Mudanças na Missoni e Bruna Marquezine na ELLE

Angela Missoni deixou a direção criativa da Missoni após 24 anos, a Valentino anunciou que vai parar de usar peles e encerrará a linha Red Valentino, enquanto que a ELLE Brasil quebrou a internet com uma capa holográfica de Bruna Marquezine. Neste episódio, falamos desses e outros assuntos que agitaram a semana. Vem ouvir!


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“Eu tive a minha satisfação, mas acredito que agora é hora de seguir com a minha própria vida. No momento, eu quero aproveitar para não ter mais que operar dentro de um calendário fixo e poder ir à praia, em setembro, ou esquiar, em fevereiro.” Foi com essas palavras que Angela Missoni se despediu, na semana passada, da direção criativa da marca fundada por seus pais. Este cargo foi ocupado por ela durante 24 anos.

A mudança faz parte de uma reorganização na marca, mas não é uma despedida completa. A designer ainda seguirá como presidente da companhia. No entanto, quem entra em seu lugar assinando as próximas coleções é Alberto Caliri, designer que foi o “braço direito” de Angela nos últimos 12 anos. Pelo menos, por agora. Segundo a casa, o posto será ocupado por ele temporariamente, enquanto ainda não há outro nome confirmado.

A primeira coleção de Alberto Caliri está prevista para acontecer na próxima temporada, a de verão 2022, no mês de setembro. A ideia é a de que Caliri consiga trazer para a marca uma nova clientela, para somar aos compradores mais fiéis que a grife tem há quase sessenta anos.

Além disso, é esperado que com a mudança exista uma extensão na grade de produtos, com a possibilidade de itens mais acessíveis e contemporâneos.

Essa mudança é a principal, mas não foi a única. Em março deste ano, Margherita Maccapani Missoni, filha de Angela Missoni, e neta dos fundadores, renunciou ao cargo de diretora criativa da linha M Missoni, o braço mais jovem da casa. Com a decisão, a M Missoni também foi pausada.

Além disso, as trocas também colocam os filhos do falecido irmão de Angela Missoni, Vittorio Missoni, em novos papéis dentro da empresa. Giacomo é agora presidente e CEO da grife, enquanto que Ottavio, ex-presidente da Missoni USA, assume o recente departamento de sustentabilidade da marca.

Essa reestruturação é um acordo entre o clã Missoni e a FSI, o fundo italiano que detém 41,2% da empresa, desde 2019. O objetivo dos donos e acionistas é tentar conter o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a grife nos últimos meses. Houve, no ano passado, por exemplo, uma perda de 33% nas receitas em comparação com o ano de 2019.

De acordo com o CEO da Missoni, Livio Proli, trata-se de dar vazão à continuidade. “Angela demonstra sensibilidade, coragem e visão com essa decisão que contribui para dar pontapé no terceiro ciclo da empresa, com uma nova injeção de energia e força criativa. Ela acompanhará a evolução da marca, mas entende que condicionaria a empresa se permanecesse como diretora criativa”, afirmou o CEO.

Angela Missoni começou a trabalhar na marca de sua família na linha infantil da Missoni, seguida pelos setores de joalheria e de fragrâncias. Em 1991 ela chegou a abrir uma marca própria, a Team Angela Missoni. Mas, depois, voltou a trabalhar com a mãe, Rosita Missoni, que foi a fundadora da empresa no ano de 1953, ao lado do falecido marido, Ottavio Missoni — que era mais conhecido pelo apelido Tai.

Ela estreou com uma coleção própria na Missoni em 1997. Dentre as contribuições que a designer trouxe estão a criação de uma identidade mais leve para a casa, trabalhando em cima dos grafismos icônicos, como os famosos ziguezagues, e usando de mais tecnologia para produzir peças mais delicadas e modernas de tricô e malharia.

Agora, basta esperar para ver como a grife seguirá daqui em diante sob nova direção.

Valentino vai parar de usar peles e encerrará a linha Red Valentino

No dia 18.05, terça-feira, a Valentino anunciou que vai parar de usar peles de animais em suas roupas, a partir do ano que vem, e que encerrará a sua linha mais jovem e acessível, a Red Valentino, até o ano de 2024. O intuito é focar na linha principal de luxo.

Trata-se de uma das mudanças mais importantes até agora feitas pelo CEO da Valentino, Jacopo Venturini, desde que ele entrou para a marca, no ano passado. Venturini ganhou fama de um guru do marketing, depois de sua atuação anterior como vice-presidente do setor de marketing na Gucci. Lá, ele foi um dos responsáveis por vários cases de sucesso.

