Beyoncé, a moda e o Harlem Renaissance
Nesse episódio do nosso podcast ELLE News, saiba mais sobre o resgate de referências culturais dos anos 1920 pela diva do pop e sua influência pelo mundo.
Episódio veiculado no dia 29 de setembro de 2022.
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Hoje é aquele dia em que os fãs de Beyoncé só vão ter ouvidos para uma coisa: o novo álbum da diva pop, que acaba de ser oficialmente lançado.
E aqui no ELLE News a gente aproveita essa deixa para falar um pouco sobre a importância da moda na construção visual da cantora e também sobre o Harlem Renaissance, movimento cultural marcante pra cultura negra e que aparece como uma das referências do álbum de Beyoncé.
E ainda: o lançamento da ELLE Men, as filas provocadas pela collab Yeezy Gap e Balenciaga, as novidades no calendário da moda e muito mais.
Eu sou Patricia Oyama. E eu sou Giuliana Mesquita. E você está ouvindo o ELLE NEWS, o podcast com as principais notícias de moda e de beleza da ELLE Brasil.
Pois é, eu voltei de férias e quem não está aqui hoje é o Gabriel Monteiro, que foi pro Rio de Janeiro cobrir o lançamento da ELLE Men – esse, aliás, é um dos assuntos deste episódio. Mas não tem problema, porque a Giu Mesquita esticou a temporada no microfone e está aqui comigo para falar sobre mais esse rebuliço que Beyoncé está causando.
Começando do começo de todo o burburinho: Beyoncé lançou “Break My Soul”, música com batida de house, no dia 21 de junho deste ano, anunciando o lançamento do seu álbum Renaissance. A capa do single mostra a cantora com pouquíssima roupa e cabelos longuíssimos em uma pose de guerreira em cima de um cavalo de discoball. A internet foi a loucura, como vocês devem imaginar. Ela não lançava nada desde o musical “Black is King”, em meados de 2020.
Muitas teorias começaram a se desenhar sobre o que viria por aí nesse lançamento. Um trabalho todo do gênero house, um dos mais importantes da música eletrônica e que vem de origens negras? Um álbum visual cheio de referências, marcas e estilistas com foco em ancestralidade, como foi Lemonade?
Bom, mas antes mesmo de o álbum vazar na quarta-feira, os fãs já tinham uma boa pista, graças ao nome escolhido para ele: Renaissance. Quem acompanha a trajetória de Bey sabe que a cantora não deveria estar fazendo nenhuma alusão ao Renascimento europeu, mas, sim, ao Harlem Renaissance.
Esse movimento cultural surgido no bairro ao norte de Manhattan nos anos 1920, deu protagonismo a mentes criativas negras. Naquele momento, a comunidade local estava dizendo que eles contariam suas próprias histórias, e não uma branquitude que os enxergava de um ponto de vista repleto de preconceito.
Essa explosão cultural fez com que a comunidade negra desenvolvesse ainda mais seus próprios códigos artísticos, literários, musicais e, claro, estéticos. O Harlem Renaissance foi um ponto de virada e inspirou movimentos como o Black Power Movement e o Black Arts Movement, nos anos 1960.
Junte isso ao House, que é a base de “Break My Soul”, e a história começa a se desenhar melhor. Beyoncé parece querer contar a história do gênero através da retomada dos códigos musicais que por muito tempo foram atribuídos a brancos.
E o que a moda tem a ver com isso? A cantora mudou muito seu estilo desde que estourou com o Destiny’s Child, no começo dos anos 2000. Se antes ela adorava uma calça de cintura baixa e um top curtinho – como era moda na época –, hoje Bey curte uma produção bem glamourosa.
Como esquecer o vestido dourado que ela usou na apresentação do Grammy de 2017? Ou o chapéu que cobria metade de seu rosto no clipe de Formation? Ou até dos looks usados no show do Super Bowl, em 2013? São todos momentos fashion icônicos! E quem se lembra de um look básico, porém impactante, de Beyonce na moda é o stylist e amante de música pop Caio Sobral. Conta pra gente, Caio!
