A importância de Schiaparelli na moda
Looks impactantes não são novidade para essa grife. Da fundadora Elsa Schiaparelli a Daniel Roseberry, conheça a história de ousadias e transgressões da etiqueta italiana.
Episódio veiculado em 2 de setembro de 2022.
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No último domingo, dia 28 de agosto, Anitta fez história no palco do MTV Video Music Awards, o VMA. A cantora venceu a categoria de melhor clipe latino e se tornou a primeira brasileira a ser premiada no evento estadunidense.
Mas não foi só pela vitória e pela performance no palco que ela se destacou, não. A estrela também chamou a atenção pelo vestido escolhido pra premiação, um longo vermelho da Schiaparelli, com um coração vazado do lado esquerdo do peito.
Neste episódio, a gente pega carona no look de Anitta para contar a história da grife fundada por Elsa Schiaparelli, que revolucionou a moda mais de uma vez. E ainda: a linha de loungewear da Fenty, as apostas para a cadeira de diretor na Burberry e na Louis Vuitton, a passagem relâmpago do diamante Tiffany por São Paulo e muito mais.
Eu sou Patricia Oyama. E eu sou Gabriel Monteiro. E você está ouvindo o ELLE News, o podcast com as principais notícias de moda e de beleza da ELLE Brasil.
A gente ouviu aqui um trecho do discurso de agradecimento da Anitta no VMA, logo depois dela ganhar o prêmio de melhor videoclipe Latino, por “Envolver”. A cantora estava bastante emocionada e fez questão de contar que apresentou um ritmo que por muitos anos foi considerado um crime no Brasil. E que nasceu em um gueto e nunca pensou que aquele momento seria possível.
Anitta subiu ao palco a bordo de uma criação de alta-costura da Schiaparelli: um longo vermelho com corset assimétrico, que trazia um coração vazado cobrindo o seio esquerdo. No instagram, ela definiu o look como “Coração do Brasil”.
Essa não foi a primeira vez que Anitta vestiu peças da grife italiana. No final do ano passado, em um evento da Magalu, ela surgiu com top e brincos da marca. E, em julho deste ano, marcou presença na apresentação de alta-costura da Schiaparelli vestindo um look de crochê com aplicações de bolas douradas.
E essas escolhas não são apenas estéticas. O stylist da cantora, André Philipe, acredita que Anitta e a fundadora da grife, Elsa Schiaparelli, têm tudo a ver uma com a outra, como ele conta aqui pra gente.
- “A primeira vez que eu pensei em usar Schiaparelli na Anitta foi pela similaridade que elas têm em suas histórias: ambas são artistas visionárias em seus nichos. Foi um momento também que a Anitta tava em um momento de ousadia na carreira internacional, e eu quis que isso refletisse no styling. Elsa Schiaparelli foi revolucionária nas suas criações e até no modo de venda, sendo precursora do formato prêt à porter e, quando decide trabalhar com surrealismo, fazendo essa junção de moda e arte em suas criações e quebrando o estigma de ser uma mulher inserida no nicho artístico, historicamente dominado por figuras masculinas. E esse também é um dos motivos por que eu acredito que a Anitta tem uma forte ligação com a Elsa. Anitta se destacou num gênero musical igualmente dominado pela figura masculina, que é o funk. Eu acredito também que o surrealismo usado pela Elsa imprime as multifacetas da Anitta, que às vezes é mais romântica, outras mais agitadas, e depois de trabalhar muito com Anitta e conhecê-la, eu consigo usar as ferramentas fornecidas pela casa Schiaparelli para dar vida a cada versão de Anitta, nunca sendo óbvio. Acho inclusive esse um dos grandes legados da Elsa: nos permitir sair do óbvio.”
