Sacai, Peter Do e o fim das Angels

As Angels, da Victoria's Secret, enfim saíram de cena para dar lugar a um coletivo de mulheres mais diversas. Neste episódio, falamos dessa mudança bastante simbólica e ainda: a parceria entre Dior e Sacai, a volta de Marc Jacobs, a estreia de Peter Do nas passarelas e muito mais.


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A era das Angels da Victoria’s Secret chegou oficialmente ao fim. A pá de cal foi o anúncio da criação do VS Collective, feito na semana passada. Trata-se de um grupo de mulheres, de diferentes backgrounds e áreas de atuação, que, nas palavras do comunicado da empresa nas redes sociais, vão ajudar a moldar o futuro da marca.

Na apresentação do grupo, a Victoria’s Secret deixou evidente que os critérios de escolha para as representantes da marca mudaram e não se baseiam mais simplesmente nos atributos físicos das mulheres. A empresa chamou para compor o time nomes conhecidos por atuar pela igualdade de gênero, pela autoestima feminina, pelos direitos da comunidade LGBTQIA+, entre outras causas.

As integrantes-fundadoras do VS Collective são sete: a modelo britânica Paloma Elsesser, nome conhecido no movimento de body positive, a jogadora de futebol estadunidense Megan Rapinoe, a esquiadora sino-americana Eileen Gu, a atriz indiana Priyanka Chopra, a modelo sudanesa Adut Akech, que antes de ganhar as passarelas viveu em campos de refugiados, a fotógrafa e ativista britânica Amanda de Cadenet e uma velha conhecida dos leitores da ELLE: a modelo brasileira e ativista da causa LGBTQIA+ Valentina Sampaio.

“Como uma plataforma global poderosa, a Victoria’s Secret está comprometida em abrir essas portas para mulheres trans como eu, celebrando, enaltecendo e defendendo todas as mulheres”, disse Valentina na divulgação do coletivo.

Pois é, a Victoria’s Secret apostou num time de peso para tentar reverter a imagem negativa que a marca vinha ganhando nos últimos anos. Como declarou o próprio CEO da grife, Martin Waters, em entrevista recente ao jornal The New York Times, a Victoria’s Secret foi muito lenta para responder às mudanças que aconteciam no mundo. De acordo com Waters, eles precisavam parar de ser o que os homens queriam e passar a ser o que as mulheres queriam.

Relembrando rapidamente a história da marca: a Victoria’s Secret nasceu como uma loja de lingeries em Ohio, nos Estados Unidos, em 1977. Cinco anos depois, foi comprada pelo bilionário Leslie Wexner, que catapultou a marca no mundo.

Os desfiles superproduzidos com as Angels começaram em 1995 e o sucesso foi tão grande que em 2001 eles viraram um show anual transmitido pela rede de TV estadunidense ABC, com plateia lotada de celebridades e a passarela tomada pelas modelos mais famosas do mundo.

Naomi Campbell, Heidi Klum, Tyra Banks, Karolina Kurkova e várias tops brasileiras, como Adriana Lima e Gisele vestiram as asinhas de Angels nos primeiros anos deste milênio.

Com o passar do tempo, no entanto, as apresentações com mulheres magérrimas, de lingerie e salto agulha, passaram a ser vistas com outros olhos. Em vez de glamouroso e aspiracional o show da Victoria’s Secret virou praticamente a cartilha de como fazer tudo errado: um desfile de padrões de beleza irreais, excludente e que objetificava a mulher.

A audiência foi caindo e, em 2019, a atração acabou sendo cancelada, no sentido literal da palavra. Para piorar a situação, a marca se viu envolvida em polêmicas com as declarações do então diretor de marketing Ed Razek, que disse em entrevista que a Victoria’s Secret não deveria ter modelos transexuais ou plus size.

E ficou com a imagem ainda mais arranhada quando o New York Times revelou a ligação estreita entre o dono da Victoria’s Secret, Leslie Wexner e o bilionário condenado por abuso sexual Jeffrey Epstein.

Tanto Razek quanto Wexner deixaram de atuar na empresa. Mas claro que isso tudo refletiu nos números da companhia, que no ano passado fechou 250 lojas nos Estados Unidos e no Canadá. Será que a marca vai conseguir entrar nos trilhos com essa mudança de postura? E, mais importante do que isso, será que essa mudança de abordagem é pra valer?

