Camille Miceli e a história da Pucci

A Pucci tem diretora criativa nova, a primeira designer mulher a ocupar tal cargo: Camille Miceli. Neste episódio a gente conta quem é a nova chefona da equipe de criação da marca italiana. E ainda: o novo Acordo de Bangladesh; Nova York dando o pontapé na temporada de moda internacional daqui poucos dias; e as dicas de beleza e cultura dos nossos editores.


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Há quanto tempo um estilista, ou uma estilista, não rouba o seu coração? Isso pode estar muito perto de acontecer. A LVMH anunciou a contratação imediata da primeira designer mulher a ocupar o cargo de diretora criativa da Pucci.

Camille Miceli é metade francesa, metade italiana. Ela sorri largo e é do tipo que não faz carão. Tem um estilo muito próprio, daquelas que fazem misturas inusitadas e adoram uma feira de antiguidades, mas se mostram 100% conectadas com o que está acontecendo no mundo agora.

Neste episódio a gente investiga e conta para você quem é a nova chefona da equipe de criação da marca italiana. A Pucci deixou uma herança enorme para a moda, mas nunca conseguiu se reerguer nas suas tantas tentativas de reconstrução. Será que agora vai?

E ainda: o novo Acordo de Bangladesh; Nova York dando o pontapé inicial na temporada de moda internacional daqui poucos dias.

Camille Miceli é a nova diretora artística da Pucci

Sabe quem é Camille Miceli na fila da Pucci? Apenas a primeirona: a designer franco-italiana, que começou a carreira na moda pela área de comunicação, é a nova diretora artística da marca florentina, que pertence ao conglomerado LVMH desde o ano 2000. É a primeira vez que uma mulher ocupa esse cargo na marca.

O anúncio foi feito na quarta-feira, dia 1o de setembro. Camille vai assumir um posto vago desde 2017, quando o estilista Massimo Giorgetti saiu para se dedicar à marca própria, a MSGM. Desde então, as coleções eram desenvolvidas por uma equipe interna, alternadas por uma collab ou outra, aqui e ali, com marcas e nomes estrelados.

Antes de Giorgetti, Peter Dundas e Matthew Williamson passaram pela casa italiana. Apesar da enorme torcida, e de pontos altos em algumas coleções, o efeito alucinante que a grife tinha causado no mercado nos anos 1950 e 1960 nunca conseguiu ser reproduzido. E é mais ou menos por isso que as expectativas sobre Camille são altas e positivas.

Ela tem no currículo alguns fatores imbatíveis: é italiana, é sorridente, cheia de energia, espontânea, é um pouco excêntrica e ama o verão (o que é essencial para o resort wear da Pucci).

Marc Jacobs, com quem ela já trabalhou e de quem virou amiga, contou ao New York Times que uma vez pegaram um voo em que ela estava usando uma blusa transparente sem sutiã. E ela nem aí. Camille parece ter aquele quociente ideal de excentricidade, que faz a pessoa ser interessante e divertida ao mesmo tempo.

E tem mais: Camile é conhecida por ter experiência em transformar em produtos comerciais as criações de luxo dos designers com quem trabalhou. E, olha, poucas coisas podem ser mais bem vistas do que isso para o dono do negócio.

Ao dar sua primeira declaração sobre o novo emprego, ela disse que está menos interessada em um calendário de desfiles, e mais focada em “acompanhar a vida de uma família ao longo do ano, das 8 da manhã às 4h do dia seguinte”.

Essa vibração fora do lugar-comum talvez seja o ingrediente que faltava para a Pucci voltar a brilhar. Vamos ver o que o editor de moda Lucas Boccalão acha disso:

“Essa pode ser uma estratégia bem interessante, até porque se a gente for perceber, durante todos os tempos de crise da moda – a última grande crise em 2008 e agora com a pandemia –, as marcas que conseguiram seguir com seus números equilibrados de venda e continuam até hoje são as que se mantêm verdadeiras à sua história, aquilo que a marca faz ser o diferencial dela entre as outras do mercado.”