Pois é, sair do óbvio é uma atitude-chave pra entender melhor Elsa Schiaparelli. Muitos conhecem a estilita italiana como a rival de Coco Chanel. Outros, como a inventora do termo “rosa shocking”. Ou, ainda, como a amiga de Salvador Dalí e de vários outros artistas que faziam parte dos movimentos artísticos das décadas de 20 e 30. Mas a real é que a estilista foi a grande precursora da moda surrealista, que mudou a forma como olhamos para roupas e acessórios.
Elsa nasceu em Roma, em uma família abastada, e sempre foi fascinada por mitologia e religião. A estilista se mudou para Londres em 1913, onde conheceu seu marido, o conde William de Wendt de Kerlor, com quem se mudou para Nova York em 1916.
E foi no navio que levou o casal para os Estados Unidos que Elsa começou a aprofundar seus laços artísticos. Na viagem, ela ficou amiga de Gabrièle Picabia, esposa do pintor dadaísta Francis Picabia, que depois a apresentou para artistas como Marcel Duchamp e Man Ray. Em 1922, já divorciada do marido e com uma filha, ela voltou para a Europa, dessa vez para Paris.
Elsa já tinha 32 anos quando foi introduzida pela primeira vez ao mundo da moda, ao entrar no ateliê de Paul Poiret – e acabou se encantando. Depois de alguns anos trabalhando como estilista freelancer, ela fundou sua marca em 1927 e, no ano seguinte, inaugurou seu endereço na Rue de la Paix, pertinho da Place Vendôme, o antro da indústria fashion na cidade na época.
No começo, a etiqueta era especializada em roupas de esqui e em roupas esportivas de tricô, como os chamados “pijamas de praia”, um macacão que podia ser usado em cima de trajes de banho. Em 1928, Schiap, como era conhecida, lançou seu primeiro perfume, o S, que foi um grande sucesso tanto na Europa como nos Estados Unidos.
E esse era só o início de sua trajetória. Os anos 1930 foram marcados pela sua inovação e ousadia. A marca chegou a ter 400 funcionários em oito ateliês. Foi nessa década que ela inventou o vestido-envelope, isso mesmo, anos antes de Diane Von Furstenberg. A estilista também começou a desenvolver novos tecidos, como o rayon texturizado, se firmando como um dos nomes mais importantes da indústria. Tanto que, em 1934, Schiaparelli foi a primeira estilista mulher a estampar a capa da Time Magazine. E quem lembra disso é uma fã confessa da estilista, a influenciadora Thai de Melo.
“A primeira palavra que me vem à cabeça quando eu penso nela foi tempo. Não porque ela esteja na frente dele, porque acho que seria muito pouco pra ela, mas porque eu acho que ela dominava o tempo como ninguém. Eu dei um google pra ver a definição de tempo e segundo ele é a duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Em inglês, time. Esses dias eu li que a Elsa foi a primeira pessoa da moda a estampar a capa da revista Time, e como eu sou assumidamente viciada em trocadilho, eu não podia deixar esse passar. Agora sim, como não bilíngue assumida, eu torço pelo time Elsa. É surreal, né? Ver o que ela construiu, em uma época em que nós mulheres tínhamos muito menos liberdade do que temos hoje, é surreal. Para eu estar aqui, a Elsa esteve antes. Elsa era tão livre que nos libertou, inclusive fazendo roupas mais funcionais para nós mulheres. A Elsa me emociona, eu não sou uma profunda conhecedora de moda, mas eu sou uma profunda conhecedora de mim. E eu acho que Elsa me liberta até hoje. Ela me liberta com a estética surrealista, que ao mesmo tempo me encoraja a me vestir e a exibir a minha liberdade conquistada, também me faz escapar de um mundo muitas vezes surreal. Ela me lembra de não levar a vida tão a sério, por mais seria que ela possa parecer. Na verdade, a sério mesmo só meu plano de ter e viver com todas as roupas da marca que nunca vão estar fora de moda, e sim fora de qualquer tempo, porque o tempo, até o Google define, e eu acho que Schiaparelli é indescritível.”