A gente conversou com a escritora, jornalista e fundadora do movimento Corpo Livre, Alexandra Gurgel, para saber como ela vê essa guinada na Victoria’s Secret e o que representa o fim das Angels. E ainda que essa mudança tenha acontecido um tanto tardiamente e por livre e espontânea pressão, a Alexandra considera que foi uma iniciativa importante:

“Eu vejo essa mudança na abordagem da empresa como uma mudança que está acontecendo mundialmente. A Calvin Klein colocou uma mulher gorda, preta, maior nos outdoors no mundo inteiro. A gente tá vendo aí marcas cada vez mais aumentando sua grade de tamanhos, entendendo que nós somos pessoas, que consumimos e que vestimos roupas e que precisamos ir e vir. Então, cada vez mais a palavra aceitação, corpo livre, body positive… As pessoas estão falando sobre isso, estão trazendo esse assunto pra imprensa, pra mídia, pra literatura. Para todos os tipos de entretenimento, de publicidade. A gente tá cada vez mais vendo isso rolando e acontecendo, então, o que aconteceu com a Victoria’s Secret é realmente um marco, é incrível, mas nada mais é do que um movimento mundial que tá acontecendo. E que bom que isso está acontecendo. Porque eu tenho certeza que muitas marcas, a partir da decisão da Victoria’s Secret de mudar a abordagem vão mudar também. Por mais que seja para surfar na onda, por mais que seja pra “nossa, vamos copiar”, nossa, mas que bom, porque é uma mudança positiva. Porque a gente vai cada vez mais ver pessoas de verdade e é isso que a gente quer e tomara que seja isso. Vamos tentar ser positivo nesse olhar, porque se uma marca grande como essa realmente fizer direito a parada, a comunicação, e quiser de verdade mostrar mulheres de verdade, vai ser incrível o resultado disso mundialmente.”

Dior assina a sua primeira colaboração com uma marca de roupas, a Sacai

A Dior anunciou, na semana passada, uma coleção cápsula de sua linha masculina com a marca japonesa Sacai, da estilista Chitose Abe. Apesar de já ter feito parcerias com outras marcas em sua linha de acessórios e com outros artistas em coleções recentes, essa é a primeira vez que a grife francesa vai assinar uma coleção em parceria com outra etiqueta.

Kim Jones, o diretor criativo do masculino da Dior, bem que curte uma colaboração. E ele sabe que ela pode virar um baita sucesso. Em 2017, quando Kim Jones era diretor criativo da Louis Vuitton, o estilista assinou uma colaboração com a marca de streetwear estadunidense, Supreme. A união entre as duas grifes não apenas sumiu das prateleiras como também firmou a era das parcerias de moda.

E a nova coleção cápsula da Dior com a Sacai é a sua mais recente aposta. A collab contará com 57 peças, entre roupas e acessórios, como sapatos e bolsas — inclusive, com 10 versões diferentes da Saddle Bag, aquela bolsinha com referência à selaria que voltou a ser um hit da marca e agora vai ganhar toques do universo Sacai. Outro destaque, que é também uma assinatura dessa coleção, é o logotipo que vai unir os nomes das duas marcas: a palavra Sacai estará inscrita dentro do I, de Dior.

“A Dior é uma marca tradicional muito respeitada e que eu admiro desde que virei designer. Logo, essa é uma grande honra. Tenho a certeza que uma casa como esta não decide adicionar outra marca à sua de forma leviana. Trata-se de uma grife comprometida a se inovar e a se desafiar” disse Chitose.

Mas não adianta ficar muito ansioso porque a coleção está prevista para ser lançada em novembro. Mas a gente aconselha: se quiser um item da collab vai ter que quebrar o cofrinho, porque as peças estão previstas para serem ainda mais caras que os produtos masculinos tradicionais da Dior, e também vai ter que ser rápido. Como a gente já contou aqui algumas vezes, esse tipo de parceria é a favorita daqueles ninjas do resale, aquelas pessoas que compram o produto assim que ele está disponível e que depois revendem as peças por cifras ainda mais altas.

Chitose Abe e Kim Jones são amigos de décadas. Ao lado de nomes como o de Virgil Abloh, hoje à frente do masculino da Louis Vuitton, e Matthew Williams, que por sua vez está à frente da Givenchy, eles foram alguns dos responsáveis em firmar o streetwear num patamar de luxo nos últimos anos.

