ELLE Testa: Hydrafacial, tratamento que promete fazer limpeza de pele sem machucar
O procedimento é a nova aposta para remover impurezas, combater a acne e hidratar profundamente a pele.
Tornar a limpeza de pele, feita por profissionais, parte da rotina de skincare, é indicação da maioria dos dermatologistas – para quem tem problemas com acne e cravos frequentes, a recomendação é ainda maior. O procedimento, porém, costuma ser bastante desconfortável e, se não realizado corretamente, pode causar machucados no rosto. O Hydrafacial, protocolo recém-chegado nas clínicas de dermatologia, promete ser a solução para este problema.
Criado para executar uma limpeza dos poros de forma menos agressiva, o protocolo promete ainda hidratar profundamente a pele e auxiliar no tratamento de outras questões mais específicas. Para isso, uma ponteira fininha é utilizada para fazer a sucção das impurezas ao mesmo tempo que libera ativos específicos de acordo com as necessidades. Durante o procedimento, também são realizadas as esfoliações química e física.
Testamos o Hydrafacial, personalizado com ativos para o tratamento da acne, no consultório da dermatologista Lígia Novais. Aqui, te contamos nossas impressões.
Bárbara Rossi, repórter
Testar procedimentos faciais é sempre um grande dilema para mim: apesar de adorar conhecer novas técnicas, tenho a pele sensível e acneica, que costuma reagir mal à maioria dos tratamentos. Mas como a promessa do Hydrafacial é fazer a limpeza dos poros sem machucar o rosto, e ainda auxiliar no tratamento da acne, achei que essa poderia ser minha grande descoberta do ano.
Conforto e sensações
O procedimento em si é, em geral, bem gostoso: as sucções realizadas pelo aparelho são suaves e parecem uma massagem no rosto – algo que eu, particularmente, adoro! Mesmo durante a etapa em que a limpeza é feita de maneira mais profunda, não senti dor alguma. O pós também é tranquilo, principalmente se compararmos à limpeza de pele tradicional, que costuma deixar uma vermelhidão intensa. Saí de lá e fui direto para a redação da ELLE sem precisar recorrer à maquiagem.
Avaliação de resultados
Com relação aos resultados, fiquei dividida: a pele realmente fica mais bonita na hora, senti o rosto instantaneamente mais hidratado, com maciez e luminosidade. Mas como tenho muitos cravinhos, não achei que a limpeza à vácuo fez muita diferença. Talvez para mim ela funcionasse mais como um tratamento prévio para facilitar uma limpeza de pele tradicional posterior. Alguns dias depois do tratamento, também percebi a formação de acne-cística (as famosas espinhas internas): aqui, fiquei especialmente chateada porque antes do Hydrafacial, eu passava por um período com pouquíssimas novas inflamações.
Fiquei na dúvida se esse é um procedimento que funciona especificamente para o meu tipo de pele, porque conheço outras pessoas que testaram e amaram os resultados. De qualquer forma, acho que para quem não tem problemas mais chatinhos, como acne ou sensibilidade, pode ser uma alternativa para intercalar com as limpezas.
Chames Oliveira, repórter
Sou fã de uma boa limpeza de pele tradicional. No entanto, desde o começo do ano, enfrento um aumento para lá de significativo da minha acne – presente sobretudo na região da mandíbula e acima – e isso me deixou cautelosa com qualquer tipo de procedimento, principalmente os dolorosos. Sabe como é: as espinhas em si já doem demais, então para quê, né?
Conforto e sensações
Brincadeiras à parte, a promessa de ser indolor, mas potente, logo me fez ter interesse no Hydrafacial. E não é que a palavra se cumpre? A drenagem, realizada antes do protocolo, passa longe da sensação às vezes desconfortável das massagens linfáticas e mais parece um soprinho de ar. Você quase não sente pressão sobre a pele. Se não estivesse atenta às etapas do procedimento e suas particularidades, eu bem que poderia ter caído no sono. De todas, a única que trouxe um leve incômodo foi a esfoliação química, pela ardência típica que os ativos podem provocar. Mas é rápido.
Avaliação dos resultados
Apesar da leveza e suavidade do tratamento, eu tenho a tendência a ficar com a pele vermelha com qualquer influência externa, e aqui não foi diferente (durante atividades físicas, eu pareço um pimentão. É bem ridículo). Mas a coloração sumiu um pouco após a etapa de hidratação, que particularmente achei deliciosa por ter a pele desidratada. A aplicação de um protetor solar com cor ao final de tudo ajudou na camuflagem – tanto que ninguém percebeu algo estranho e o Pedro Camargo, nosso editor de beleza, até elogiou o brilho saudável das minhas bochechas.
Em relação à limpeza, algo que se destacou para mim é que espinhas internas, que demoraram para aparecer e tomar forma, começaram a se externalizar dias depois. Pessoalmente, achei ótimo porque pude cuidar delas com maior rapidez. Fiquei satisfeita por poder sair e resolver minha vida logo em seguida sem parecer um pimentão ou machucada. Mas, por ter acne ativa contínua, sinto que este seria um procedimento que eu deveria realizar com continuidade – talvez a cada dois meses – para ver seus efeitos prolongados.
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