Os destaques do 31º Mix Brasil

Um filme do escritor Paul B Preciado, uma ficção premiada no Festival de Berlim e um longa protagonizado por Ayomi Domenica Dias estão entre os destaques.


Atriz ao lado de placa com o escrito "Power to the people" em Orlando, minha biografia política, filme de Paul B. Preciado e destaque do 31 Mix Brasil
Cena de "Orlando, minha biografia política", de Paul B. Preciado



O 31º Mix Brasil, maior festival LGBTQIA+ da América Latina, começa nesta quarta-feira (8.11) para convidados, com a exibição de Levante, e nesta quinta-feira (9.11) para o público. São 119 filmes de 35 países, espetáculos teatrais, experiências XR, discussões sobre literatura queer, performances, além do tradicional Show do Gongo com Marisa Orth.

O evento acontece em sete espaços culturais da cidade de São Paulo. O público de todo o Brasil consegue assistir a parte da programação online, nas plataformas spcineplay.com.br, sescsp.org.br/festivalmixbrasil, itauculturalplay.com.br e culturaemcasa.com.br.

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Divulgação

Levante, dirigido por Lillah Halla, ganhou o prêmio da Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) de melhor estreia das seções paralelas do último Festival de Cannes. No filme, Sofia (Ayomi Domenica Dias, filha de Mano Brown) joga vôlei em um time orgulhoso de ter atletas queer e trans. Ela descobre estar grávida às vésperas de uma competição importante. Ter o bebê não é uma opção, mas fazer um aborto é proibido no Brasil. 

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Entre outros destaques nacionais, estão Pedágio, dirigido por Carolina Markowicz, eleito o melhor filme do Festival de Roma e premiado com quatro troféus Redentor no Festival do Rio, e A metade de nós, de Flávio Botelho, protagonizado por Denise Weinberg e Cacá Amaral, que ganhou o prêmio do público de melhor ficção brasileira na 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

A seguir, três destaques do Mix Brasil:

Todas as cores entre o preto e o branco, de Babatunde Apalowo
Eleita a melhor ficção no Teddy Award, dedicado a filmes de temática LGBTQIA+, no último Festival de Berlim, esta produção nigeriana fala de Bambino, um motoboy solteiro em Lagos (Nigéria), querido pelos vizinhos. Quando ele conhece o fotógrafo Bawa, a conexão é imediata. Em suas andanças pela cidade, a afinidade se aprofunda, mas essa relação vai ser impactada pela homofobia da sociedade.

Orlando, minha biografia política, de Paul B. Preciado
Também vencedor do Teddy Award em Berlim 2023, na categoria documentário, este filme é uma espécie de carta do escritor e ativista trans Paul B. Preciado a Virginia Woolf, que escreveu Orlando, primeiro romance em que o protagonista muda de sexo, em 1928. No filme, o diretor organiza um teste de elenco com 26 pessoas trans e não-binárias para encarnar o personagem criado pela escritora, discutindo as dificuldades dos Orlandos modernos na vida real.

20.000 espécies de abelhas, de Estibaliz Urresola Solaguren
No longa de estreia da diretora espanhola, uma criança de 8 anos de idade (Sofía Otero), que nasceu biologicamente menino, toma coragem de afirmar que é uma menina. 20.000 espécies de abelhas ganhou o prêmio Sebastiane, dedicado a obras de temática LGBTQIA+, no Festival de San Sebastián, depois de participar da competição no Festival de Berlim, de onde Sofía saiu com o prêmio de melhor atuação principal. 

31º Mix Brasil: gratuito, até dia 19 de novembro. Mais informações em Mixbrasil.org.br

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