O que são coleções resort?

Você sabe o que são as coleções resort? Neste episódio, a gente vai contar de onde surgiu esse nome e qual a importância das meia-estações para as etiquetas tanto fora quanto dentro do Brasil.


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Nas próximas semanas, prepare-se pra ver seu feed invadido por stories e vídeos de celebridades, influencers e jornalistas em desfiles pelo mundo, com paisagens de tirar o fôlego.

Pois é, começou a temporada das resort collections, que são as coleções de meia-estação apresentadas uma vez por ano entre os desfiles de inverno e verão. Elas podem ser chamadas de resort, cruise ou pre-spring e normalmente chegam às lojas na metade de novembro, a tempo de entrar na listinha de compras de férias dos mais abastados.

E aqui vai a primeira informação importante pra entender as cruise collections. Elas são muito importantes comercialmente pras grandes marcas, porque, assim como as coleções de pre-fall, elas passam mais tempo nas lojas com preço cheio. Ou seja, elas demoram mais pra ter o preço reduzido com aqueles descontos que acontecem na época de virada de coleção.

Além disso, por serem menos conceituais do que aquelas apresentadas nas temporadas principais de verão e inverno, essas peças também acabam vendendo mais.

As coleções resort nasceram com a finalidade de atender a uma demanda de clientes que viajavam e passavam as férias originalmente na área do Mediterrâneo e precisavam de looks frescos, com tecidos leves, maiôs, biquínis e acessórios prontos para um passeio de barco ou uma caminhada pela praia.

O conceito de resort wear é antigo, começou a ser mais difundido nas décadas de 1920 e 1930. E ainda hoje segue esse mood de ser uma coleção que complementa o guarda-roupa de um jet setter internacional.

Mas a forma de apresentar essas coleções, que antes iam direto para os showrooms das marcas, foi ficando cada vez mais elaborada. E isso se acentuou ainda mais depois que Karl Lagerfeld sacudiu a Grand Central Station, o terminal metroviário de Nova York, com a sua Cruise Collection de 2007. O desfile foi realizado em um dos restaurantes da estação e lugar ficou lotado de celebridades, como as atrizes Julianne Moore, Naomi Watts e Mischa Barton.

A partir daí, criar um grande espetáculo em alguma cidade do mundo virou mania entre os maiores players de luxo do mercado. A Dior já viajou a Marrakech, a Louis Vuitton foi a Tóquio e a Gucci fez uma apresentação dramática em um antigo cemitério romano em Arles, na França.

A Chanel, por sua vez, não ficou para trás e já levou sua coleção cruise até para Havana, em Cuba. E não é só a coleção resort que viaja por locações especiais, não. O chamado Métiers d’Art, desfile de pre-fall da Chanel, que celebra o trabalho artesanal dos ateliês da marca francesa, já rolou em Paris, Dallas, Nova York, Edimburgo e Hamburgo, entre outros. Haja folhinha no passaporte!

E toda essa superprodução tem sua razão de ser. Nosso editor de reportagem de moda, Luigi Torre, explica um pouco sobre esses desfiles e qual a importância deles:

“Essas coleções e esses desfiles onde elas são apresentadas se tornaram midiaticamente muito importantes também, principalmente por acontecerem fora das semanas de moda. Por que isso acontece? Porque não tem tanta competição, tanta disputa com as outras marcas que estão dentro de um evento só. Ou seja, você não precisa competir pra levar um jornalista, um editor, uma celebridade ou até mesmo modelos e outros profissionais que estão envolvidos nessa produção do desfile. Com isso, as marcas também conseguem elaborar melhor a apresentação. Geralmente são desfiles feitos em cidades ou locais afastados dos grandes centros urbanos, locais bem exuberantes, bem paradisíacos e isso tudo é pensado pra comunicação, pra você ter uma imagem de moda um pouco mais elaborada, mais forte e também pra você ter uma mensagem mais direta e mais controlada do que aquela que acontece durante a semana de moda. Isso acontece também principalmente porque muitas dessas marcas acabam convidando não só seus clientes mais especiais, como também influenciadores, jornalistas e outras pessoas que trabalham nesse meio para assistirem ao desfile. E isso é uma relação um pouco complicada quando a gente fala de criação de conteúdo, principalmente de produção de conteúdo jornalístico. Tem alguns veículos, por exemplo jornais como o New York Times e o Washington Post, que não aceitam esse convite justamente para manter uma certa liberdade na hora de escrever sobre eles.