“Eu tenho uma memória muito forte de quando ela lançou Dangerous in Love, o primeiro álbum solo dela, que veio com clipe de Crazy in Love, que tem uma parte ali que ela ta andando num estacionamento, que ela está de shorts jeans, regata branca e um scarpin vermelho. E, pra mim, naquela época eu era muito mais novo do que eu sou hoje, foi muito inovador e eu trago muito disso até hoje no meu trabalho. Acho que usar desse básico para um lançamento de uma música que é um hit até hoje e que naquela época já chegou como hit, é muito forte. Ela não precisou de muitos artifícios para esse lançamento, né? E até os outros looks desse vídeo são, se você analisar, básicos, são peças que não são difíceis de aceitar, mas são coisas, pra época, inovadoras.”
Além de looks incríveis, Beyoncé também vem abrindo muitas portas para novas marcas e estilistas negros. E tem dedo da stylist Zerina Akers no meio disso. Desde o lançamento de Lemonade, em 2017, Zerina virou uma referência no cenário fashion. Nesse álbum visual, ela incluiu nos figurinos peças de marcas que vão desde Hood By Air até a brasileira Gig Couture, passando por grandes etiquetas como Saint Laurent e Gucci. O chapéu que cobria os olhos de Beyoncé no clipe de Formation virou ícone de estilo, assim como os mais de 35 looks usados pela cantora no vídeo.
Zerina tem um e-commerce próprio chamado Black Owned Everything, onde também abre espaço para o reconhecimento de artistas negros. Em 2021, a stylist ganhou um Emmy pelo figurino do terceiro álbum visual que produziu ao lado de Bey, o Black Is King. E não é pra menos. A moda do filme é uma das mais impressionantes dos últimos tempos, com uma estética toda afrocentrada, que conta a história dos povos negros. Cada frame do vídeo é digno de um editorial.
Na época, Beyoncé explicou que, abre aspas: “Com esse álbum visual, eu queria apresentar elementos da história negra e da tradição africana com um twist moderno e uma mensagem universal e o que realmente significa encontrar sua própria identidade e criar um legado”. Fecha aspas.
Sasha Vilela, publicitária, comunicadora e fã confessa da cantora, dá um preview do que ela acha que vem aí nessa nova era da Beyoncé, levando em consideração as suas outras produções audiovisuais e falando um pouco da sua importância como mulher preta.
“Eu acho que a moda e o guarda-chuva de elementos que ela carrega com ela são totalmente fundamentais para se contar uma história, para se criar uma narrativa e para passar uma mensagem. E com certeza a Beyoncé tem feito isso de uma forma muito majestosa, muito bonita e ao mesmo tempo muito respeitosa da ancestralidade da sua pele, da sua raça, das histórias contadas ao longo do tempo e a junção das letras cheias de referências desses povos antigos, dessas histórias sendo contadas, dessas narrativas sendo criadas. Eu acho que o visual, eu como fã, o visual sempre me impacta de uma forma muito diferente. Unir essas duas coisas, a moda, que é muito presente pra construção dessa narrativa, com toda a história sendo contada de uma forma tão mágica, tem sido muito revolucionário e bonito de se ver. Uma coisa muito interessante que eu notei nesse momento é entender essa construção que ela faz no Lemonade, trazendo referenciais femininos, falando sobre a mulheridade, sobre mulheres pretas, sobre a força da mulher preta e sobre a fragilidade da mulher preta. Eu acho que a moda ajuda muito a construir isso. A gente tem um The Gift que é algo muito mais ancestral, muito mais raiz, onde a gente vê referências realmente de povos africanos, histórias sendo contadas e referências musicais. E agora a gente vai pra uma era disco, aonde eu tenho certeza que a moda vai ser muito impactante, só pelo que ela já soltou a gente já sabe que as referências vão ser incríveis e revolucionárias. Eu acho que essa junção do áudio, eu como fã, do áudio, das referências audiovisuais que ela tem, ela trazer pro mundo dela e pro universo dela tem sido muito revolucionário e tem impactado muito as pessoas, não só no mundo da música, mas como no mundo da moda também.”
Bom, como esse episódio está indo ao ar no mesmo dia de lançamento do Renaissance, a gente queria agradecer que você parou alguns minutos de ouvir as novas músicas pra escutar o ELLE News. Então aproveita e vai lá no nosso Instagram para comentar qual fase de Beyoncé na moda é sua favorita!
Lançamento ELLE Men
Ontem, dia 28, quem ficou ligado em nossas redes sociais, viu: a família ELLE Brasil cresceu.
