Museu do Ipiranga abre exposição sobre emergência climática
Obras de artistas como Jaime Lauriano, Bruno Novelli e Luana Vitra integram nova mostra do Museu do Ipiranga.
O acervo histórico do Museu do Ipiranga dialoga com a arte contemporânea na exposição Onde há fumaça: arte e emergência climática, aberta na última semana, em São Paulo. A mostra temporária promove uma reflexão sobre o que é progresso e os efeitos devastadores no meio ambiente. A curadoria da exposição é do grupo Micrópolis.
Entre os destaques, há uma releitura de Jaime Lauriano da pintura Independência ou Morte (1888), do artista Pedro Américo, a mais popular do museu. Em Independência e Morte (2022), Lauriano substitui os símbolos de heroísmo patriótico por efeitos das tragédias ambientais ocorridas recentemente no Brasil.
Independência e Morte, obra de Jaime Lauriano. Foto: Divulgação
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Além disso, na exibição, obras de Benedito Calixto (1853-1927) e Henrique Manzo (1896-1982) dialogam com trabalhos de artistas como Bruno Novelli, Davi de Jesus do Nascimento, Luana Vitra e Uýra Sodoma.
O setor “Monocultura” conta com reflexões sobre a prática agrícola, seu impacto no território brasileiro e a relação histórica com o trabalho escravo.
O núcleo “Pavimentação” se refere à urbanização do território paulista, com obras que retratam o prejuízo na biodiversidade causado pela pavimentação, a ocupação exacerbada do solo, o esgotamento da terra e a geração de resíduos pela construção civil.
Fazenda Monte Alegre (1850), de Henrique Manzo. Foto: Acervo do Museu Paulista da USP.
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Há também reflexões sobre o controle no curso das águas e suas consequências, além da exploração da força animal.
Onde há fumaça: arte e emergência climática: até 28 de fevereiro de 2025, na sala de exposição temporária no Museu do Ipiranga, na Rua dos Patriotas, 100, Ipiranga, São Paulo. De terça a domingo, das 10h às 17h. Entrada franca.
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