, que se alternam durante a noite, e para os quadros escolhidos a dedo para compor uma parede inteira que leva do primeiro andar ao rooftop. Impossível não citar o banheiro multigênero, com um enorme painel espelhado em que os clientes podem deixar seus recados, e o teto repleto de pontos de luz, dando a impressão de um céu estrelado.

Elena: Rua Pacheco Leão, 758, Jardim Botânico.

 

Suibi

Inspirado no antigo sushi house dos pais que fez sucesso em Nova York por quase 30 anos, o chef Sei Shiroma, das pizzarias Ferro e Farinha, apresenta na sua casa nova, no Leblon, uma releitura da cozinha japonesa tradicional, com receitas elaboradas com técnicas orientais e combinações inusitadas: “Brinco muito com os molhos. Uso, por exemplo, molho hollandaise em um ussuzukuri de salmão”, explica. 

Entre as entradas para compartilhar, fazem bonito os ussuzukuri Hollandaise (R$ 56), de salmão com molho hollandaise de shoyu, e o Surf and Turf Tartare (R$ 48), preparado com shari crocante de Wagyu com atum, gochujang, malá, aonori e grana padano. 

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Surf and turf tartare, do Suibi. Foto: Rafael Mollica

Na ala do sushi bar, destaque para o Steak Frites (R$ 32, 4 unidades), com wagyu, cebola caramelizada, batata palha, cebolinha, karê e molho de tomate, adaptado de uma criação do pai do chef para ele em Nova York.

A cozinha quente gira em torno de uma grelha a carvão, de onde saem pratos como o Wagyu Negimaki (R$ 48), composto por seis lâminas de wagyu enroladas em cebolinha e grelhados com shoyu de abacaxi, e dupla de ostras Hibach (R$ 28) grelhadas com molho kaki cremoso e grana padano.

O ambiente interno é pequeno, conta apenas 8 lugares, mas há mesas de madeira e ombrelones na calçada. 

Suibi: Rua Dias Ferreira, 45, Leblon. 

 

Hatch

No novo restaurante de Marcel Nagayama, parte do clã Nagayama, premiado no eixo Rio-São Paulo com o Naga, a viagem ao Japão é comandada pelo chef Josias Souza e começa com os tradicionais pastéis nipônicos, oferecidos em dois sabores: gyoza de cogumelos salteados (R$ 38, 5 unidades) e copa lombo e nirá, bem recheados e temperados (R$ 38, 5 unidades). Outro destaque é o tsukemono (R$ 18), conservas feitas na casa que variam diariamente, com sabores como beterraba e gengibre.

No quesito sushis e rolls, feitos com ingredientes de fornecedores locais, pode-se degustar sushi de vieira selada (R$ 79, 2 unidades) e o explosivo e autoral Hatch rock roll (R$ 58, 8 unidades), com salmão, cream cheese, cebolinha, creme de tarê e pop rock, um açúcar explosivo.  

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Batera especial, do Hatch. Foto: Tomas Rangel

Entre as receitas quentes figuram com maestria yakimeshi e yakissoba em sabores variados, além de três novidades adicionadas recentemente no menu: o Hatch soba (R$ 75), macarrão feito com molho de queijo cremoso e curry e servido com camarões empanados na farinha panko, que chega à mesa ainda fumegando, o tempurá udon (R$ 75), feito com massa de udon, kamaboko e molho de udon, escoltado por tempurá de legumes e camarão servidos à parte. 

O restaurante traz ainda o menu executivo, com salada, prato principal e sobremesa. Uma das opções inclui salada, tataki de salmão e um combinado com 10 peças com Hot Phila, Baterás Salmão, Baterás Spicy, Uramaki Spicy e Uramaki Skin, por R$ 85.

Hatch: Praia de Botafogo, 400, 5º Piso, Botafogo Praia Shopping, Botafogo. Telefone: (21) 99127-3131.

 

Shiso

Seu nome faz referência a uma folha comestível, também conhecida como manjericão japonês. Localizado entre a Praia da Barra e a Lagoa de Marapendi, no resort urbano Grand Hyatt Rio de Janeiro, o Shiso investe na culinária oriental com preparos tradicionais, utilizando ingredientes locais.

As experiências são à la carte, com seleção de entradas e pratos principais tipicamente japoneses, e omakase, um menu degustação que varia de acordo com os produtos mais frescos do dia.   

Do menu saem destaques como os robatayakis, espetos temperados e preparados na brasa, como o negima, de sobrecoxa de frango com molho teriyaki (R$ 22) e o gyu, de filet mignon com molho de alho e shoyu (R$ 35).  

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Combinado do Shiso. Foto: Filico Souza

Além da grande variedade de sushis, os pratos principais podem ser os makizushi, elaborados com diferentes tipos de peixe e frutos do mar, como o futtomaki, enrolado de salmão, atum, camarão, abacate e cream cheese (R$ 66, 8 unidades). O cardápio conta ainda com os moriawase, combinados de sushis e sashimis, com opções de 12 a 32 peças (a partir de R$ 128).   

Para quem quer ser surpreendido, o omakase é um menu degustação com uma sequência de seis etapas com criações autorais que variam de acordo com os melhores produtos do dia (R$ 400). O menu à escolha do chef valoriza a pesca local e apresenta técnicas de conservação milenares. 

Shiso: Grand Hyatt Rio de Janeiro, Av. Lúcio Costa, 9.600, Barra da Tijuca, telefone. (21) 3797-9523

 

Yujo

O mais novo restaurante japonês do Rio exibe, logo na entrada, um grande balcão de bar em mármore Carrara. O projeto foi assinado pelo arquiteto Rogério Antunes, que fez o aproveitamento do pé direito alto e idealizou uma instalação artística que simula um rochedo no fundo do mar. 

É uma boa opção se você está procurando a culinária japonesa com um toque moderno e sofisticado. Entre porções para compartilhar, o chef Marcelo Yamasaki se dedicou a ostras frescas ao molho ponzu com ovas de salmão (R$ 49, 4 unidades) e shisô spicy (R$ 64, 4 unidades), folha de shisô empanada como tempurá, com atum ou salmão spicy.

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Teppaniyaki de camarão, do Yujo. Foto: Diana Cabral

Já entre pratos principais e opções do sushibar, o público tem sashimis servidos em 5 peças, de barriga de salmão (R$ 53), passando pelo haddock (R$ 45), até chegar à cavalinha (R$ 45). 

Também há o teppanyaki, que leva legumes salteados acompanhados de arroz japonês, servido nas opções mignon (R$ 78), salmão (R$ 76), camarão VG (R$ 110), frutos do mar (R$ 99) e vegano (R$ 59).

Yujo: Rua Aléssio Venturi, s/n, Barra da Tijuca, telefones: (21) 3866-3125 e (21) 97724-9641.

 

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