E a Sacai também é super conhecida pelas parcerias. A etiqueta já assinou com gigantes como a Nike e com nomes mais autorais como de Tomo Koizumi. E, como a gente falou no episódio 48, do ELLE News, Chitose Abe também foi convidada pela grife francesa Jean Paul Gaultier para desenhar uma coleção de alta-costura em celebração à aposentadoria do estilista francês. Esse desfile estava previsto para julho do ano passado, mas, em função da pandemia, foi remarcado para a próxima Semana de Alta-Costura, que acontecerá entre os dias 5 e 8 de julho de 2021.

Em resumo, Chitose Abe e sua Sacai são mais do que desejadas. E, por isso, a gente faz aqui uma breve biografia da estilista.

Hoje com 56 anos, a designer japonesa já trabalhou com os maiores nomes da moda de seu país, como Junya Watanabe e Rei Kawakubo, da Commes des Garçons. Ela fundou a Sacai, a grife que leva o seu nome do meio, em 1999.E a ideia veio logo depois do nascimento da sua filha, porque Chitose Abe se viu ali precisando cada vez mais de roupas funcionais em seu dia a dia.

É por isso que Chitose Abe e sua Sacai viraram um dos principais nomes do utilitarismo, aquele termo usado para peças que têm um design que auxilia na vida, geralmente têm bolsos, zíperes e capuz para facilitar o cotidiano. Além disso, ela foi uma das pioneiras na ideia de juntar peças que funcionam bem em um único item. Aquilo que hoje a gente chama de peça híbrida. Essa sensibilidade de usar a sua expertise fashion para criar roupas bem possíveis, fez com que ela fosse convidada a ingressar no calendário de moda parisiense em 2009.

Marc Jacobs volta a desfilar e Peter Do estreia na NYFW

Depois de temporadas majoritariamente digitais e de conseguir controlar bem a pandemia em seu território, a cidade de Nova York vai ser palco de dois desfiles presenciais que prometem!

No dia 28 deste mês Marc Jacobs, enfim, retorna às passarelas. O anúncio foi feito no Instagram do novaiorquino com uma legenda bem simples, mas que resume o seu sentimento, bem como o de seus fãs: felicidade.

O estilista não desfilou durante a pandemia e afirmou que um dos principais motivos para não ter produzido coleções, no último ano, foi o fechamento das principais fábricas estrangeiras que lhe forneciam materiais. Durante este tempo, ele se dedicou principalmente à sua marca mais jovem, a Heaven, que é mais acessível e voltada para um público adolescente.

Inclusive, a gente fala um pouco mais dessa marca e da trajetória do estilista em nosso episódio de número 18. Se você quiser conhecer melhor a história de Marc Jacobs, a gente te convida a dar esse play, depois deste episódio.

Já em setembro, a Semana de Moda de Nova York contará com a estreia da marca Peter Do. A New York Fashion Week está prevista para acontecer entre os dias 8 e 12 de setembro e a apresentação de Peter Do já é no primeiro dia.

E aí a gente dá aquela breve biografia, para explicar o motivo de tanta comoção para uma estreia. Peter Do é vietnamita, se mudou para os Estados Unidos na adolescência e tem a sua marca homônima desde 2018. No currículo, porém, ele tem nada menos do que o fato de ter sido aprendiz de Phoebe Philo, na Celine.

Peter Do foi um dos finalistas do Prêmio LVMH e um dos indicados à categoria de designer emergente do CFDA, o Conselho de Designers de Moda Americano, no ano de 2020. Ou seja: ainda que não tenha desfilado, ele coleciona fãs, principalmente pela sua ideia de construir um uniforme contemporâneo, mas muito luxuoso. E entre esses fãs tem gente bastante estrelada, como Anya-Taylor Joy, a atriz de O Gambito da Rainha, que usou um vestido que muita gente caiu de amores, durante uma apresentação no programa Saturday Night Live.

Clements Ribeiro, de Inácio Ribeiro, retorna depois de um hiato de 7 anos

Após um hiato de sete anos, a Clements Ribeiro foi relançada. A marca de reconhecimento internacional foi fundada pelo estilista brasileiro, mais especificamente o mineiro Inácio Ribeiro e sua esposa, a inglesa Suzanne Clements.

