Por que o balletcore segue tão em alta? Entenda a tendência e veja como incorporá-la
Atrelado às mudanças de comportamento, o balletcore promete ser mais do que um simples modismo viral. Explicamos o porquê.
Se você curte moda e acompanha as novidades, balletcore não deve ser uma palavra estranha. Desde 2021, o termo ganha força para denominar o conjunto de tendências com cara de bailarina (daí o nome, uma junção de ballet + core, que significa essência, em português) que surgiram – e continuam surgindo – nos últimos anos.
Sapatilhas lançadas do Inverno 2022 da Miu Miu. Foto: @miumiu
É só pensar no retorno das sapatilhas e na ascensão de penteados com laços para começar a entender o conceito, explorado e impulsionado pela Miu Miu desde sua coleção de inverno 2022. No lançamento, tecidos acetinados em cores suaves – pense no rosa e azul pastel – enveloparam roupas, acessórios e sapatos – com destaque para o sapato típico das dançarinas.
A marca jovem de Miuccia Prada, no entanto, não caminha sozinha nessa estrada. Sandy Liang, marca nova-iorquina fundada em 2014, ganhou fôlego recentemente entre o público justamente por traduzir a roupa de dança para o cotidiano e, mais do que isso, por ressaltar a hiperfeminilidade.
Verão 2024 da Sandy Liang. Foto: @sandyliang
A aceitação e exaltação de referências e códigos tradicionalmente femininos, aliás, pode ser a grande explicação para a força arrebatadora da tendência, que segue firme em seu apelo anos após seu surgimento. Um fenômeno raro, convenhamos, para uma época em que novidades nascem e morrem em um piscar de olhos.
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Se antes cor-de-rosa, pelúcias e frufrus eram motivo de chacota, focos fáceis para se identificar uma “patricinha” de longe, agora, os elementos são a porta de entrada para um look fashion. É a revanche das que foram caladas.
“A maioria das garotas passou por um período, provavelmente na adolescência, de rejeição total a qualquer peça de roupa, símbolo ou interesse entendido como feminino. O condicionamento da misoginia internalizada fez com que poucas fossem capazes de acolher suas preferências naturalmente”, escreveu a repórter de moda Lelê Santhana, no texto “De uma garota feminina, para outras garotas femininas”, publicado na ELLE View.
“Nas passarelas, nos tapetes vermelhos e no TikTok, está sendo inaugurada uma nova era que, finalmente, reivindica os estereótipos misóginos, definindo uma lógica de autoexpressão radical e recuperando as relíquias antes ridicularizadas”, destaca Lelê. Relíquias dentre as quais se encaixa o balletcore.
Se identificou com a premissa? Aqui estão algumas maneiras de incorporar a tendência na prática.
Saias de tule
@isa.bella.ricc
Ao lado de um corset ou um body coladinho, a saia de tule pode ganhar ares de vestido. Um truque ótimo, aliás, de criar um look fácil e rápido na tendência!
Laços no cabelo
@thenikkirossi
Por aqui, adiantamos que penteados com laços será uma das principais tendências de beleza para o próximo ano. Acompanhados de um blush marcado e cílios de boneca, o visual bailarina está entregue.
Sapatilha
@orioncarloto
Símbolo máximo do balletcore, as sapatilhas vivem mais um momento triunfal. E elas vão com tudo: combine-as com um conjunto de moletom, para um look de contrastes, ou use-as com meia e saia rodada para um visual (orgulhosamente) feminino.
Polainas
Adicionar um par de polainas é a pedida certa se quiser enfatizar o mood bailarina no look – com sapatilha ou sem. O acessório pode ser usado com qualquer tipo de sapato. Ao lado de modelos tradicionalmente masculinos, exemplo do mocassim, resulta numa interação interessante.
Cardigã entrelaçado
@lovedoveclarke
Que tal levar às ruas o cardigã cropped, entrelaçado na cintura com fitas, usado pelas bailarinas em seus ensaios? Leve o visual ao pé da letra e combine a peça com uma saia da mesma cor, ou combine com um calça jeans e regata para um toque casual.
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