Apesar de Camille não ser uma figura extremamente famosa para as consumidoras, ela é superconhecida pelo lado de lá do balcão da moda, além de ser muito bem relacionada. Sua mãe era amiga do estilista Azzedine Alaïa, e foi com ele que Camille arrumou seu primeiro estágio na moda, aos 16 anos.

Depois, ela trabalhou na assessoria de imprensa da Chanel, e foi parar na Louis Vuitton, na época do Marc Jacobs. E ainda passou por lá de novo, com Nicolas Ghesquière, terminando a experiência como diretora de acessórios femininos da maison. Camille também passou pela Dior nas gestões de John Galliano e de Raf Simons.

Ou seja, experiência e boa circulação no mercado de luxo é o que não faltam pra estilista, que também já foi alçada ao posto de musa por Jacobs e Galliano – é pouco ou quer mais? Bem, ela não deve demorar para conquistar a mesma admiração por parte do chefe, o CEO da LVMH Sidney Toledano.

Na sexta-feira, Camille publicou uma foto no stories do Instagram, em que aparecia na garupa de uma vespa com Toledano como piloto. E a legenda? “Vambora, Emilio Pucci!”.

Falando no Instagram, no post que ela fez no feed anunciando a novidade, choveram corações, palminhas e muita gente do meio da moda elogiando.

Marc Jacobs se derreteu. “Extremamente orgulhoso de você, Camille querida. Você vai fazer um ótimo trabalho, sem dúvida. Parabéns!”, disse. Companheiro de LVMH, Virgil Abloh mandou um “Brrraaaaaaaavoooooo!!! 1000 vezes parabéns”.

O sapateiro Fabrizio Viti também comemorou, dizendo que “finalmente o sexy está de volta”. Até Margherita Missoni, diretora criativa da M Missoni, deixou qualquer possível concorrência de lado e celebrou com um “Uau! Finalmente a Pucci está de volta”.

E agora a gente faz aquela retrospectiva básica da marca. A Pucci foi fundada em 1947 pelo aristocrata Emilio Pucci, marquês de Barsento. Curiosamente, o primeiro look a chamar a atenção das clientes foi uma roupa de esqui. Mas logo vieram as peças pelas quais a marca ficou conhecida: calças palazzo, caftans, blusas-lenço e leggings, que ganharam estampas psicodélicas e cores vibrantes, numa mistura que era a receita perfeita para a época.

As peças eram feitas de jérsei, material que conversava com a ideia do sportswear estadunidense, e tinham conforto. Mas ganhavam uma abordagem extremamente chic, seja pelas formas amplas, seja pelos cortes que deixavam o corpo à mostra, ou as estampas hipnotizantes.

Olha só como a própria marca explica a escolha das cores na época: “A paleta de cores vibra com matizes saturados ou delicados, escolhidos com confiança aristocrática e desprezo pelas convenções”. Um parênteses aqui: algo bem parecido com a própria Camille.

O jet set europeu ficou hipnotizado. Emilio Pucci se transformou no Príncipe das Estampas, e traduzia via moda a dolce vita. Ele criou um estilo inconfundível! Vestir um Pucci era comunicar essa vibração de férias eterna, sol na pele, drinque na mão, liberdade e aquele clima de festa interminável, que alguns filmes franceses e italianos da época retrataram bem.

A partir dos anos 70, o hype em torno da Pucci foi diminuindo e a marca nunca mais deslanchou, de fato. Também é preciso dizer que a gente não reviveu, e possivelmente não reviverá, aquela efervescência dos anos 1950, de uma alegria alongada de clima pós-guerra. Será que as estampas Pucci ficaram alegres demais para o que veio depois?

Pode até ser, mas a herança da marca é muito forte. E não seria má ideia reviver aquele psicodelismo todo… A contratação da Camille tem esse objetivo, de recuperar o glamour festivo da Pucci. O editor de moda Lucas Boccalão acha que ela pode dar conta, sim.