O Luigi também lembra que a escolha do destino da vez está longe de ser aleatória. Além de um belo cenário, as marcas têm outra preocupação em mente quando definem em que lugar do globo vão desembarcar suas coleções.

Outro ponto importante é lembrar que o local onde esses desfiles aconteceram geralmente são mercados em potencial para essas marcas. Nos últimos dois anos, com a chegada da pandemia, a gente viu muita conversa de que era um absurdo isso estar acontecendo, porque se gasta milhões de dinheiros e de pegada de carbono e mais um monte de coisas prejudiciais a natureza pra fazer um desfile que vai durar ali quinze minutos, gerar um monte de foto e acabou. Isso é bastante não sustentável. Porém, à medida que a gente vai vendo o mundo retomando um ritmo e um cenário parecido com aquele de pré pandemia, parece que essa conversa meio que caiu por água abaixo. Agora, por exemplo, no último ano já vimos alguns desfiles acontecendo em locais bem importantes comercialmente, como na China, a Louis Vuitton foi pra China, a Dior foi pra China, porque eram mercados que estavam mais abertos pela questão do Covid então era importante ativar esse consumidor. Agora, com a guerra na Ucrânia, com Covid voltando na China, ameaçando mais lockdowns, as marcas estão olhando para outros mercados que podem gerar mais renda e lucro. Por isso estamos vendo muitos desfiles acontecendo no sul da Europa, na Riviera Francesa, em locais da Itália e também nos Estados Unidos, que é um mercado que está crescendo bastante, com economia aquecida, apesar da inflação, é um mercado que está chamando bastante a atenção das marcas de luxo”.

Em algumas temporadas, as marcas também se inspiraram na cultura e nos costumes do local escolhido ao criar as coleções, o que acabou gerando acusações de apropriação cultural ou de exploração de signos de países periféricos.

Em 2019, na apresentação da coleção resort da Dior, no Marrocos, norte da África, havia quem tivesse o dedo pronto para apontar esse erro. Não foi o caso, já que a estilista Maria Grazia Chiuri fez questão de incorporar técnicas artesanais locais nas roupas apresentadas. Para criar a estamparia da coleção, a grife não só se inspirou na cultura do país, mas contratou mulheres marroquinas para a produção dos tecidos.

Bom, essa cultura de meia-estação se tornou tão forte nos últimos anos que acabou invadindo também o calendário de marcas brasileiras. Criar para além das duas coleções anuais se tornou uma necessidade nos tempos da internet, onde os consumidores estão sempre ávidos por novidades.

Por aqui, no entanto, não temos grandes desfiles ou eventos nababescos e as marcas acabam encaixando essas coleções nos calendários onde mais convêm para seus consumidores. Vitorino Campos, diretor criativo da Água de Coco, explica um pouco essa diferença e compara os dois mercados:

“As coleções de resort no Brasil acontecem um pouco diferente do que acontecem lá fora. Lá fora, a gente sempre vê uma coleção que é basicamente uma coleção cápsula, que tá sempre antecipando a coleção de verão. O que é interessante ver é que, diferente das outras coleções que as marcas fazem a virada de coleção, trocam a coleção da loja, a coleção de resort tem uma vida um pouco mais longa. Você consegue ver a coleção de verão sempre misturada ali nas araras com a coleção de resort. Ela é uma coleção que tem um custo melhor de desenvolvimento, de produto, de tudo, e um custo de venda também mais interessante para o cliente. As marcas hoje já desenvolvem esses produtos com essa intenção. Antigamente acho que era muito focado nessa ideia de barcos, de uma roupa de praia, era muito mais focado pra isso, pro beachwear, e roupas que estão dentro desse universo. Hoje a gente vê que foi uma linha que cresceu tanto que as marcas trabalham até produtos que fazem parte da sua coleção principal de uma forma mais easy, fácil, de uma forma que o cliente tá ali em um momento desejando um produto um pouco mais leve. E eu acho isso muito interessante.

