Afinal, o que é o estilo coquette?
Entenda o que está por trás do estilo coquette, fenômeno dentro e fora das redes sociais.
Se você segue influenciadores de moda e beleza nas redes sociais, já deve ter se deparado com ao menos algum elemento do estilo coquette. A estética, que se tornou um verdadeiro fenômeno nos últimos meses, representa a consolidação de símbolos tipicamente associados à feminilidade — e a profusão de laços dentro e fora das telas é apenas a ponta do iceberg.
O visual ultrafeminino não é exatamente novo, mas começou a ganhar novos contornos — e a conquistar um público mais jovem — desde que a tendência do balletcore viralizou no TikTok e deu o tom de coleções de grandes marcas, como a Miu Miu, uma das grandes responsáveis pelo retorno da sapatilha aos holofotes. O estilo coquette pode ser encarado como uma espécie de evolução do balletcore, combinado ao visual rococó de Maria Antonieta (especialmente da versão criada por Sofia Coppola, no filme de 2006).
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Foto: Instagram/@emmanuellek_
Foto: Instagram/@camrihewie
Corsets, renda, tons pastel, camisolas de seda e, claro, laços estão entre os códigos mais marcantes da estética. Mas ela vai além: há também muita transparência, modelagem inusitadas e recortes estratégicos, em um jogo de revela-esconde que abre espaço para a expressão de uma sensualidade quase oculta. A ideia, aliás, remete ao significado original da palavra “coquette”, com origem na França do século 17: “uma pessoa amorosa, que flerta e se apresenta como alguém atraente por meio do romantismo e da vaidade”, de acordo com o Dicionário de Etimologia.
Foto: Instagram/@sandyliang
Transportando o conceito para o século 21, o estilo coquette vem junto com uma reapropriação do que era antes rejeitado ou minimizado por ser “coisa de garota”. Provando que não tem nada de ingênuo, o movimento abre espaço para um lado subversivo de todos esses itens vistos como românticos ou mesmo superficiais sob uma ótica misógina.
Simone Rocha, Outono 2023 Foto: Launchmetrics Spotlight
A ascensão de marcas como Sandy Liang, Simone Rocha e Cecilie Bahnsen é a prova de que o estilo coquette não vai a lugar nenhum — mais do que uma moda passageira, é uma peça para a reivindicação da autoexpressão por meio do vestir. Não há nada de errado em ser “apenas uma garota”.
Foto: Instagram/@simonerocha_
Foto: Instagram/@simonerocha_
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