“Eu acho que o ponto mais interessante da ida da Camille Miceli para a Pucci é o fato de que ela nunca desenhou prêt-à-porter; ela nunca desenhou roupas; ela sempre foi uma designer de joias e acessórios. A gente tem um exemplo muito bem sucedido da Maria Grazia [Chiuri] e do Pier Paolo [Piccioli] quando eles viraram designers de prêt-à-porter e de alta costura para a Valentino. Eles sempre foram designers de acessórios, trabalharam anos na Valentino só fazendo isso, e os dois tiveram grande sucesso. Em dupla, eles tiveram muito sucesso na Valentino, revolucionaram. Pier Paulo segue sozinho lá, a Maria Grazia muito bem sucedida na Dior também, então pode ser algo bem legal.

É importante lembrar que a Camille Miceli tem uma carreira muito bem sucedida. Em todas as marcas onde ela trabalhou ela criou hits de venda e peças emblemáticas que continuam até hoje sendo vendidas na história dessas marcas. Isso é muito difícil de conseguir, principalmente em marcas gigantes desses grupos de luxo, como a Louis Vuitton. Na Dior ela criou toda aquela tendência das joias de pérola, ela criou aquele brinco hit de pérolas pesado que ela fez inspirado na África; ela criou aqueles colares que foram uma febre no auge do Galliano; aqueles colares longos de pérola com pêlo e cabelo, que é uma combinação tão exótica e esquisita, mas que fez muito sucesso. Na Louis Vuitton ela criou um óculos que foi hit e é vendido até hoje, um modelo de aviador, então acho que pode ter muita coisa boa acontecendo com a vinda dela.”

A estratégia de investir no resort wear já vinha aparecendo, em decisões como abrir lojas em Miami e Saint Tropez, que são pontos estratégicos. Agora é entregar e confiar.

Toledano, pelo jeito, está cheio de planos. Ele disse que tem certeza de que a energia e talento da Camille, bem como a riqueza de experiência que ela ganhou nas maiores maisons do grupo LVMH, serão a chave para o sucesso do novo projeto global da marca. A primeira coleção dela aparece em 2022 e nós estamos como? Ansiosos.

Novo Acordo de Bangladesh passa a vigorar a partir de setembro de 2021

O Acordo de Bangladesh voltou a vigorar no dia 1o de setembro. O primeiro acordo, de 2013, tinha vencido em 2018, e as partes envolvidas estavam em negociações até então, e trabalhando com um acordo provisório.

A criação desse pacto está totalmente ligada a um desastre que marcou a indústria da moda. O prédio Rana Plaza, que abrigava fábricas de costura, na periferia de Dhaka, desabou em 2013, matando 1.100 trabalhadores que costuravam em condições precárias para grandes marcas.

A Inditex, proprietária da Zara, era uma delas, ao lado de H&M e Primark. A tragédia em Bangladesh atingiu em cheio a imagem dessas fast fashion, que então se organizaram para assinar o acordo.

Na versão 2021, fica estabelecido que as partes são responsáveis por fazer inspeções, melhorias e garantir não só a segurança contra incêndio e desabamento, mas saúde e segurança no geral.

A gente pediu pra Marina Colerato, nossa colunista, explicar um pouco melhor essa mudança, que não é muito simples.

“Pois é gente, finalmente então um novo acordo foi estabelecido. É um acordo internacional para saúde e segurança na indústria têxtil e de confecção. O acordo veio substituir o Accord on Fire and Building Safety in Bangladesh, que era um acordo sobre fogo e segurança predial.

Nesse sentido, o que a gente tem, depois dessas negociações, é um acordo maior; um acordo que trata de segurança de uma forma mais ampla, e de saúde também de uma forma mais ampla. Então a gente não tem mais só o foco na questão predial, que foi crucial para o acordo que valeu de 2013 a 2018.