Bom, como a Thai falou, as criações de Elsa Schiaparelli não se prendiam às convenções de tempo algum. Ainda na década de 30 ela começou a fazer colaborações com artistas, como o pintor Jean Dunand, com quem desenvolveu o vestido com pregas em trompe-l’oeil, aquele efeito que engana os nossos olhos, que está tão em alta hoje novamente. Fez joias em parceria com o escultor Alberto Giacometti e, ao lado de Salvador Dalí, lançou os icônicos vestidos com estampa de lagosta e o modelo com enchimentos que lembram esqueletos. Sem falar no cinto que tinha mãozinhas no lugar da fivela, criado com Jean Cocteau.
A partir daí, Schiap se torna conhecida por subverter os padrões da moda na época, com peças como chapéus decorados com sapatos e joias que imitavam partes do corpo – que, aliás, são uma febre atualmente. A gente falou disso recentemente no nosso site na reportagem “Joias e acessórios com formas do corpo são tendência pra ficar de olho”.
Bom, com o início da Segunda Guerra Mundial, Elsa foi obrigada a se mudar de Paris para Nova York, mas a marca continuou sendo tocada pela equipe. Quando retornou à Europa, já em 1945, ela lançou alguns de seus perfumes mais famosos, que bombaram na época, como o Roy Soleil, que teve seu frasco desenhado por Dalí. O sucesso foi tanto que a marca acabou abrindo uma fábrica exclusiva para as fragrâncias no subúrbio de Paris.
Ainda nos anos 1940, Pierre Cardin e Hubert de Givenchy passaram pelo ateliê da Schiaparelli, trabalhando ao lado da estilista e ajudando a construir seu legado. Givenchy, inclusive, se tornou diretor criativo da marca antes dela fechar as portas.
Pois é, porque teve esse momento: em uma decisão surpreendente, a estilista decidiu encerrar as atividades de sua etiqueta em 1954 e manter apenas a produção de perfumes. Escreveu uma autobiografia, a “Shocking Life”, que faz alusão a invenção do termo rosa-choque, e a popularização do uso do tom da moda. Em 1973, Elsa Schiaparelli morreu de causas naturais.
Por muitos anos, a memória da estilista que revolucionou a maneira de enxergar moda nos anos 1930 acabou caindo no esquecimento. Suas criações, no entanto, sempre foram citadas por nomes como John Galliano e Gianni Versace como grandes inspirações.
Eis que, em 2012, essa história teve uma reviravolta. A Schiaparelli, que havia sido comprada por Diego Della Valle seis anos antes, volta à ativa com tudo. E o melhor: com uma exposição no MET, o museu metropolitano de arte de Nova York. A mostra “Schiaparelli & Prada: Impossible Conversations” fazia paralelos entre a moda de Elsa e Miuccia Prada, como se elas passassem horas trocando ideias. Em 2014, a marca volta ao calendário de alta-costura, 60 anos após seu encerramento.
Mas foi em 2019 que a maison reconquistou de vez os holofotes. Sob o comando do estilista Daniel Roseberry, a Schiaparelli voltou a ser uma das apresentações mais esperadas das semanas de moda.
Nascido no Texas, Roseberry trabalhou por mais de 10 anos pra marca homônima de Thom Browne, que tem uma alfaiataria bem complexa e curte uma construção teatral cheia de história.
Essa escola deve ter sido uma boa base para Roseberry dar a guinada que queria na Schiaparelli. Sob seu comando, volta a exuberância do dourado e das formas surrealistas. Brincos com formatos de orelha alargada, tops em forma de pulmão, anéis que imitam dedos e aplicações de seios em terninhos de alfaiataria bem cortada são alguns dos destaques que marcaram suas criações.
Mas não se trata só de uma reinterpretação do estilo criado por Elsa Schiaparelli. O nosso editor de moda Luigi Torre entrevistou Daniel Roseberry pro volume 3 da ELLE impressa e conta como o designer conseguiu ir mais a fundo na essência da fundadora da marca.
