Linha do tempo das it girls: de Clara Bow a Zendaya

Elas ditam tendências e roubam a cena. Relembre algumas das mulheres que marcaram época com seus looks inesquecíveis e comportamentos cativantes.


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Foto: Stefania D'Alessandro / Colaborador



Autênticas referências de moda, algumas mulheres parecem ter uma espécie de ímã que faz o mundo ficar de olho na sua forma de se vestir, de se arrumar e de se portar. São as chamadas it girls. Por mais que o termo tenha até ficado batido de tanto que vem sendo usado no século 21, a verdade é que não inventaram ainda melhor maneira de descrever alguns ícones que se destacam até mesmo entre as trendsetters.

Relembrar quem são essas mulheres é também uma maneira de revisitar a moda e de enxergar de onde vieram alguns dos truques clássicos de estilo que tanto amamos usar. Contudo, listar todas as it girls que brilharam ao longo das décadas seria, definitivamente, uma missão impossível. Então, para dar um gostinho do poder dessas personalidades, destacamos abaixo alguns dos nomes que marcaram época e influenciaram milhares de pessoas.

Clara Bow, anos 1920

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Foto: Underwood Archives / Colaborador

A primeira celebridade chamada de it girl foi a atriz estadunidense Clara Bow, icone do cinema mudo. Ela estrelou a comédia romântica It (no Brasil, O não-sei-quê das mulheres), no qual a sua personagem traz a ideia de que algumas pessoas tem “isso” (“it, em inglês), “uma qualidade indefinível que torna alguém irresistível”.

Como a própria atriz, considerada o primeiro símbolo sexual de Hollywood, era detentora desse magnetismo inexplicável, acabou sendo apelidada de it girl. E foi assim que, enfim, surgiu um termo para definir mulheres que têm a capacidade de atrair olhares do mundo todo por sua atitude e estilo.

Brigitte Bardot, anos 1950 e 1960

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Foto: INA / Colaborador

Tudo o que a atriz francesa Brigitte Bardot usava na sua juventude virava tendência. Foi uma das primeiras mulheres a usar biquíni na praia, fez vestidos leves e decotados caírem no gosto de todos, popularizou o chapéu floppy e difundiu tanto as blusas ombro a ombro que esse tipo de decote passou a ser chamado pelo seu sobrenome.

Ela também foi responsável por levar as sapatilhas das escolas de dança para as ruas. Bardot foi bailarina por anos e pediu à fundadora da marca de calçados de balé Repetto para criar uma versão que pudesse ser usada no dia a dia. Surgiu assim o modelo Cendrillon (Cinderela, em francês), que se tornou um clássico.

No quesito beleza, podemos destacar as fitas de cabelo, que ela tanto amava, o coque beehive altíssimo e a franja cortininha, que também foi batizada com seu sobrenome e segue sendo copiada nos dias de hoje. Fora toda a questão comportamental por ser uma mulher à frente do seu tempo que inspirou outras a se libertarem do conservadorismo.

Twiggy, anos 1960

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Foto: Getty Images

Impossível pensar na década de 1960 sem visualizar Twiggy. Seu delineado característico foi tão marcante que, décadas mais tarde, segue sendo reproduzido por amantes da maquiagem que curtem um visual retrô – e continua cool até hoje.

Mas não foi só sua maquiagem que se eternizou. O cabelo pixie com risca lateral, que naquela época fez muitas mulheres passarem a tesoura nos fios, se tornou referência atemporal, principalmente para quem curte um visual mais andrógino, como o da supermodelo britânica.

Jane Birkin, anos 1960 e 1970

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Foto: REPORTERS ASSOCIES / Getty Images

Elegante e despojada, a cantora e atriz inglesa se tornou figura emblemática da moda francesa. Além de ser criativa e volta e meia surpreender com inovações, marcou época com suas minissaias acompanhadas de bota alta nos anos 1960 e as calças e shorts jeans de cintura alta nos anos 1970, fazendo muita gente copiar seu estilo. Outro marco foi a sua franja abaixo das sobrancelhas, quase cobrindo os olhos, que ainda hoje é replicada.

Era comum ver Jane Birkin circulando por aí com uma cesta de palha no lugar da bolsa, pois não encontrava nenhum modelo que comportasse todas as suas coisas. Até que seu destino cruzou com o de Jean-Louis Dumas, CEO da Hermès na época, resultando na criação da bolsa que leva seu sobrenome. A bolsa Birkin segue sendo um dos itens mais desejados da moda.