Nós lançamos a ELLE Men, título já presente em países como México, China, Tailândia e Turquia e que, agora, ganha uma versão brasileiríssima. Isso mesmo, além da tradicional ELLE Brasil impressa, da nossa revista digital ELLE View e do título premium ELLE Decoration Brasil, de design e arquitetura, nós passamos a ter também uma nova publicação exclusiva para a moda masculina, segmento que está previsto para movimentar em 2026 cerca de 547,9 bilhões de dólares em todo o mundo.
E para a nossa primeira capa, ou melhor, nossas capas, nós contamos com grandes figuras da moda, da música e da dramaturgia que, em suas próprias vivências, ampliam a ideia de masculinidade.
Fotografado em Nova York, dentro de seu icônico ateliê, Dapper Dan, o lendário alfaiate e couturier do Harlem, hoje reconhecido como o pai do streetwear, é um dos nomes que estrelam a nossa primeira edição.
Além dele, Jesuíta Barbosa aproveitou um intervalo das gravações de Pantanal para posar nu em nosso primeiro título e dizer como ele, assim como o seu personagem Jove, da novela, fogem completamente do jeito de mocinho-padrão do horário nobre.
Jão, por sua vez, também achou uma brecha entre os muitos shows que ele vem fazendo pelo país, sempre com casas lotadas, para homenagear Elvis Presley e falar conosco sobre suas canções românticas e sua relação pessoal com o amor.
Já o rapper Baco Exú do Blues, dividiu os traumas que viveu para fugir do estereótipo do rapper. Longe do clichê de figura marrenta, ele se deixou ser fotografado ao lado de seu ursinho de pelúcia, o Baquito.
E para fechar esse grupo de grandes homens, clicamos Nicolas Prattes em Itacaré, no sul da Bahia. O ator que, em 2022, completa 10 anos de carreira é o mais novo selecionado da Giorgio Armani para apresentar a fragrância Acqua di Gió Eau de Parfum no Brasil. A nova versão do clássico perfume da marca italiana é mais sustentável: neutra em carbono, feita apenas com ingredientes de origem controlada e recarregável.
Em entrevista à ELLE Men, Prattes falou de sua relação íntima com a natureza, como o esporte é fundamental seja como autocuidado ou formação profissional, além de outras curiosidades. Você sabia, por exemplo, que o galã é um expert em perfumes, que já fez curso e tudo? Pois é!
Ele, inclusive, esteve presente ontem em nossa festa de lançamento da ELLE Men, feita em conjunto com a Giorgio Armani. O evento rolou no rooftop do Hotel Fairmont, em Copacabana, no Rio, e foi um sucesso! Uma baita celebração para a estreia de um título que deve mesmo ser comemorado.
Quem quiser ver mais da festa e ler todo o papo com Nicolas Prattes, acesse já ELLE.com.br.
Yeezy Gap chega às lojas físicas
E a parceria entre Ye, anteriormente conhecido como Kanye West, e a Gap novamente fez barulho no noticiário e nas redes sociais.
Na quinta-feira passada, dia 21, a coleção Yeezy Gap Engineered by Balenciaga finalmente chegou às lojas físicas. O primeiro local a receber as peças foi a loja da Gap na Times Square, em Nova York, que já tinha fila dobrando o quarteirão horas antes das portas serem abertas.
Quem conseguiu entrar lá, depois de passar umas boas horas de pé, se deparou com um cenário bem inusitado. Com zero glamour, as peças à venda estavam amontoadas em sacolas imensas, enfileiradas, bem no estilo saldão de roupas. O jeito era fuçar naquele monte de camisetas e moletons para caçar seu número. As peças da coleção são unissex, em tons escuros, e algumas levam o desenho de uma pomba branca nas costas.
Pombas, aliás, fazem parte do joguinho para celular que a marca colocou no ar para divulgar a coleção. No game, o avatar do jogador vai subindo aos céus à medida em que toca em pombas que voam ao seu redor.
E quem é fã da dupla Ye e Demna Gvasalia teve um motivo a mais pra entrar na fila. Em entrevista ao New York Times, Demna, diretor criativo da Balenciaga, avisa que agora dá por encerrada a participação na marca do amigo. A expectativa é que a Yeezy Gap faça novas collabs com outras grifes.
