Dior, verão 2025 alta-costura 

Maria Grazia Chiuri recorre novamente à fantasia na coleção de alta-costura de verão 2025 da Dior. 


Modelo desfila coleção de alta-costura de verão 2025 na Dior.
Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images



A Dior desfilou a sua coleção de alta-costura de verão 2025 nesta segunda-feira (27.01), no jardim do Museu Rodin, em Paris. 

Numa passarela envolta por painéis com ilustrações de natureza fantástica da artista visual indiana Rithika Merchant, Maria Grazia Chiuri apresentou a sua versão de uma Alice no País das Maravilhas (1865), com o objetivo de resgatar “a fascinação infantil”, como explicou em um vídeo divulgado nas redes sociais da marca.  

Modelo desfila coleção de alta-costura de verão 2025 na Dior.

Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

Modelo desfila coleção de alta-costura de verão 2025 na Dior.

Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

Leia mais: A alta-costura de verão 2024 da Dior.  

Sua interpretação do clássico de Lewis Carroll é com minivestidos de cinturas marcadas e crinolinas à vista. Há laços, tules, rendas, penas feitas de organza, volumes de tecido reproduzindo pétalas e bordados ingleses em formato de flores, galhos, borboletas e abelhas. É ultrafeminino, com direito a saia balonê, ombrinhos bufantes e anáguas curtas, com brilhos e babados. 

A delicadeza se confunde com fragilidade, principalmente nos visuais com rendas e tiras que caem dos looks tipo plantas suspensas. A justificativa é a referência à pintura surrealista Eine Kleine Nachtmusik, de 1843, feita pela artista estadunidense Dorothea Tanning – e que é geralmente associada à história do livro inglês. Nela, duas garotas aparecem em um corredor com um girassol gigante e usam saiotes que se desfazem, com pedaços de tecido pendendo das roupas. 

Modelo desfila coleção de alta-costura de verão 2025 na Dior.

Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

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Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

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Um toque punk, mais sutil do que poderia, está na preferência pelo tom de preto, no uso de um moicano feito com miniflores e a alfaiataria, como as sobrecasacas, ajustada ao corpo. Maria Grazia conversa também com dois arquivos da Maison: a silhueta Cigale, desenhada pelo próprio Christian Dior no início dos anos 1950 e a linha Trapeze, criada por Yves Saint Laurent, no final da mesma década.  

Da Cigale, vem a saliência na cintura, não tão suave como a proposta feita pelo fundador, e um pouco mais literal, criando quinas na parte de cima da saia – a estilista tem reconstruído esse desenho no corpo desde o verão 2024 com o tecido original, que é o moiré. Da Trapeze, sai a inspiração para capas geométricas mais afastadas do corpo e 

Modelo na passarela de verão 2025 de alta-costura da Dior.

Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

Modelo na passarela de verão 2025 de alta-costura da Dior.

Dior, verão 2025 alta-costura. Foto: Getty Images

Na fantasia da estilista, que já colocou bruxas e mulheres que lutam com esgrimas na passarela, a imagem é mais de uma princesa à espera de um príncipe encantado do que de uma Alice que fala com flores e vive uma experiência quase lisérgica no mundo das maravilhas.   

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