E entre 2018 e 2021 foi feito um acordo temporário para que o movimento continuasse. Algumas marcas, inclusive, vão se reter neste acordo temporário porque estão livres de obrigações legais, mas as grandes varejistas que estavam no Accord on Fire and Building Safety estão migrando para este acordo internacional, que mantém algumas coisas muito importantes, como a possibilidade de as varejistas serem legalmente responsabilizadas em seus países de origem pelas questões de trabalho da sua rede produtiva em Bangladesh.

Ele também propõe que o acordo seja expandido para pelo menos mais um país, ainda não está decidido qual. Não só Bangladesh, mas que ele também valha a para rede produtiva têxtil e de roupas em outro país. Esse novo acordo vale por 26 meses, então, ele tem um prazo de curto, portanto, devemos ver uma nova movimentação em dois anos por um novo acordo.

Vale a pena destacar, porém, que o acordo tem uma questão muito característica de segurança e saúde, mas ele não distribui as forças nessa cadeia de produção. Um dos grandes problemas, talvez o maior problema da indústria da moda global, seja a diferença de forças entre os elos do setor, sobretudo entre o chamado elo mais fraco, que são as confecções, e as varejistas. O acordo imputa maior responsabilização nas varejistas, mas ele não distribui essas forças.

Lá na matéria da ELLE, completa, tem uma análise do porquê a gente precisaria olhar para distribuição de responsabilidade financeira para que as questões de saúde e segurança do trabalho na rede varejista de moda fossem transformadas de forma mais perene e mais contundente.”

No site da Elle, você encontra a matéria escrita pela Marina Colerato pelo título “novo acordo de Bangladesh entra em vigor”. Vale muito conferir.

Kim Jones é o mais novo jurado do Prêmio LVMH

Kim Jones é o mais novo membro do júri do Prêmio LVMH. E vai faltar post-it pro estilista coordenar a agenda nesses dias, viu? O britânico trabalha em várias frentes: desde 2018 ele assina as coleções masculinas da Dior e, há um ano, foi nomeado diretor das coleções femininas da Fendi, o que inclui a alta costura e o prê-à-porter.

Jones vai se juntar a Virgil Abloh, Jonathan Anderson, Maria Grazia Chiuri, Marc Jacobs, e Stella McCartney, além de Delphine Arnault, vice-presidente executiva da Louis Vuitton; de Sidney Toledano, CEO da LVMH, e de Jean-Paul Claverie, que cuida da filantropia corporativa do conglomerado de marcas de luxo.

Esta vai ser a oitava edição do prêmio que revela novos talentos da moda. Os nove finalistas já estão selecionados e os dois vencedores, que recebem uma mentoria especial de um time dedicado da LVMH, serão revelados no dia 7 de setembro em Paris, em cerimônia presencial. Lembrando que no ano passado, a última etapa da premiação foi cancelada por causa da pandemia e os oito finalistas dividiram o prêmio de 300 mil euros.

New York Fashion Week começa nesta semana, dia 8 de setembro

Dia 8 de setembro começa a New York Fashion Week. Dessa vez, o evento vai ser híbrido: tem desfile presencial e exclusivamente digital. E, seja qual for o formato, todos serão transmitidos pelo site oficial do evento, o nyfw.com.

Ao todo, vão ser 91 apresentações, que começam com Ulla Johnson abrindo o evento e terminam no dia 12 de setembro, com Tom Ford. E já no dia 13 acontece uma versão mais discreta do Baile de Gala do Met, que este ano celebra a exposição sobre moda norte-americana do Costume Institute.

Thom Browne, Gabriela Hearst, Phillp Lim, Proenza Schouler, Telfar e Peter Do, que faz sua estreia em Nova York, são alguns dos nomes que participam dessa semana de moda. Lembrando que a organização vai exigir comprovante de vacinação contra a Covid-19 de todos os que comparecerem aos desfiles presenciais.

E Nova York dá o pontapé inicial na temporada do verão 2022 internacional. Repassando aqui o calendário para você não perder nada, a Semana de Moda de Londres acontece entre 17 e 21 de setembro. De 21 de setembro até o dia 27 é a vez da Semana de moda de Milão e, por fim, de 27 de setembro e 5 de outubro Paris faz a sua semana de moda, que vai ter 37 desfiles presenciais.

