Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas!

Única brasileira na imersão, Verena Figueiredo, influencer sergipana, conta à ELLE Brasil como os detalhes de sua participação na discovery trip da Chanel.


Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel
Foto: Tauana Sofia



Imagina ser convidada pela Chanel para fazer uma viagem à França e fazer uma imersão no universo da marca? Acredite, isso aconteceu com a sergipana Verena Figueiredo,  a única brasileira, do total de seis meninas, convidada para essa discovery trip, que aconteceu no começo deste mês, durante a temporada de inverno 2024 da Paris Fashion Week.

À ELLE Brasil, Verena faz um relato  e conta todos os detalhes sobre essa experiência. Olha só: 

Primeiro dia

Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel por Verena Figueiredo

O look de Verena para o desfile de inverno 2024 da Chanel. Foto: Tauana Sofia

A programação do primeiro dia começou com o desfile de inverno 2024 da marca. Essa experiência é sempre muito legal porque além da coleção surreal, a audiência é única. É muito impressionante ver diferentes estilos de pessoas, culturas, contextos e como cada pessoa usa a mesma marca de formas completamente diferentes – e todas muito interessantes. 

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De lá,  fomos almoçar no Lafayette’s, onde finalmente rolou a reunião das meninas da Austrália, Bélgica, Turquia, Itália, Suíça e Brasil – no caso, eu! Depois, fomos ao 19M, um prédio gigantesco onde estão os ateliês comprados pela Chanel nos últimos anos. 

Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel

Percebendo que muitos de seus fornecedores, donos de técnicas e expertises centenárias, estavam fechando as portas, a Chanel optou por comprá-los e, assim, mantê-los vivos. Um ponto muito interessante é que esses ateliês seguem trabalhando como no passado,  desenvolvendo peças para a Chanel, mas também para outras marcas do segmento de luxo.

Lá, conhecemos o ateliê especial em chapéus, a Maison Michel. Vimos de perto como funciona o processo da criação do molde, os shapes com feltro, os maquinários, técnicas de costura e muito mais. 

Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel

Foto: Tauana Sofia

Ainda no 19M, participamos de um workshop para criarmos nosso próprio laço. Aqui, gostaria de salientar que a minha professora era francesa – e eu não falo francês (ainda!). Ela também não fala inglês, então nossa dinâmica era peculiar. Não sei explicar como, mas  eu aprendi tudo! Acho que existem muitas nuances na comunicação, e algumas vão além da verbal. 

Terminamos o dia no no showroom da Goossans, responsável pelas bijoux surreais, luvas perfeitas e Barrie cashmere.

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Segundo dia

Tomamos o café da manhã no Ritz, um hotel extremamente simbólico para Paris e para a Chanel, pois era nele que sua fundadora Gabrielle Chanel dormia.

Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel

Verena no apartamento de Coco Chanel. Foto: Tauana Sofia

Ao lado do hotel, aliás, é onde está o icônico apartamento de Coco, que também visitamos. Ele que segue conservadíssimo e lotado de histórias. É muito fascinante o quanto tudo no universo da marca é profundo e interligado. No apartamento, por exemplo, a gente vê a presença de símbolos importantes como o número 5.

É a quantidade de lustre, é o perfume da marca e até o dia em que aconteceu o desfile, 5 de março. No apartamento, tudo é em pares, como as estátuas de animais. No desfile, também: os braceletes eram apresentados em duplas nos braços da modelo. 

Neste momento, comentei com a professora que guiava nossa visita ao apartamento de como essa duplicidade me lembrava a questão de Gabriele misturar pérolas falsas com pérolas originais. Isso era algo chocante para sua época. 

A professora me respondeu que a relação da estilista com as joias trazia uma forte mensagem por trás. Na década de 1920, 1930, mulheres usavam jóias que lhes foram herdadas ou presenteadas pelos seus maridos. Nesse sentido, elas eram um reflexo do seu casamento. Mas Gabrielle queria mudar isso. Ela queria que as mulheres comprassem e escolhessem suas próprias peças, de forma que isso se tornasse uma escolha e movimento ativo, e não passivo. Uau! 

Chanel convidou seis meninas para uma imersão no universo da marca – e eu sou uma delas! Tudo sobre a discovery trip da Chanel

Foto: Tauana Sofia

No final do dia, ainda ganhamos um presentão com muitas coisas lindas da marca. Elas vieram embaladas numa sacola branca que só existe aqui na França, na loja da Rue Cambon.

Quando eu era mais nova, minha mãe me dizia: “a coisa mais importante, que nada nem ninguém jamais poderá tirar de você, enquanto mulher, é seu conhecimento e suas vivências”. Por isso, eu acredito que não existe nada que caiba numa sacola que seja tão valioso quanto essa experiência que vivi. Merci, Chanel! 

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