Conversamos com Suki Waterhouse, dona do hit Good Looking
Das passarelas aos palcos, passando pelo streaming, a britânica, que esteve no Brasil em março a convite da Tiffany, é a nova favorita da moda, da música e do TikTok.
Suki Waterhouse pode até parecer uma novata, caso você a tenha descoberto há pouco, via Daisy Jones & The Six, série que vem dando o que falar (confira na ELLE View uma entrevista exclusiva com a figurinista da produção). Mas a verdade é que a britânica, de 31 anos, está mais para veterana – ela começou a carreira como modelo ainda na adolescência e, nos anos 2010, foi alçada à categoria de it-girl com a ajuda de sua franja elegantemente despenteada. Resultado: não faltaram capas de revistas, tabloides e campanhas de alto nível.
Um pouco depois, você já podia encontrar Suki nas telas 一 as de cinema ou as de streaming 一, em uma comédia romântica (Love, Rosie) ao lado de Lily Collins ou em um suspense (Assassination Nation) na companhia de Bella Thorne.
E agora, além de ter ganhado mais projeção como atriz, ela também encontrou confiança para se dedicar à música. Suki assinou com a gravadora de seus sonhos, lançou o seu primeiro álbum, chamado I Can’t Let Go, e saiu em turnê ao redor do mundo.
A última parada foi aqui, no Brasil, para o Lollapalooza e para o Tiffany & Co Lock, festival de música realizado pela joalheria, em São Paulo, para celebrar a coleção que reinterpreta os clássicos cadeados de seu arquivo.
Em entrevista à ELLE, durante o rápido pit-stop no país, a artista fala sobre a vida sob os holofotes e a coragem de lançar canções em seus próprios termos. Confira:
Foto: Divulgação
Desde os 16 anos, sua vida é pública. Como foi crescer em frente às câmeras?
Acho que ter muitas opiniões públicas sobre você é uma coisa muito estranha, difícil de se lidar. Mas, isso também me fortaleceu, passei a entender melhor a humanidade e o que é real ou não.
Seu estilo mudou muito. Como você se relaciona com a moda hoje?
Adoro criar personagens para estar no palco, e dedico muito do meu interesse pela moda a esses momentos. E no resto do tempo estou vestida de forma bem casual.
Como é trabalhar com a Tiffany? Um diamante é mesmo o melhor amigo de uma mulher, como cantava Marilyn Monroe?
É maravilhoso, estou apaixonada pela nova coleção, principalmente pelos colores. Mas, talvez, eu prefira ouro e prata para o uso diário. Estou sempre com medo de perder os diamantes!
Passei muitos anos me sentindo melancólica, não conseguia sair disso e tudo que pude fazer foi escrever músicas para tentar me ajudar.
Daisy Jones & the Six acaba de ir ao ar. É diferente cantar como uma personagem?
Eu tinha lido o livro e quando descobri que eles estavam fazendo uma série, disse para o meu agente: “Eu tenho que estar nela!”. Eu batalhei pelo papel, foram muitas audições. Pratiquei piano durante todo o Natal para tentar ter algo meio pronto para mostrar aos produtores.
Você lançou sua primeira música há quase uma década, mas seu primeiro álbum só saiu em 2022. Por quê?
Eu demorei muito para sentir que estava pronta, tinha muitas inseguranças. E também queria ter certeza de que fiz o melhor álbum possível.
São principalmente canções de amor sobre separações, corações partidos e romances. A inspiração é sua vida pessoal?
Sim, claro. É tudo pessoal. Eu poderia contar uma história sobre cada linha de cada música.
Sinto que hoje as músicas de separação vêm com um discurso empoderador, como se não pudéssemos ficar tristes. Mas suas canções nos permitem experimentar a melancolia. Isso é algo que você pensa?
Passei muitos anos me sentindo melancólica, não conseguia sair disso e tudo que pude fazer foi escrever músicas para tentar me ajudar. Realmente, acho que fazer arte sobre sentimentos é a melhor maneira de entendê-los.
Muitos cantores estão revelando serem pressionados a fazer músicas para o TikTok. Você também se sente assim?
Não, eu definitivamente não me sinto assim. O TikTok é tão aleatório que não consigo imaginar ser capaz de planejar uma música que cresça nele.
Você é bastante ativa no TikTok e no Instagram. Como se relaciona com as mídias sociais?
Nem sempre sou ativa, mas agora sinto que tenho um relacionamento saudável. Principalmente porque eu gosto, eu tiro sarro de mim mesma e não uso para nada muito sério.
Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes