MFW: Jil Sander, verão 2026
O estilista Simone Bellotti estreia na direção criativa da Jil Sander explorando a dualidade entre rigor e leveza.
O italiano Simone Bellotti, novo diretor de criação da Jil Sander sabe que minimalismo não se resume a um terno. Por definição, ele é a busca pelo elementar, pelo essencial. Na moda, é a procura pela pureza do design – o que não significa, necessariamente, se prender a tons neutros ou tecidos planos.

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

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O desfile aconteceu na sede milanesa da marca, no Castelo Sforzesco – espaço histórico que, antes da gestão de Lucie e Luke Meier (2017-2025), já havia sido palco de todas as apresentações da grife. Quem abre os trabalhos é Guinevere van Seenus, modelo-ícone dos anos 1990, uma das musas da própria Jil Sander e protagonista de algumas de suas campanhas.
De saia lápis branca, top cropped azul, meias pretas e cabelo preso, ela inaugura uma sequência de looks que seguem uma lógica de roupas funcionais, linhas limpas e cortes precisos. Algumas peças ganham cintura e ombros levemente arredondados, enquanto blazers alongados de couro viram vestidos. Os suéteres e camisas são encolhidos e delicadamente acinturados, já as calças jeans aparecem sem lavagem e retas. A paleta de cores passeia entre azul klein, branco, preto, cinza, vermelho e tons de roxo, rosa pálido e verde pistache.

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

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Simone Bellotti entende o que fez da Jil Sander um sucesso por décadas e quer trabalhar em cima disso. Sabe que o minimalismo não é sinônimo de monotonia, tampouco implica na ausência completa de elementos decorativos. Pensando nisso, inclui detalhes que traçam novos caminhos – e enchem os olhos dos obcecados pela etiqueta. Algumas calças e saias ganham recortes no cós, abaixo do peito ou na altura do joelho. Há metalizados, transparências e uma estampa de florzinha (referência à própria fundadora) em um vestido plastificado. As peças com aberturas arredondadas no torso são combinadas a sutiãs bordados que lembram a era Raf Simons, o belga que foi diretor criativo da marca entre 2005 e 2012. Tecidos com texturas delicadas são usados para criar roupas rosa e azul bebê que dão vontade de tocar, de vestir, de sentir.

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

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Antes da apresentação, o designer lançou um EP produzido pelo músico italiano Gianluigi Di Costanzo, mais conhecido como Bochum Welt, e um videoclipe. Ele entende que não precisa de shows midiáticos e conteúdos instagramáveis para entregar uma roupa com qualidade excepcional e uma assinatura bem definida. É a inteligência da roupa, afinal, o que o cliente assíduo da marca procura.

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

Jil Sander, verão 2026. Foto: Getty Images

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