Ele não está tão preocupado com a estética, em reproduzir para um momento atual aquela imagem surrealista, né? O vestido de gaveta, o chapéu de lagosta. Obviamente isso aparece, mas ele tá mais interessado no pensamento revolucionário que está por trás disso. Eu entrevistei ele ano passado para uma edição da ELLE impressa e ele fala bastante sobre isso. Ele fala que a moda tava vindo quase num piloto automático, que as pessoas já sabiam o que esperar, do que fazer, de como fazer. E ele também chegou com essa ideia de dar uma bagunçada nisso. A Elsa foi extremamente revolucionária, para além da questão estética do surrealismo, ela introduziu uma série de inovações, desde tecidos, modelagens, silhuetas, e o Daniel trabalha um pouco isso. E isso é bem interessante. Principalmente no prêt à porter, que é uma área um pouco mais limitada por questões mercadológicas e comerciais, então ele trabalha com jeans de uma maneira diferente, ele vai olhar pra uma camisa de um jeito um pouco mais desconstruído. Ele tem essa liberdade artística que está incorporada na marca.
Além disso tudo, outra coisa que, de certa forma, contribuiu para o sucesso da Schiaparelli de Roseberry foi o momento pelo qual o mundo estava passando, como explica o Luigi.
E aí chega no segundo ponto que faz esse caso ser mais especial, que é um pouco de contexto, de timing, que obviamente tem essa sensibilidade do criador, mas é um pouco de acaso, de sorte. O boom da Schiaparelli sob a direção criativa do Daniel Roseberry aconteceu bem durante a pandemia. E foi um momento, como todo mundo sabe, bem dramático, bem pesado, obscuro, triste. E de repente vem um estilista com propostas de fantasia, de sonho, de uma moda extremamente exuberante, cheia de ouro, de dourado, que tem uma carga simbólica bem pesada e bem otimista de certo modo. Então nesse momento tava todo mundo deprê, pra baixo, e ele chega com essa moda quase como um escape, mas não era um escape sem fundamento porque sob outro ponto de vista, o sucesso dele também tá muito em cima das construções de roupa que ele propõe.
E, não dá pra ignorar, também contribuiu pra essa visibilidade toda da Schiaparelli o fato de que a grife foi adotada por várias celebridades, e em momentos marcantes, como foi o caso da Anitta no VMA.
Antes dela, a grife vestiu Kim Kardashian, Beyoncé e Emma Corrin, só pra citar alguns nomes. Além, claro, de Lady Gaga, que foi de Schiaparelli com um megabroche de pomba dourada para cantar na posse do presidente estadunidense Joe Biden.
Bom, agora que a pandemia já passou do seu momento mais crítico, o Luigi aponta que essa fórmula de moda que capricha na fantasia, no ouro e na exuberância começa a dar sinais de desgaste. Nosso editor de moda tá curioso pra saber como Roseberry e a Schiaparelli vão dar continuidade a esse movimento. E a gente também. Vamos ver o que vem por aí!
Loungewear na Savage Fenty
Vocês acham que ainda tem algum setor de vestuário ou beleza que Rihanna ainda possa entrar de cabeça?
Pois nessa semana, mais especificamente na terça-feira, dia 30 de agosto, a estrela anunciou que a sua marca de underwear, a Savage X Fenty, vai contar agora também com loungewear. Ou seja, aquela roupa super confortável que a gente usa geralmente para ficar em casa vendo filme, sabe?
Mas, no caso da Savage X Fenty essas peças estão sendo chamadas de básicos elevados e a proposta é justamente que elas não fiquem reservadas para o sofá ou cama. A ideia é que esses itens sejam usados também nas ruas.
Abre aspas para a Riri: “A Savage X Fenty é sobre se sentir confiante e sexy. A coleção Lounge traz isso com um toque descontraído. Eu queria trazer conforto e sofisticação para peças do dia a dia que podem ser usadas da maneira que você quiser.” Fecha aspas.