Eu já trabalhei com resort dentro de roupa feminina como se fosse uma coleção cápsula, que acontecia dentro do alto verão, era pós o lançamento de verão, que é uma coisa que funciona muito. É uma coisa que, na verdade, era o nosso momento de mais calor, em que as pessoas estão buscando mais essa roupa fácil, leve, fluida. Isso não quer dizer que é uma roupa simples, não é elaborada, não tem nada a ver com isso. Mas eu to falando um pouco mais de construção, de forro, do acabamento, de deixar essa peça muito mais fluida. Hoje, aqui, trabalhando na Água de Coco, que é uma marca de beachwear, a gente trabalha o resort no pre-collection, é uma coleção que vem trazendo um perfume, uma ideia, um cheiro do que vai ser o nosso verão. Isso funciona muito pra gente. O Brasil é esse grande resort. Acho que as marcas podem investir cada vez mais nisso e os designers também. As pessoas buscam cada vez mais essa roupa fácil, leve e eu acho que isso abraça muito nosso clima, é só a gente ver o tamanho da nossa costa. A gente nota que, no Brasil, as marcas têm um comportamento diferente e cada marca, cada segmento faz um trabalho muito direcionado pro seu público, pro seu produto e para a sua história.”

Como a gente viu, então, além da importância comercial, as cruise collections acabam rendendo imagens fortes de moda e, muitas vezes, trazem referências até mais elaboradas do que aquelas vistas no calendário oficial.

Ou seja, é sempre bom ficar de olho, né? Para quem quer ficar ligado nos próximos eventos, anota aí as próximas datas: hoje, dia 29 de abril, a Pucci se apresenta em Capri, na Itália. Já no dia 5 de maio, a Chanel leva sua cruise collection a Mônaco. No dia 12, a Louis Vuitton desembarca em San Diego, nos Estados Unidos e, dia 16 de junho, a Dior viaja até Sevilha, na Espanha.

Finalistas do CFDA

E saiu na última terça-feira, dia 26 de abril, a lista com os nomes dos dez finalistas do CFDA 2022, a premiação anual do Conselho de Designers de Moda da América.

Desde 2003, a instituição anuncia essa relação de designers independentes que, se acredita, serão os responsáveis por consolidar a moda estadunidense.

É aquela época do ano também que vocês escutam eu e Patrícia falar os nomes (às vezes impronunciáveis) de novos estilistas que podemos ficar de olho pelo talento.

A gente não vai falar o nome de todos, porque em alguns casos uma mesma marca é composta por mais de um estilista, mas as grifes são: Black Boy Knits; Elena Velez; Fe Noel; Harwell Godfrey; Head of State; Judy Turner; Kidsuper; No Sesso; Sukeina; e Wiederhoeft.

E não há um único vencedor. No caso, todas essas casas já ganharam. Elas vão receber fundos, bem como os seus fundadores terão mentoria pessoal com líderes do setor. Essa é a continuação do formato que começou em 2021, em função do impacto da pandemia, e que procura ajudar um número maior de designers. Antes de 2021, o prêmio era dividido entre os três primeiros finalistas.

Abre aspas para Steven Kolb, o diretor executivo do CFDA: “O grupo de finalistas deste ano é formado com alguns dos melhores talentos para colocar a moda no futuro. Eles são diversos, ousados e redefinem o código de estilo americano.”

Dentre os nomes que formam o comitê de seleção do CFDA estão o próprio Kolb, além da modelo Paloma Elsesser, o estilista Thom Browne, e grandes heads de empresas como a Nordstrom, Saks Fifht Avenue e Instagram. Dessa última, por exemplo, quem encabeça é Eva Chen, a Diretora de Parcerias de Moda do Instagram.

Pyer Moss lança bolsas

E será que vem aí a próxima it bag? Pois a Pyer Moss acabou de apresentar ao mundo as primeiras bolsas da grife.

A marca de Kerby Jean-Raymond entrou oficialmente para a seara dos acessórios no dia 21 de abril, na quinta-feira retrasada, com a etiqueta estadunidense revelando os seus primeiros modelos de bolsa e de salto alto.

Ex-diretor de criação global da Reebok, Kerby Jean-Raymond já era conhecido por seus designs de tênis que esgotavam super rápido na gigante esportiva. Mas, na marca em que ele é fundador, essa é a primeira investida em calçados.

No total, são quatro estilos de sapato e cinco modelos de bolsas. As bolsas, em geral, são carteiras e modelos de mão. E, em alguns casos, mão literalmente, porque algumas versões das bolsas são em formato de luvas ou têm luvinhas e desenhos de mãos nos detalhes. Todas elas são produzidas na Itália, são feitas em couro preto ou amarelo e custam de U $495 a U $1 800 dólares.