De acordo com Venturini: “Uma maison de alta-costura significa para nós criatividade, exclusividade e intimidade com mentalidade inclusiva. A decisão de seguir sem o uso de peles está completamente alinhada aos valores de nossa empresa. Estamos avançando a todo vapor na pesquisa de materiais alternativos, com o objetivo de se dar uma maior atenção ao meio ambiente nas próximas coleções da Valentino.”

Lembrando aqui que muitas marcas passaram a se comprometer, nos últimos anos, a não usarem mais peles em suas coleções. Dentre elas, Michael Kors, Gucci, Burberry, Versace e Chanel.

Já sobre a decisão de encerrar a linha Red Valentino, o CEO afirmou que há um excesso de produtos para os clientes atualmente. E, que, neste cenário, a concentração de esforços em uma só marca facilita o crescimento orgânico da empresa. A Red Valentino foi lançada em 2003, e está prevista para ser encerrada na temporada de inverno 2023, quando completará 20 anos.

Bruna Marquezine é a capa do Volume 4, da ELLE Brasil

Tem ELLE impressa nova este mês! Na sexta-feira passada, foi lançado o nosso aguardado Volume 4. Dessa vez, a gente não tem várias capas diferentes como nas outras edições, é uma capa só. Quer dizer, na verdade, é uma capa 3 em 1.

A gente explica: a atriz Bruna Marquezine aparece com três looks diferentes, incluindo um icônico look Schiaparelli da temporada de alta-costura, e essas imagens se alternam de acordo com o ângulo em que você vê a revista. Elas se fundem e mudam, passando um efeito de metamorfose — que é justamente o tema desta edição.

E essa é só a capa. Dentro da ELLE, você vai poder conferir o ensaio da Bruna Marquezine, clicado por Nicole Heiniger, e uma superentrevista que ela deu para a jornalista Angélica Santa Cruz. Nessa conversa, ela fala sobre as transformações que passou ao longo desses anos, sobre como enfrentou um distúrbio alimentar e ainda sobre o relacionamento com o empresário Enzo Celulari.

E, claro, o Volume 4 tem páginas e páginas de muita moda, com editoriais incríveis fotografados por Gleeson Paulino, os MAR+VIN e Paulo Vainer.

A ELLE Brasil já está nas bancas. Você também pode fazer a sua assinatura ou comprar o seu exemplar avulso pelo nosso site elle.com.br e pela lojinha do nosso perfil no instagram. Aliás, a ELLE é a primeira revista no Brasil a ter uma lojinha própria no Instagram e, por lá, dá pra comprar a edição mesmo se você morar fora do país, porque a nossa entrega é mundial, olha que chique.

Detalhes do retorno da Balenciaga à alta-costura

Na semana passada, a gente contou aqui que a próxima temporada de alta-costura em Paris, marcada para o início de julho, vai ter apresentações físicas. E que uma das grandes atrações vai ser a volta da Balenciaga ao evento depois de 53 anos.

Agora, a gente tem mais alguns detalhes dessa apresentação. Dessa vez, no lugar de cenários futurísticos e tecnológicos como exibiu nas últimas coleções, o diretor criativo Demna Gvasalia optou por um caminho completamente oposto. A apresentação vai ser realizada na histórica construção da Balenciaga, no número 10 da Avenida Georges V, em Paris.

É nesse endereço, que por sinal batizou um dos perfumes da grife, que funcionou o ateliê de alta-costura do fundador da marca, Cristóbal Balenciaga.

Até hoje, a grife tem uma loja nesse ponto, mas o segundo andar da edificação estava desativado há meio século. Para o desfile, ele não só vai ser reativado como vai passar por uma restauração completa para reproduzir o ateliê original de Cristóbal Balenciaga.

Além de marcar o retorno da grife à semana mais exclusiva da moda, essa também é a estreia de Demna Gvasalia na temporada de alta-costura com a grife. Isso era para ter acontecido no ano passado, mas, por causa da pandemia, a marca decidiu adiar para 2021. Por essas e outras, a apresentação da Balenciaga, que vai incluir looks masculinos, já é uma das mais aguardadas da próxima temporada.

Já na London Fashion Week!

A London Fashion Week divulgou na semana passada as datas da próxima edição. O evento vai ser realizado entre os dias 12 e 14 de junho e será majoritariamente digital, com algumas poucas ativações físicas, seguindo as recomendações de segurança sanitária das autoridades locais.