Mas, como a gente bem sabe, quando se trata de Ye, nada é previsível. No mesmo artigo do New York Times, a jornalista Vanessa Friedman levanta os percalços da parceria entre o rapper e a varejista de roupas, desde que a Yeezy Gap foi anunciada, em junho de 2020.
A primeira peça da marca, a jaqueta Round, na cor azul, só saiu em junho do ano seguinte e permaneceu como filha única até o final de setembro, quando chegou ao mercado o moletom com capuz da Yeezy Gap. Ambas as peças, claro, foram um estouro de vendas e se esgotaram num piscar de olhos. Em janeiro deste ano, foi anunciada a collab da Yeezy Gap com a Balenciaga e aí, novamente, foi aquela comoção.
Mas, como mostra a reportagem de Vanessa Friedman, a demora entre cada lançamento não é mera estratégia de marketing. Na verdade, devia ter muito executivo da Gap arrancando os cabelos nesse meio tempo – lembrando que o contrato da marca com Ye é de 10 anos.
Acontece que o músico tem um processo criativo muito próprio. Como destacou o fotógrafo Nick Knight ao New York Times, a mentalidade de Ye não é a que se vê na maioria das marcas de moda clássicas. Abre aspas para Knight: “Se ele quiser passar um ano olhando pra cor azul, nós vamos passar um ano olhando pra cor azul, o que é extremamente inspirador, quando frequentemente os cronogramas têm prioridade sobre a criatividade. Ele não se vê de jeito nenhum limitado por prazos ou temporadas.” Fecha aspas.
Aqui do Brasil é possível comprar as peças da Yeezy Gap Engineered by Balenciaga pelo site da marca. Não precisa nem enfrentar filas nem o esquema de saldão de roupas. Só tem que ter o cofrinho recheado. As camisetas custam em torno de 800 reais e o moletom com capuz sai por 1.600 reais.
Nylon à base de plantas
A gente já falou algumas vezes aqui no podcast sobre as alternativas ao couro produzidas a partir de cogumelos. Mas você sabia que a indústria também está investindo em formas mais sustentáveis de fabricar nylon?
Pois é, essa fibra sintética, que tradicionalmente usa petróleo na sua produção, começou a ser feita a partir de matérias-primas vegetais.
A iniciativa é da empresa de biotecnologia Geno e da companhia têxtil Aquafil, que é a mesma que vem produzindo o Econyl, o nylon regenerado, feito a partir de resíduos reciclados retirados dos oceanos e de aterros, que já foi visto em coleções de grifes como Prada, Gucci e Louis Vuitton.
Diferentemente do Econyl, que, apesar de mais sustentável que o nylon tradicional, ainda é à base de combustíveis fósseis, o novo nylon é inteiramente de origem vegetal – mais especificamente, de cana-de-açúcar e milho. De acordo com os fabricantes, o polímero feito de plantas tem a mesma estrutura química do polímero do nylon convencional.
Na semana passada, a Geno e a Aquafil anunciaram que já produziram as primeiras toneladas de polímero de nylon-6 de origem vegetal e agora vão passar para a fase de transformar esse material em aplicações de nylon, como fios têxteis e tapetes, entre outros produtos. Vamos torcer pra mais essa alternativa chegar logo às prateleiras.
Entra e sai das semanas de moda
Atravessamos para o segundo semestre do ano e isso significa uma coisa na moda: Vem aí mais uma nova temporada que, como vocês sabem, é iniciada todo mês de setembro.
Por que setembro? Bem, é quando o calendário tradicional gira e as principais semanas internacionais acontecem, antecedendo as coleções de verão do próximo ano.
É também quando chegam as september issues, as edições mais especiais das publicações de moda do mundo, geralmente mais elaboradas e com maior receita publicitária.
Mas a ideia aqui não é explicar o porquê de setembro, mas já antecipar algumas informações que nós reunimos dessa nova temporada. O start será dado, como é de praxe, pela New York Fashion Week, dessa vez no dia 9 de setembro. Depois vem Londres, Milão e Paris, com o último dia de desfiles previsto para o dia 4 de outubro.
Tommy Hilfiger volta ao calendário de Nova York, após um hiato de três anos. A apresentação deve acontecer no dia 11 de setembro, no Brooklyn, com direito até mesmo a uma colaboração com o jogo Roblox. Na ocasião, o estilista desfilará a sua coleção de inverno 2022 e que será see now, buy now. Ou seja, veja agora e compre já!