E agora é hora do nosso editor de beleza Pedro Camargo vir com a sua pílula de beauté. E ele traz informações sobre duas marcas quentes que estão chegando ao mercado brasileiro e que vale a pena você conhecer. Conta tudo, Pedro!

“É, gente, tem novidade pintando na área, hein? Estão chegando duas marcas muito babado da gringa aqui no Brasil. A primeira delas é a Drunk Elephant, que é uma marca que, ao invés de pensar daquele jeito mais tradicional a respeito de skincare, que é combinar um monte de elementos, um monte de ativos num só produto para que ele tenha a máxima performance etc., ela parte do princípio do que um produto não deve ter. A Tiffany Masterson, que é a fundadora dessa marca, tem uma pele super-sensível, então, esses produtos muito turbinados acabavam irritando a pele dela de alguma maneira. Com isso, ela chegou nessa fórmula desses Suspicious Six, que são seis ingredientes que ela não coloca em nenhum dos produtos da Drunk Elephant. E eu tenho testado eles aqui em casa, recebi com antecedência, muito chique, e tenho amado. Então, realmente, indico dar uma olhada, principalmente para quem tem pele sensível. São produtos lindos, com embalagens lindas, com fórmulas legais, então, realmente vale super a pena dar uma olhada. E a outra novidade é a chegada da Sol de Janeiro, que tem esse nome superbrasileiro, mas na verdade é uma marca co-fundada por uma brasileira, mas fundada nos Estados Unidos. E a Sol de Janeiro tem levado os rituais de beleza brasileiros, como lixar o pé, passar creme no bumbum, enfim, um monte de rituais bem típicos, bem tradicionais brasileiros, com ingredientes brasileiros, tipo manteiga de cupuaçu, açaí, enfim, entre outros ingredientes, pro resto do mundo. Elas fizeram um sucesso gigantesco nos Estados Unidos e junto com a Sephora foram para a Europa e agora, finalmente, estão realizando o sonho de chegar de volta ao Brasil, meio que pra contar pra gente que, realmente, os nossos rituais estão sendo conhecidos e apreciados no mundo inteiro. Então, é isso, assim. Fiquem de olho: Sol de Janeiro e Drunk Elephant, ambas à venda na Sephora, e é isso. Babado, confusão, gritaria e produtinhos legais pra gente passar na cara! Um beijo, gente!”

E, para finalizar o episódio de hoje, a nossa dica cultural da semana. Dessa vez, nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, vem com duas dicas de exposições de arte imperdíveis. Fala, Bruna!

“São Paulo tem duas grandes exposições em cartaz: a primeira é a 34ª Bienal de São Paulo, que abriu ao público no último sábado com o tema Faz escuro, mas eu canto. A mostra, inicialmente prevista para 2020, mas adiada por conta da pandemia, reunirá 1.100 trabalhos de 91 artistas, de Jota Mombaça a Lygia Pape, com curadoria geral de Jacopo Crivelli Visconti. Ali pertinho do pavilhão, também no Parque do Ibirapuera, o Museu de Arte Moderna recebe Moquém_Surarî: arte indígena contemporânea, que reúne trabalhos de 34 artistas, de povos como Yanomami, Pataxó e Baniwa. A mostra, com curadoria de Jaider Esbell, traz esculturas, vídeos e tecelagens, entre outros suportes. E uma curiosidade: também apresenta desenhos do escritor Ailton Krenak. Pra terminar, a gente fica com uma banda que sempre teve uma inclinação artística: Talking Heads com “This must be the place”.

Este episódio usou trechos das músicas I’m Back, de Rihanna; Dolce vita, de Ryan Paris; New York, New York, cantada por Lady Gaga; This must be the place, dos Talking Heads, e um trecho de filme Dumbo, de Walt Disney.

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.

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Até semana que vem!

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