Entre os nomes anunciados no line-up provisório estão os das designers Ahluwalia e Bethany Williams, que acabou de ser premiada pelo British Fashion Council, além de Jordan Luca, Dilara Findikoglu e Marques Almeida.

E, pela primeira vez, uma grande semana de moda internacional vai apresentar uma coleção que só existe digitalmente. Trata-se da coleção Biomimicry, da marca londrina Auroboros. O público vai ver uma modelo real, vestindo looks virtuais, que vão se transformando em tempo real.

Arezzo registra aumento de 310,7%

A Arezzo compartilhou os seus resultados de 2021 até agora, com direito a muito otimismo. A empresa registrou um aumento de 310,7% de seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2021, em comparação com o registrado no mesmo período do ano passado. O grupo foi de 7,2 milhões de reais, em 2020, para 29,6 milhões de reais em 2021.

Outro destaque positivo apareceu também nas operações do e-commerce da companhia, que seguem em ascensão. Foram 158,9 milhões de reais de receita bruta no primeiro trimestre, o que representa 148,9% a mais que o mesmo período em 2020. O canal online da companhia hoje representa 27,7% de toda a sua receita.

Fazem parte do Grupo Arezzo as marcas de calçados Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme e Vans. Fora isso, o grupo também opera o marketplace ZZ Mall, a plataforma de revenda Troc e, desde o final do ano passado, incorporou as marcas de lifestyle AR & Co, que inclui a Reserva com o seu portfólio de marcas.

De acordo com a Arezzo & Co, justamente a fusão com a AR & Co foi a grande responsável em impactar positivamente a receita e o crescimento de vendas neste último semestre.

Osklen convida: seja um Amazon Guardian

Não é de hoje que a gente fala por aqui, no podcast, sobre a situação da região amazônica, que só de sua parte brasileira já teve 20% do território desmatado, nos últimos 40 anos. O desmatamento, inclusive, atingiu o seu pico máximo, no ano passado, quando bateu o maior número em 12 anos. Os dados são do ISA, o Instituto Socioambiental.

Lembrando que esta é a maior floresta tropical do mundo, que mais absorve carbono e que tem mais de 400 bilhões de árvores, representando cerca de 10% das espécies de todo o planeta. E, por isso, a Osklen convida: não é preciso estar na floresta para ser um guardião dela.

Por meio do Instituto-E, a marca lança hoje o Manifesto Amazon Guardians. Em formato de vídeo, ele conta com a participação de ativistas e moradores de comunidades que estão em regiões amazônicas, com as quais a organização e a Osklen mantêm projetos por meio de uma parceria permanente.

O intuito do manifesto é o de engajar individualmente e coletivamente ações de preservação de um dos maiores biomas do mundo. A ação propõe uma mudança no pensamento da sociedade, de forma que a gente possa assumir e cuidar dos nossos impactos como um ato de cidadania.

Desde que foi lançada, em 1989, a Osklen tem em seu DNA o vínculo forte com a natureza. Mas foi em 1998 que a marca, fundada por Oskar Metsavaht, firmou os princípios de sustentabilidade em sua cadeia de produção. Da incorporação do algodão orgânico em suas peças ao uso do couro de pirarucu na confecção de acessórios, a etiqueta e o Instituto-E, fundado em 2006, encabeça o mapeamento e o desenvolvimento de matérias-primas de menor impacto no país, que poderão ser usadas pela indústria têxtil.

O látex amazônico, por exemplo, encontrado nas solas dos tênis Osklen AG, é um case disso. Em parceria com a rede Origens Brasil, entidade que conecta empresas com cadeias produtivas localizadas em Territórios de Diversidade Socioambiental amazônicos, é gerado um fortalecimento econômico da comunidade local, além do encorajamento de que essa população permaneça em sua região e não se renda a atividades ilegais para a sua subsistência, como da indústria madeireira e de mineração.

Todo esse pensamento é parte de uma filosofia chamada ASAP, praticada pela Osklen, principalmente nesses últimos 20 anos. ASAP é o acrônimo para As Sustainable as Possible, As Soon As Possible. Ou O Mais Sustentável Possível, O Mais Breve Possível, em português.