Fora isso, duas casas italianas vão se apresentar em Nova York : a Fendi, no dia 9, como avisamos no episódio passado, e a Marni, dia 10, iniciando uma espécie de turnê internacional para alavancar a audiência global.
Na primeira noite da semana de moda londrina, o belga Raf Simons marcará sua estreia nas passarelas da capital britânica. Burberry, por sua vez, retorna ao calendário tradicional inglês depois de dois anos fora. Outro que também volta pra semana britânica é Jonathan Anderson, com sua marca homônima, a JW Anderson.
Já a Diesel anunciou que vai fazer uma apresentação aberta ao público em Milão, no dia 21 de setembro. E o ingresso é gratuito. Para conseguir seu lugar na plateia, basta fazer um registro online no site oficial da grife – enquanto houver vagas, claro. As inscrições abrem no dia primeiro de setembro. Imagina a correria que vai ser!
Por último, Victoria Beckham que passa a ingressar o line-up oficial do evento francês.
Por enquanto é isso, mas a cada nova informação que tivermos, pode ficar tranquilo que a gente te atualiza por aqui.
Pílula de beauté
E na nossa pílula de beauté da semana, o nosso editor de beleza Pedro Camargo faz um resumo das últimas notícias que agitaram esse mercado. Fala, Pedro!
“Oi, gente, tudo bem? Hoje, vamos dar um giro de notícias do mundo da beleza por aqui! Primeiro, sim, meus amigos, a J.Lo lançou um creme para o bumbum. E, sendo ela a detentora daquele bumbum de ouro, a internet foi à loucura com o ideia. O novo produto estreia a linha de itens para o corpo de sua marca J.Lo Beauty que, até então, não tinha adentrado esse mercado. O creme em questão se chama Firm + Flaunt Targeted Booty Balm e tem ingrediente brasileiro na fórmula! São as sementes de guaraná que, por serem ricas em cafeína dão um efeito tensor momentâneo. Que tal? Depois, vale comentar também da Halsey que agora, além da About Face, sua marca de cosméticos, ela também criou a af94, uma linha de maquiagem super colorida, divertida, lúdica, e com preços TODOS abaixo de dez dólares. Para fechar, grandes mudanças na Glossier. Depois da saída da fundadora a marca (a blogueira e empresária Emily Weiss), a empresa finalmente decidiu tornar-se parte do portifólio da Sephora. A partir de 2023, nos EUA, os itens da Glossier estarão disponíveis no site e nas prateleiras da multimarcas de beleza. Considerando que os números da Glossier (que foi um sucesso na década passada) não andavam muito bons, a iniciativa parecer ser uma boa estratégia para marca recuperar seus dias de glória. Por hoje é isso, pessoal. Beijos!”
E pra fechar o episódio de hoje, a nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, fala de uma estreia no streaming para quem tem estômago forte. Conta mais, Bruna!
Duas semanas após estrear nos cinemas brasileiros, chega à plataforma de streaming Mubi Crimes do futuro, novíssimo filme de David Cronenberg, que não lançava um longa desde Mapa para as estrelas, de 2014. Crimes do futuro, apresentado no Festival de Cannes, em maio, é protagonizado por Kristen Stewart, Léa Seydoux e Viggo Mortensen, que já atuou em outros quatro longas do diretor canadense. No novo filme, ambientado em um futuro distópico, Viggo interpreta um artista que mostra publicamente a metamorfose de seus órgãos em apresentações pra lá de vanguardistas. Pioneiro do gênero body horror, que envolve mutações do corpo, Cronenberg ficou conhecido ainda nos anos 70. Entre seus principais filmes, estão Scanners, de 1981, A mosca, de 1986, Gêmeos – mórbida semelhança, de 1988, e Crash, de 1996, que ganhou o prêmio especial de júri no Festival de Cannes. E uma curiosidade: ele também é ator e participou, entre outros trabalhos, da série StarTrek: Discovery, que estreou em 2020.”
Este episódio usou trechos das músicas “Break my soul”, “Daddy lessons”, “Formation” e “My power”, de Beyoncé; “Survivor”, de Destiny’s Child; “Samba em Paris”, de Baco Exu do Blues; “Idiota”, de Jão; “The Game”, de Kanye West e “On the floor”, de Jennifer Lopez.
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