São joggers, moletons, camisetas, macacões, tops, shorts, leggings e slip dresses. O primeiro drop dessa linha estará disponível para compra a partir do dia 8 de setembro no site da marca. A linha vai do XXS ao 4X na numeração e os valores ficam entre 25 e 75 dólares.
Troca de cadeiras na Burberry e na Louis Vuitton
Ao que tudo indica vem troca de cadeiras de grandes designers por aí!
De acordo com o site de notícias WWD, a Burberry está atrás de um sucessor para Riccardo Tisci, estilista italiano que é o diretor criativo da casa hoje em dia, mas cujo contrato expira no início de 2023. O designer trabalha desde 2018 na marca. Ele foi para a Burberry depois de ficar durante uma década na direção da Givenchy.
De acordo com a publicação, um dos nomes cotados é o de Daniel Lee, que deixou a direção da Bottega Veneta no final de 2021.
Apesar do burburinho, a Burberry afirmou que não comenta especulações. E a próxima coleção de Riccardo Tisci na grife já tem data marcada. A apresentação acontecerá no dia 17 de setembro, durante a Semana de Moda de Londres.
Apenas para refrescar a memória, como a gente contou lá naquele episódio do ELLE News de número 72, Daniel Lee foi o responsável por mudanças profundas na Bottega Veneta, tornando a casa uma das mais hypadas dos últimos tempos, acumulando prêmios, mas foi desligado, ao que tudo indica, por problemas nas relações pessoais com a equipe da Bottega. O comunicado oficial do grupo Kering, que detém a marca, no entanto, foi o de que o desligamento se tratou de uma decisão conjunta.
E outra casa que também está nesse processo seletivo para a sua cúpula é a Louis Vuitton. Desde que Virgil Abloh, o então diretor criativo da ala masculina da marca, faleceu em novembro de 2021, a grande dúvida é quem assumirá esse posto.
Dentre os nomes cogitados estão os das britânicas Martine Rose e Grace Wales Bonner, além do estadunidense Telfar Clemens. A Louis Vuitton também segue calada nesse assunto, mas tem muita gente apostando que esse anúncio deve acontecer muito em breve. E você? Em quem você aposta nessa sucessão?
Diamante Tiffany pelo Brasil
Na última segunda-feira, o Brasil, ou melhor, mais precisamente São Paulo, recebeu um gigante só que na surdina.
E a gente explica: a Tiffany criou um evento para clientes selecionadíssimos e alguns nomes da imprensa para expor algumas de suas peças de alta-joalheria.
Dentre essas peças estava o icônico Diamante Tiffany, uma gema de 128, 54 quilates, exibido pela primeira vez na América Latina.
A gente já falou sobre esse diamante amarelo enorme aqui no ELLE News. Ele foi garimpado em uma mina na África do Sul, em 1877, e é considerado o maior diamante amarelo já encontrado até hoje, usado por pouquíssimas pessoas do mundo — quatro vezes na história: uma delas por Beyoncé, naquela campanha em que a cantora aparece ao lado de seu marido, Jay Z, e em frente a uma obra de Basquiat.
Acontece que, por se tratar de uma raridade, a marca combinou um embargo com os convidados. Funcionou mais ou menos assim: ninguém podia tirar foto e postar que o diamante estava aqui no Brasil até ele sair do país! O evento contou com a presença da atriz Bruna Marquezine, do músico J Balvin, mas quem participou precisou ficar de bico fechado, não pôde ostentar nada nas redes sociais, não!
A ELLE participou do evento, a gente viu de perto o tal do Diamante Tiffany e conversou com o CEO da marca, Anthony Ledru, que explicou o megaevento intimista: o Brasil é um dos mercados que mais interessa a joalheria na América e, por isso, toda a cerimônia!
O Escort da princesa Diana
Olha, não é do tempo de Gabe, mas, lá na minha adolescência, o Ford Escort era o carro dos bacaninhas da cidade. E foi justamente esse modelo de automóvel que foi leiloado esta semana por 722,5 mil libras, ou cerca de 4,3 milhões de reais.