No entanto, eles pararam a marca em 2014, quando decidiram se concentrar em outros projetos pessoais: Clements se voltou para os seus trabalhos como artista plástica, principalmente como pintora, e Ribeiro construiu uma carreira como consultor de marcas, como a Benetton.

Agora, Inacio Ribeiro retoma a marca por meio da companhia escocesa Barrie, uma empresa de malharia que funciona desde o final do século 18, e é propriedade da Chanel. Logo, a produção de retorno da Clements Ribeiro é focada em malhas de cashmere. São 16 estilos diferentes, todos bastante coloridos. A sócia e esposa Suzanne Clements, porém, não está envolvida no retorno, mas, de acordo com o designer, o seu olhar segue presente.

Ignacio Ribeiro e Suzanne Clements se conheceram enquanto estudavam na famosa Central Saint Martins, em Londres. Eles se casaram, logo após a formatura, e começaram a Clements Ribeiro no início dos anos 1990, também em Londres.

A paleta vibrante, além dos padrões, como os xadrezes e as listras (muitas vezes combinados), são algumas das assinaturas pelas quais a Clements Ribeiro ficou conhecida. Ao longo dos anos 1990 a marca virou uma das queridinhas da London Fashion Week, justamente com a malharia descolada, que fez sucesso com Nicole Kidman, Kate Moss e, mais tarde, Adele, que você acabou de ouvir.

As peças deste retorno já podem ser encontradas no showroom da Rainbowwave, em Londres, mas também chegarão ao e-commerce da marca, que está previsto para ir ao ar em outubro.

Isabel Marant relança os polêmicos tênis plataforma

Se você tem idade suficiente para ter memórias fashionistas do início da década passada, provavelmente vai se lembrar de um certo tênis que fez barulho na época: o tênis plataforma. Assinado pela designer francesa Isabel Marant, ele tinha um cabedal bem alto, que ocultava parte do solado plataforma do modelo. Era fechado por tiras de velcro e tinha uma língua tão gorducha que parecia mais uma luva de boxe.

Apesar de ser assim tão exagerado – ou talvez justamente por isso – o modelo, batizado de Bekett, foi um sucesso. Gisele Bündchen, Beyoncé, Leandra Medine e várias outras lançadoras de tendências eram vistas com os tênis. E apesar de muita gente achar o modelo apenas horroroso, a fila de espera para conseguir um par era de até seis meses.

Pois agora, dez anos depois da febre do Bekett, Isabel Marant está relançando os polêmicos tênis e dobrou a aposta: o modelo, agora chamado de Balskee, manteve a plataforma de 7,6 centímetros do original e ganhou mais um solado de 5 centímetros de espessura.

E não é só o salto que está mais alto. O preço do calçado também é mais elevado do que o da versão anterior. No site da marca, o Balskee é vendido por 545 euros contra os 485 euros cobrados pelo Bekett.

Além das versões em branco e preto, o novo modelo também será vendido em tons vibrantes de vermelho, amarelo e verde.

Será que emplaca de novo? Bom, o momento não podia ser mais propício. A onda dos ugly shoes, ou simplesmente sapatos feios, está mais forte do que nunca. Que o diga Demna Gvasalia, que apresentou o Crocs com salto no último desfile da Balenciaga, que a gente comentou aqui na semana passada.

Chanel e Pharrell Williams lançam programa de mentoria para criativos negros

E a Chanel e o músico Pharrell Williams anunciaram uma nova parceria. Dessa vez, no entanto, a união da marca com o rapper estadunidense vai além de uma mera collab de moda, como aconteceu em 2019.

A grife francesa anunciou o lançamento de um programa de mentoria em parceria com a Black Ambition, a incubadora criada por Pharell Williams, no final do ano passado, para impulsionar empreendedores negros e latinos nos Estados Unidos.

Na semana passada, como parte do programa, a Chanel organizou um painel transmitido por livestreaming com mulheres que exercem papéis de liderança, entre elas, a atriz Tracee Ellis Ross e Emma Grede, que fundou a marca Good Americans junto com Khloé Kardashian.

A segunda parte da parceria terá mentorias e workshops com a equipe da Chanel para ajudar os vencedores dos prêmios organizados pela Black Ambition a construírem suas marcas.

