Black Friday: a armadilha tá aí. Cai quem quer?
Vem aí a Black Friday e, com ela, uma chuva de estímulos para fisgar quem não segura o impulso na hora de comprar.
Novembro, mês internacional da bendita Black Friday. Por isso, pode ser clichê, mas hoje vamos falar sobre a nossa relação com consumo, pois ela tem tudo a ver com a nossa capacidade de poupar e investir. Como tudo na vida, acreditamos que, também aqui, o segredo é o equilíbrio não somente para nos tornarmos investidoras, mas também para termos qualidade de vida gastando com o que realmente nos faz felizes – como falamos em nossa primeira coluna, lá atrás. No caso de quem gasta muito por impulso, é fundamental olhar para si e reconhecer como se funciona, quais os gatilhos, para então traçar estratégias realistas como uma forma de “se proteger” de si mesma. Como se você do presente estivesse cuidando de você do futuro. E por onde começar, você deve estar se perguntando? Vem com a gente, que no caminho a gente explica!
Consciência nas redes sociais
Primeiro, reduza (ou elimine!) os estímulos nas suas redes sociais. Se você segue uma loja e vive passando vontade de comprar o tempo inteiro ou a todo momento recebe avisos de promoções e novas coleções, fica difícil né? Portanto, pare de seguir as lojas. E se a preocupação for esquecer da marca quando realmente quiser comprar algo, temos outras duas dicas: você pode salvar a loja em sua pastinha de salvos do Instagram, ou pode continuar seguindo o perfil, mas silenciando stories e posts. Além disso, descadastre-se das newsletters delas, mesmo. Pois esses estímulos constantes dão a sensação de que todo dia tem uma oportunidade incrível que você está perdendo… E óbvio que isso não é verdade! Porque, na real, a única oportunidade que você perderia seria a de guardar dinheiro. E também é totalmente insustentável tentar atender a esses estímulos o tempo todo.
Filtro de influências
Ainda falando de redes sociais, você costuma refletir sobre o impacto que influencers têm nos seus hábitos de consumo? Seja por provocar o desejo de ter as mesmas coisas que elas ou porque elas têm sempre aqueles cupons de desconto naquela publi… Somos animais que gostam de imitar uns aos outros, mesmo que inconscientemente. Logo, o comportamento das pessoas afeta, sim, o nosso comportamento. Então, precisamos escolher bem quem vai estar por perto e quem seguimos, porque inevitavelmente seremos influenciadas por elas de alguma forma.
E por falar em influência, busque consumir conteúdos que te provoquem a reflexão sobre seus hábitos de consumo. Dentro e também fora das redes. Algumas de nossas indicações preferidas são o livro Detox das compras, da Carol Sandler e o filme Less is now, disponível na Netflix – ótimos pontos de partida nessa jornada de revisão de costumes.
E no mundo “offline”?
Seja honesta consigo mesma sobre como você lida com o cartão de crédito. Se você perde o controle fácil, é preciso se proteger disso: seja tendo menos cartões, diminuindo seu limite, bloqueando temporariamente, usando só o débito… As possibilidades são muitas e o cartão não necessariamente é um vilão. Só que algumas de nós lidamos melhor com ele do que outras, e está tudo bem. O que importa, de novo, é ser realista e usar uma estratégia que te ajude de verdade.
Se você tiver algum tipo de ansiedade por achar que vai deixar a “oportunidade” passar, faça listas das coisas que você quer comprar e anote os respectivos preços. Às vezes, o impulso vem da sensação de que depois não lembraremos daquela coisa incrível. Mas anotando, eliminamos essa preocupação e, de olho no preço, fica mais evidente o quanto nossos desejos custam para, assim, priorizar e perceber que há coisas que podemos até tirar da lista. Assim, você troca o “não” por “ainda não”. Como uma forma de dizer para si mesma que você vai comprar daqui a x tempo, ou quando x acontecer, ou quanto poupar o valor x.
Descubra seu ponto de equilíbrio
Essas são algumas das nossas dicas. Mas com o tempo, acredite, você vai chegar às melhores estratégias para você, para o seu jeito, para os seus impulsos. Este é um exercício necessário de paciência, tentativa e erro. Pois precisamos proteger nosso dinheiro dessa incansável indústria do consumo. Precisamos poupar e investir. E, mais que tudo, precisamos nos cuidar!
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