Bianca Jagger, anos 1970

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Foto: Evening Standard / Getty Images

Bianca pode até ter conquistado seu sobrenome famoso ao se casar com Mick Jagger em 1971 – com um blazer branco da Yves Saint Laurent, por sinal –, mas antes disso a socialite nicaraguense já era conhecida no mundo todo por seu senso de estilo único. Ternos de lapela larga, calças cintura alta, blusas desabotoadas até o umbigo e peles jogadas sobre o ombro marcaram seu jeito de vestir.

Rainha do Studio 54 e do disco-chic, tinha uma vida badaladíssima, mas não restringiu o uso da sua popularidade a isso. Bianca atuou em diversas causas humanitárias, incluindo a defesa dos direitos das mulheres e dos povos indígenas na América Latina, principalmente aqui no Brasil, apoiando o povo Yanomami contra a invasão dos garimpeiros. Mais tarde, criou a sua própria fundação de direitos humanos e se tornou Embaixadora da Boa Vontade do Conselho da Europa.

Grace Jones, anos 1970 e 1980

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Foto: Ron Galella / Getty Images

O sucesso como modelo nos anos 1970 foi apenas o começo para a jamaicana Grace Jones. Queridinha de vanguardistas da moda, como Yves Saint Laurent e Helmut Newton, encantava por seu visual andrógino e traços marcantes. Seu corte de cabelo em “caixa” é até hoje copiado por quem tem cabelo crespo e ama um visual com atitude.

Grace também foi uma das grandes influências do movimento power dressing dos anos 1980. Nesse mesmo período, passou a atuar também como cantora de new wave, disco e dancehall, fazendo o público delirar com suas apresentações performáticas. Também se destacou como atriz, participando inclusive de um filme de James Bond (007 – Na mira dos assassinos), de 1985.

Sofia Coppola, anos 1990

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Foto: Ron Galella, Ltd. / Colaborador

Antes de ser uma cineasta premiada, Sofia Coppola era uma it girl indie que estrelava clipes, produzia um programa de variedades, frequentava desfiles e fazia aparições no tapete vermelho acompanhando o pai, Francis Ford Coppola.

Adorava looks casuais, com muito jeans, camisetas gráficas e minissaias, mas também carregava sem esforço produções chiques com um toque de sensualidade, incluindo slipdresses, blazers oversized e calças risca de giz. O batom escuro quase nunca saía da sua boca, bem como o cabelo longo escorrido, desejo absoluto naquela época.

Paris Hilton, anos 2000

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Foto: Steve W. Grayson / Getty Images

Paris Hilton deu um spoiler do que hoje chamamos de influencers, sendo “famosa por ser famosa”, como apontam alguns críticos. Nos anos 2000, a herdeira dos Hotéis Hilton estrelava reality shows e tinha uma vida pessoal polêmica o suficiente para os tabloides ficarem de olho.

Sob tantos holofotes, acabou sendo a grande ditadora de tendência dos anos 2000. Graças a ela, toda adolescente queria um conjuntinho plush Juicy Couture para chamar de seu, as botas UGG se popularizaram e os bonés Von Dutch viraram item fashion. Paris também era rainha da cintura baixa, das minibolsas, dos maxióculos e dos looks metalizados. Tudo o que grita “início do milênio” pode ter certeza que ela usou e, provavelmente, usou primeiro.

Kim Kardashian, anos 2010

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Foto: Pascal Le Segretain / Getty Images

Sucessora de Paris Hilton, Kim Kardashian foi amiga e stylist da loira na juventude. Ficou mundialmente famosa graças ao reality Keeping Up with the Kardashians, que acompanhou a sua família ao longo de 20 temporadas. Apesar de seguir sendo influente, podemos dizer que foi na década de 2010 que ela reinou, com números exorbitantes de seguidores nas redes sociais, casamentos midiáticos e uma enorme influência estética.

Junto com as suas irmãs, ela foi responsável por difundir a técnica de contorno na maquiagem, tornar febre o bodycon dress – modelo justíssimo de vestido que parece ter embalado o corpo a vacuo –, levar os biker shorts para o universo fashion e fazer todo mundo exaltar os tons de nude, em toda a sua diversidade. E isso foi só o começo, ainda vamos ver muita tendência surgindo do seu clã.

Zendaya, anos 2020

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Foto: Getty Images

Zendaya sempre nos deixa sem ar em suas aparições públicas. Não tem erro: todos os seus looks em tapetes vermelhos viram notícia – e de uma forma positiva. Seja fazendo as vezes de Cinderela de Michael Kors no MET Gala, seja dominando o Balmain de couro e látex, que parecia ter sido esculpido no seu corpo, no Festival de Veneza, ela recebe aplausos e dá o que falar. É versátil, ousada, quebra padrões e faz tudo isso com exímia elegância, fazendo com que seja disputada por grifes a todo momento. Para saber mais sobre a it girl do momento, confira este episódio do nosso podcast, ELLE News.

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