Gucci, pre-fall 2026

Demna segue revisitando a história da Gucci ao antecipar sua visão para a marca.


gucci pre fall 2026
Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação



Assim como no verão, o pre-fall 2026 da Gucci dá um gostinho do que Demna, o novo diretor criativo da marca, tem em vista. Na coleção divulgada nesta quinta-feira (04.12), fica evidente o interesse do designer em decifrar os códigos mais essenciais e pop da casa. Por isso, não faltam as listras vermelha e verde, o Horsebit, o monograma.

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Esqueça as proporções exageradas, tão emblemáticas de sua passagem pela Balenciaga. Aqui, elas dão lugar a uma silhueta mais enxuta, como no terno de seda que abre o lookbook e nas calças skinny. É que Demna tem um apego especial à gestão de Tom Ford. Daqueles anos (1990-2004), ele pegou emprestado desde o cenário do icônico desfile de inverno 1996 até as minissaias e os vestidos colados no corpo que imortalizaram a aura de glamour sexualizado da Gucci.

Sua pesquisa viaja também aos anos em que Frida Giannini foi diretora criativa da etiqueta, de 2006 a 2014, trazendo uma feminilidade italiana “difícil de reproduzir”, segundo Demna. Pensando nessa característica, ele apresenta camisas-vestido, saias lápis, golas-laço e scarpins altos de bico fino. O sapato, aliás, é uma das inovações propostas pelo estilista atual: além das palmilhas acolchoadas, que asseguram conforto, o salto não tem emendas com o resto do acessório.

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Demna, no entanto, não se limita a reproduzir o passado. Ele reinterpreta tudo sob sua ótica. A sapatilha Valigeria retorna em versões masculinas, simplesmente porque ele queria usar uma. Já a Lunetta Phone+, sua primeira bolsa para a Gucci, nasce de demandas pessoais (dentro dela cabe somente um celular ou uma carteira). Ele admite que isso é um pouco egoísta – e tudo bem.

Outro foco é a leveza, inclusive nos itens de impacto. Os casacos felpudos aqui são feitos de penas e, embora volumosos, têm uma aparência mais leve. Nas calças jeans, ele elimina costuras laterais e bolsos frontais para alcançar o mesmo efeito. Essa limpeza reflete não só seu domínio sobre a linguagem visual da label, mas também sobre uma lógica de mercado, o entendimento do que uma coleção precisa para vender. 

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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Não basta mais agradar somente um nicho seleto de consumidores ou vesti-los apenas para uma ou outra ocasião: é preciso ter peças para vários grupos, estilos, rotinas, mulheres e homens. Atualmente, a roupa precisa ser confortável, fácil de usar e combinar, além de entregar algum tipo de signo reconhecível. É uma equação difícil. Mas é por esse motivo que seu estudo de arquétipos – que ele começou a desenvolver na Balenciaga e apresentou em sua primeira coleção para a grife italiana – faz tanto sentido aqui. Sua visão completa para cada um deles, porém, só será revelada em fevereiro, no desfile de inverno 2026.

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Gucci, pre-fall 2026. Foto: Divulgação

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