Dessa vez, a filosofia é aplicada no Manifesto Amazon Guardians, com o chamado para que você seja também um guardião da floresta. E quem explica melhor esse conceito é Oskar Metsavaht, fundador e diretor de criação e estilo da Osklen, além de Embaixador para Cultura da Paz e da Sustentabilidade, na Unesco:

“Porque eu sou virei um Amazon Guardian e conheci os Amazon Guardian, os guardiões da floresta amazônica. Você não precisa ser um indígena, um povo da floresta, para ser um guardião da Amazônia. Se a gente quer realmente proteger a floresta, se ela é tão importante para nós brasileiros, para o planeta, a gente tem que ser. E é possível ser com as nossas próprias profissões e atitudes, com os nossos hábitos, os nossos consumos, escolhendo produtos que sejam da biodiversidade amazônica, que gerem um impacto social e econômico para os povos da floresta e não gerem impacto ambiental para a floresta e toda a sua biodiversidade. Nesse momento é sobre transformar o nosso consumo em um consumo com propósito.”

Do rosa millennial ao verde gen-z

Agora sim! O nosso momentinho de beleza. Se o rosa acinzentado virou um símbolo dos millennials, e até ganhou o nome de rosa millennial e foi parar em todos os perfis do Pinterest, agora, parece que o verde, bem fluorescente e rebelde, veio para marcar a identidade da Geração Z. E quem conta essa novidade é o nosso editor de beleza, Pedro Camargo. Explica essa história para a gente, Pedro!

“Pois, é, gente! Olha só que loucura. Mas eu fico pensando também: alguém ainda aguentava aquele rosa millennial? Eu já estava muito enjoado. Naquela época que a Glossier bombou bastante parece que tudo era rosa millennial no mundo. Então eu fiquei muito feliz com a vinda do verde gen-z e acho muito interessante o que ele representa. Nessa matéria que eu escrevi junto com a minha parceira, Isabela Yu, na ELLE View desse mês. A gente conta um pouco como rolou essa transição. Mas, em poucas palavras, a subversão velada que o rosa millennial trazia de uma ideia de recontextualizar o que significa o feminino, o verde gen-z vem com o intuito de radicalizar isso, de mostrar que essas noções e padrões de beleza, gênero, comportamento estão para ser brutalmente questionadas. E essa nova geração então vem bem sem dó nesse sentido, o que é muito bom. Eu acho que isso traz resultados na beleza que são muito legais. O verde não é exatamente uma cor tradicional na beleza. Tem muita gente que não gosta e não consegue se ver usando. Mas é uma nova possibilidade de beleza que se abre pra gente em um mundo que está desesperadamente precisando de novas possibilidades de beleza que sejam mais plurais, mais diversas, mais divertidas, mais modernas e mais corajosas. É isso! O que vocês acham? Gostaram desse verde? Eu achei um bafo.”

E, para finalizar o episódio de hoje, a nossa dica cultural da semana, apresentada por C6 Bank & Mastercard. Dessa vez, nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, vai de clássico: What ‘s Going On, de Marvin Gaye. O álbum está completando cinquenta anos, mas está cheio de motivos para não sair nunca de nossas playlists. Conta mais, Bruna!

“What’s going on, disco de Marvin Gaye, considerado um dos melhores álbuns de soul de todos os tempos, completou 50 anos na sexta-feira passada e com um forte diálogo com os tempos atuais. Em setembro passado, o disco passou a ocupar a primeira posição da lista de “500 melhores álbuns de todos os tempos”, da Rolling Stone, atualizada pela publicação, desbancando os Beatles e seu Sgt. Pepper ‘s lonely hearts club band. Em uma época em que os grandes sucessos da soul music eram canções românticas, Marvin Gaye tratou de temas como ecologia, desigualdade social, Guerra do Vietnã e abuso policial. Não à toa, o álbum foi muito lembrado entre os protestos pela morte de George Floyd, no ano passado. A repórter Ísis Vergílio ouviu as cantoras Liniker e Larissa Luz, além do produtor musical Daniel Ganjaman, sobre a importância do disco. Ele falou sobre como Marvin Gaye tratou de temas tão importantes com uma musicalidade tão sofisticada, e Larissa lembrou de Nina Simone, que dizia que o artista precisa refletir seu tempo, o que Marvin Gaye fez brilhantemente. A matéria sobre o álbum está no site da ELLE, clica lá.”

Este episódio usou trechos das apresentações de inverno 2021 da Missoni da alta-costura de verão 2021 da Valentino, além de trechos das músicas Changes, de David Bowie; Le Temps est Bon, de Isabelle Pierre; London Calling, do The Clash; e My Future, de Billie Eilish.

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.

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