Na área ambiental, a Chanel também se movimentou este mês. A grife investiu 25 milhões de dólares em um novo fundo voltado para a adaptação climática criado pela WWF e pela empresa suíça South Pole.

Com o nome de Landscape Resilience Fund, ou Fundo de paisagens resilientes, a iniciativa tem o objetivo de angariar 100 milhões de dólares até 2025 para investir em projetos que promovem a agricultura sustentável, protegem florestas e apoiam pequenos produtores de países em desenvolvimento.

Nosso editor Pedro Camargo segue de férias e a nossa repórter e musa, Isis Vergílio, assume o comentário de beleza da semana! E, dessa vez, ela conta um pouco mais de uma entrevista que ela fez para a nova edição da ELLE View. O papo com a atleta Ellen Valias desmistifica a ideia de que corpo gordo não pratica exercício. Fala aí, Isis!

“Olá, ELLE Brasil! Cá estou eu mais uma vez. Agora para comentar sobre a maravilhosa Ellen Valias, também conhecida como Atleta de Peso, que eu tive o prazer de entrevistar neste mês. E essa mulher, essa paulistana, luta cotidianamente pela transformação do ambiente esportivo num reduto cada vez menos gordofóbico e excludente. Ela é uma das co-fundadoras do Rachão, de basquete feminino, e recentemente lançou Corpo Gordo, Construindo uma Nova Relação com a Atividade Física. Com muito esforço, mas também de forma muito divertida, ela leva debates importantíssimos sobre a gordofobia no esporte. E ela fala uma frase que eu acho importante destacar: ‘a gordofobia é a desumanização, invisibilização e a patologização do corpo gordo. A sociedade olha para esse corpo com a ideia de que ele não merece existir.’ Este é um debate necessário que nessa entrevista foca no ambiente esportivo, mas é importante colaborar na construção de um imaginário que seja agregador em suas multiplicidades e diversidades de corpos.”

E a entrevista com Ellen Valias é só uma das várias atrações da ELLE View deste mês, que traz na capa de junho a cantora Luísa Sonza. Numa entrevista exclusiva, Luísa fala pela primeira vez sobre os ataques absurdos e violentos de haters que recebeu no último mês. A nossa revista digital mensal já está no ar, disponível para assinantes. Se você ainda não assina a ELLE View, é só clicar no nosso site para fazer a sua assinatura rapidinho.

E, para finalizar o episódio de hoje, a nossa dica cultural da semana, apresentada por C6 Bank & Mastercard. Dessa vez, nossa editora de cultura, Bruna Bittencourt, fala da relação de uma banda inglesa com a moda que ganha ainda mais importância neste ano. Conta mais, Bruna!

“Na semana passada, a Supreme lançou uma coleção de roupas inspiradas em Mezzanine, terceiro álbum do Massive Attack, lançado em 1998 e um dos discos mais importantes do trip hop. A coleção traz camisetas, camisas e shorts que remetem ao inseto da capa, fotografada por Nick Knight. O grupo tuitou que não colaborou com a coleção nem tem interesse comercial no projeto, mas deu seu consentimento como uma homenagem ao fotógrafo inglês. Vale lembrar que a banda é bastante politizada e envolvida com a questão climática. A turnê que marcou os 21 anos de Mezzanine, em 2019, teve a receita de merchandising revertida para a ONG Médicos sem fronteiras. Há até uma teoria que circula que Robert del Naja, um dos criadores do grupo, seria Banksy, o artista que nunca revelou sua identidade. Mas voltando à discografia do grupo, o primeiro álbum da banda, Blue Lines, completou 30 anos em abril. O disco traz uma mistura bem impressionante de hip hop, música eletrônica e música jamaicana. Soa moderno três décadas depois. A gente fica por aqui com Unfinished Sympathy, faixa do disco.”

Este episódio usou trechos das músicas Even angels fall, de Vanessa Carlton; Good Luck, de Basement Jaxx com Lisa Kekaula; How about you, cantada por Frank Sinatra; Rolling in the deep, de Adele; Sou feia, mas tô na moda, de Tati Quebra-Barraco; Happy, de Pharrell Wiliams, além de Angel e Unfinished Sympathy, do Massive Attack.

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro.

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Até semana que vem!

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