Sobre o motivo da mão, o designer afirmou que é um desenho que ele vêm pesquisando há um tempo e que vai desde uma informação simplesmente divertida a um símbolo de união.

Já entre os sapatos, estão disponíveis desde modelos de tênis e sandálias abertas a uncle boots e botas que vão lá para cima do joelho — aquele modelo que a gente chama de over the knee. O destaque fica por conta do salto, que tem uma curva meio escultural, e promete virar uma marquinha registrada da Pyer Moss.

Essas peças de prêt-à-porter, que não necessariamente têm um jeito estritamente esportivo ou urbano, parecem ser uma maneira da marca atender comercialmente também uma parcela de pessoas que procura algo entre as produções mais democráticas e politizadas da grife e os produtos de luxo e bastante conceituais, como os apresentados pela etiqueta em seu desfile na Semana de Alta-Costura.

Os novos itens estão disponíveis para compra no site da Pyer Moss.

Piet e Uniqlo fazem collab

E agora duas colaborações recentes para se ter nota.

A brasileiríssima Piet, marca esportiva de Pedro Andrade, que completa 10 anos nesse ano, acaba de divulgar a sua nova parceria com a NBA. Exato, a liga de basquete profissional estadunidense.

Trata-se, na verdade, da segunda parceria entre a marca e a liga (a primeira rolou em 2019), mas, desta vez, 5 times americanos foram homenageados: Phoenix Suns, Milwaukee Bucks, Brooklyn Nets, Miami Heat e Los Angeles Lakers. Com jeitinho de anos 1980, as cinco cápsulas — uma para cada equipe — contam com camisetas e shorts, moletons de gola redonda e bombers com os logos dos times nas costas, além de meias e gorros especiais.

A coleção completa foi apresentada em um evento na última terça-feira, no dia 26 de abril, na NBA Store Arena, que é uma megaloja com direito a quadra de basquete e fica localizada no Shopping Morumbi Town. As peças já podem ser compradas no site da marca e em NBA Stores, como essa de São Paulo.

Já na gringa, a dobradinha é entre a Uniqlo e a Marni. Para quem já conhece a varejista japonesa Uniqlo, ou fica ligadinho aqui no ELLE News, bem sabe que a empresa é conhecida por se unir com grandes estilistas para produzir peças mais acessíveis em colaborações. Já assinaram ou assinam com a Uniqlo, por exemplo, Jil Sander, por meio da linha J+, além de Jonathan Anderson e Lemaire. E, agora, é a vez da italiana entrar para o time.

Conhecida por sua abordagem mais artística de moda, a marca comandada por Francesco Risso, leva a sua já adorada sensibilidade e excentricidade também para os compradores da Uniqlo. A coleção inclui roupas masculinas e femininas e vai de U$ 13 dólares, no caso das meias, até U$ 180 dólares. Pense em conjuntinhos estampados de xadrez e margaridas, roupas bem leves e descompromissadas que certamente farão os mais novinhos enlouquecerem.

Documentário sobre Abercrombie estreia na Netflix

Se você foi adolescente na primeira década dos anos 2000 é muito provável que a marca Abercrombie & Fitch estivesse na sua lista de desejos.

A etiqueta virou uma febre na época ao apostar numa estratégia de marketing bem peculiar. As lojas pareciam mais uma balada, com música a toda altura e vendedores saradões e sem camisa para atender a clientela, que fazia filas imensas na porta.

Pois é, mas a festa começou a flopar quando passou a ficar meio evidente que essa postura da empresa, de apostar em um mundo de gente jovem, magra, e loira, era, no mínimo, preconceituosa. Até 2014, a marca não tinha nem tamanhos grandes na sua grade.

Além de acumular processos por discriminação, a Abercrombie ficou com a imagem ainda mais arranhada depois que Mike Jeffries, CEO da empresa na época, declarou em uma entrevista que eles queria saber mesmo da garotada cool e atraente, toda americana e cheia de amigos. E que tinha gente que não se encaixava nisso mesmo. Bom, por episódios como esse, a marca foi entrando em uma decadência cada vez mais acentuada e fechou várias lojas pelo mundo. Nos últimos anos, a Abercrombie mudou o discurso – e também trocou de CEO – e tenta se reposicionar no mercado.

