Foque, planeje e… mude a rota se necessário!
Uma jornada de autoconhecimento e flexibilidade: investir é aprender como funcionamos e não temer mudanças
Em muitos aspectos, poupar e investir é mais ou menos como “comer bem”. Pode ser algo simples, tipo comer salada com frequência ou diminuir a carne, ou mais sofisticado, além de comer uma super variedade de alimentos orgânicos, estudar sobre isso, montar uma dieta etc. E essa jornada envolve tentativas e erros, paciência e autoconhecimento. Claro que há quem consiga fazer mudanças drásticas, bem como dar uma guinada na vida financeira de forma mais imediata. Mas a verdade é que a maioria das pessoas não consegue alterar seus hábitos totalmente depois da primeira consulta à nutricionista. E com dinheiro é a mesma coisa!
É curioso como cada pessoa funciona de uma forma diferente, e o mesmo estímulo pode causar efeitos completamente diversos em cada um. Por exemplo, contar calorias ajuda alguns, enquanto gera enorme ansiedade em outros, do mesmo jeito que o cartão de crédito funciona tranquilamente para alguns e representa uma ruína para outros. Por isso dizemos que melhorar a nossa forma de lidar com dinheiro é, quase sempre, um processo.
Esperamos que os conteúdos que trouxemos durante o ano tenham despertado alguma vontade dentro de você de poupar, cuidar melhor do seu dinheiro e ser mais independente – e que ela continue sendo alimentada ao longo dos próximos anos. Mas queremos reforçar, neste final de ciclo, aquelas dicas preciosas que vão te ajudar a seguir com foco!
Retrospectiva das dicas de ouro!
Não, não será um processo linear, em que a gente tenta uma coisa, monta uma planilha ou um formato para controlar gastos e pronto, está tudo resolvido. É possível que no começo você queira anotar tudo para garantir que não está deixando passar nada e que, depois de um tempo, você perceba que está tudo bem também não anotar tudo. Uma forma de deixar essa jornada mais gostosa é transformar o olhar para o dinheiro em um momento de autocuidado, da mesma forma que a gente cuida da nossa pele, toma um banho demorado depois de um dia mais difícil ou aprende uma receita nova que sabemos que trará conforto.
Parta do pressuposto de que planejar suas finanças deve ser um hábito, em vez de guardar um planejamento fixo na gaveta. É preciso lembrar que todo planejamento financeiro é, de certa forma, temporário: às vezes porque nós mudamos de ideia e de vontade, mas também porque a vida é imprevisível: a pandemia nos mostrou isso, não é mesmo? Veja este exemplo: pense em um casal que se planejou para ter um bebê, guardou dinheiro, já tem uma renda confortável e na hora de engravidar… vieram gêmeos!!! Pois bem, mesmo quando tudo parece estar perfeitamente planejado, as coisas podem mudar. Saber mudar o plano quando o contexto mudar é tão ou mais importante do que fazê-lo pela primeira vez.
Como dica final, revisite quem você era há cinco anos. Ou melhor, não precisa nem ir tão longe: pense em quem você era no começo do ano. Alguém bem diferente de hoje, imaginamos! Ao longo de todos esses meses, falamos sobre o quanto cuidar do nosso dinheiro é cuidar das nossas decisões no dia a dia, desejos, prioridades. Se nós mudamos tanto ao longo da vida, nada mais natural que o nosso planejamento financeiro também tenha essa fluidez e vá amadurecendo junto conosco nesse processo de paciência e autoconhecimento.
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