É que esse Escort, no caso, pertenceu a ninguém menos do que a Princesa Diana, que costumava dirigir ela mesma o veículo nos anos 80. O carro, originalmente branco, foi pintado de preto a pedido da família real, numa tentativa de chamar menos atenção dos fotógrafos. O leilão foi realizado no autódromo de Silverstone, na Inglaterra. O nome do comprador não foi revelado.
Esta semana também foi marcada pelos 25 anos da morte da princesa de Gales. Diana morreu no dia 31 de agosto de 1997, em um acidente automobilístico em Paris, junto com o namorado Dodi Al-Fayed, quando o casal fugia da perseguição dos papparazzi.
Se você fã de Lady Di, vale dar uma busca no nosso site, porque tem várias reportagens sobre essa ela por lá, falando do estilo da princesa, das atrizes que já interpretaram Diana e muito mais.
Pílula de Beauté
Nosso editor de beleza, Pedro Camargo, conta o que há de mais quente na área esta semana.
Hello, gorgeous! Hoje em inglês porque a notícia é britânica! Uma das concorrentes ao Miss Inglaterra chamada Melissa Raouf disse que não vai usar maquiagem nas próximas etapas do concurso. Rolou uma primeira fase em que as meninas não podiam usar maquiagem ao se apresentarem e ela gostou da ideia e declarou que não vai mais usar qualquer make até o fim da competição. E mais, se ela ganhar e for disputar o Miss Universo, ela também disse que continuará igualmente de cara lavada. Em uma entrevista a BBC ela declarou que quer mandar para o mundo a mensagem de que garotas não são obrigadas a usar maquiagem se não quiserem e espera inspirar outras mulheres a seguirem o seu exemplo. Além disso, ainda no Reino Unido, vamos falar de Stella McCartney. O bafo é que a estilista vai voltar para o mercado de beleza 16 anos depois de sua primeira investida por lá. Com ideais minimalistas e focando em beleza limpa e livre de crueldade animal, a marca vai se chamar STELLA e terá apenas 3 produtos, de início, um limpador facial, um sérum e um creme hidratante. Tudo disponível a partir do dia 29 de agosto no site da marca.
Dica cultural
Bruna Bittencourt, editora de cultura, recomenda boas pedidas na telinha.
Estreou na última quarta-feira, 31 de agosto, na plataforma Star+, Pistol, série de seis episódios sobre os Sex Pistols. A banda, não custa lembrar, foi um dos alicerces do punk e mudou para sempre a cultura britânica. A produção é baseada em Lonely Boy: Tales From a Sex Pistol, de 2017, livro de memórias do guitarrista Steve Jones. A série tem direção de Danny Boyle, diretor de Trainspotting (1996), e que acompanhou toda a ascensão do punk na época. Pistol traz como personagens a banda formada por Paul Cook, John Lydon, Glen Matlock, Sid Vicious, além de Jones, todos interpretados por atores. O trama conta ainda com Malcolm McLaren, empresário da banda e dono da butique SEX, assim como sua então namorada, a estilista Vivienne Westwood, e Chrissie Hynde, que se tornaria vocalista do Pretenders, mas antes trabalhou na loja, um endereço fomentador da cena punk em Londres. E, embora preferisse The Clash, Danny Boyle, disse: “Eu não estaria aqui sem os Sex Pistols”. Tem matéria no site da ELLE sobre a série, feita pela nossa colaboradora Mariane Morisawa. Para terminar, os Pistols, claro, com “No fun”.
Este episódio usou trechos das músicas Envolver, de Anitta; Cor-de-rosa choque, de Rita Lee; Little French Song, de Carla Bruni; Breakfast, de Dove Cameron; Diamonds, de Sam Smith; trecho da apresentação de alta-costura de inverno 2019 da Schiaparelli; do inverno 2022 da Burberry; e o Hino dos Estados Unidos, por Lady Gaga.
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