A trajetória da marca agora pode ser conferida na Netflix, no documentário Abercrombie & Fitch – ascensão e queda, que acaba de estrear na plataforma de streaming. Dirigida pela cineasta Alison Klayman, a produção traz depoimentos de ex-funcionários e outras fontes relatando a política de exclusão da empresa. Que, no final, foi um dos motivos do sucesso da marca e também da sua desgraça. Vale conferir.

Pílula de beauté

E na pílula de beauté dessa semana, o nosso editor de beleza fala de uma movimentação entre as empresas do ramo para emplacar cada vez mais produtos refiláveis. Pedro Camargo analisa até que ponto essa revisão das embalagens é, de fato, mais sustentável!

“Oi, pessoal, tudo bem? Nas últimas semanas, alguns eventos de beleza voltaram a agitar São Paulo. Dois deles, inclusive, tinham um tema bastante semelhante. Tanto a Fenty Beauty quanto a Dior estão lançando uma nova linha de batons refiláveis. Lá em elle.com.br a gente já falou sobre essa tendência que, de um ano para cá, tem tomado o mercado internacional de cosméticos. Aqui no Brasil, isso não é lá muito novidade. A Natura, por exemplo, tem essa cultura de refis há muito tempo. Ainda assim, jovens marcas que já nascem com espírito sustentável e antigas marcas que estão desejando renovação estão se alinhando a essa prática. A pergunta é: será que essa estratégia é realmente eficaz do ponto de vista da sustentabilidade? Na primeira camada, sim: ao comprar um refil, o produto durável fica na sua casa ao invés de ir para o lixo. No entanto, há uma série de variáveis a respeito dos refis. Como eles são embalados e vendidos é um primeiro ponto. O outro é que, por vezes, o refil surge num intuito somente fashionista (de trocar os cases) e esse estímulo talvez seja mais consumista do que qualquer outra coisa. Além disso, tem o fato do consumidor nem sempre estar adaptado e, depois de um tempo, simplesmente desistir da ideia e jogar o durável fora também. É uma mudança de cultura, de hábito e de mercado. Será que, no futuro, por exemplo, veremos cases universais? No mesmo case, cabe o batom da Chanel, da Fenty, da Dior, da Natura… Que tal? Veremos! Por hora, ficamos por aqui! Beijos!”

Dica cultural

E para finalizar o episódio de hoje, nossa editora de cultura Bruna Bittencourt manda a sua dica da vez. Um spoiler: o dinheiro já está apertando para o tanto de festival que está aparecendo por aí? Pois, acredite, tem mais! Conta, Bru!

Saiu na quarta-feira passado, dia 27, o aguardadíssimo line-up da primeira edição brasileira do Primavera Sound, o famoso festival espanhol com edições pelo mundo. Arctic Monkeys, Bjork, Lorde, Travis Scott estão entre os headliners do festival, que acontece durante uma semana, entre 31 de outubro e 6 de novembro, no Anhembi e com shows espalhados por São Paulo. Mas tem muita coisa boa antes disso, bora organizar esse calendário de shows. O Gorillaz, a banda cartoon de Damon Albarn, frontman do Blur, encabeça o Mita Festival, em 14 e 15 de maio, em São Paulo, e 21 e 22, no Rio de Janeiro, que conta ainda com Gilberto Gil, Marcelo D2 e grande elenco.

Em julho, nos dias 2 e 3, o Festival Turá foca em um line-up nacional com Emicida, Zeca Pagodinho e Baiana System, em pleno Parque do Ibirapuera, em São Paulo. No mês seguinte, em agosto, tem o fenômeno Rosalía, que faz um único show em São Paulo, no dia 22, da turnê do álbum Motomami.

E tem ainda o festival e o Coala Festival, em 17 e 18 de setembro, com Gal Costa, Maria Bethânia e Marina Sena, em São Paulo. Pra terminar, a gente fica com Bjork, com a “There’s more to life than this”, faixa de seu primeiro álbum solo, Debut, que completa 30 anos em 2023.

Este episódio usou trechos das músicas We’re going to Ibiza, dos Vengaboys; trechos da apresentação da coleção resort da Chanel de 2007 e da Dior, de 2020; Fade Into You, cantado por Miley Cyrus; Boogie ShoesSpace Jam, do Quad City DJ’s; Say goodbye to your generation, de Methadones

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.

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Agora, bora sextar. Até semana que vem!

Episódio veiculado no dia 28 de abril de 2022.

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