Semana de Moda de Londres (Inverno 2022)

Neste episódio do podcast ELLE News, comentamos os destaques entre os desfiles ingleses


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Começou, na última sexta-feira, dia 18 de fevereiro, a Semana de Moda de Londres. Mas antes de começar a falar sobre os desfiles da cidade inglesa, a gente tem que comentar uma apresentação que acabou de fora do episódio passado por causa da data de gravação do podcast.

A Telfar encerrou a semana de moda de Nova York com um desfile desses de ficar na memória. Em um palco redondo envolto pelo público, o estilista libério-americano Clemens Telfar criou uma espécie de reality show/canal de varejo estilo Polishop e QVC para apresentar suas coleções.

Isso, você ouviu certo, foram duas coleções e uma bolsa nova que virou queridinha instantaneamente. Assim que o QR Code da bolsa apareceu na tela de transmissão do desfile, o acessório esgotou em segundos. Para se ter uma ideia a emoção foi tão grande que o estilista reapresentou a bolsa também no programa da Wendy Williams, com direito a plateia gritando, como você acabou de ouvir.

O vídeo oficial da Telfar foi veiculado na Telfar TV, um canal criado pela marca que fica 24 horas online passando imagens aleatórias e, vez ou outra, alguns apresentadores entrando ao vivo para vender peças e bolsas.

No Twitter, na manhã seguinte da apresentação, só se falava disso. As roupas tinham o quê esportivo com toques de glamour que a marca costuma fazer, principalmente depois de Telfar ter desenhado o uniforme do time da Libéria, para a Olimpíada de Tóquio.

Dois dias depois da apresentação histórica da Telfar, com um dia de folga para os fashionistas viajarem para o seu próximo destino, começaram os desfiles de Londres. A semana, conhecida por ser a mais criativa e inovadora do calendário, também não deixou a desejar.

Uma das primeiras imagens a nos impactar foi o desfile de Jack Irving, estilista que já vestiu nomes como Lady Gaga, que você acabou de ouvir, Paris Hilton e Doja Cat, e que estreou na semana de moda de Londres nesta temporada.

O choque fica por conta das peças com tentáculos acoplados a corsets que se moviam enquanto a modelo dava seu pivô e ao vestido inflável, que lembrava uma anêmona. Vale muito conferir esses vídeos no Instagram da Elle Brasil.

Passando para os desfiles mais clássicos e menos loucurinha, por assim dizer, tivemos Matty Bovan. Se na temporada passada o estilista inglês tinha se embrenhado no crochê, nesse inverno 2022 ele retorna à sua pesquisa inicial de upcycling. E teve alguma ajuda pra isso. Marcas como Vivienne Westwood, Converse, Adidas e Calvin Klein doaram peças e sobras de estoque para serem reaproveitadas e transformadas em saias, vestidos e casacos ultravolumosos.

Já na Loverboy, etiqueta de Charles Jeffrey, o designer decidiu explorar a sinestesia, uma condição que faz com que o estímulo de um sentido cause reações em outro. Pra ficar mais fácil: é como se pudéssemos ver músicas. E foi esse seu ponto de partida. Em um vídeo transmitido um dia antes da abertura de trabalhos da semana de moda, ele se inspirou em vários movimentos dos anos 1970 e 1980, como o No Wave e a Op Art, criando uma moda com silhuetas em formas de instrumentos musicais, como violoncelos e flautas.

As estampas são clássicas, como tartans, listras de preto e vermelho e o pied-de-poule, mas se transformraam na mão de Jeffrey, que faz qualquer coisa ordinária virar diferentona o suficiente para ser apresentada em Londres.

Também tivemos Harris Reed, que fez uma releitura dos trajes da realeza da Era Vitoriana através das lentes dos jovens clubbers londrinos. Sempre superdramático e teatral, dessa vez Reed foca também em peças para o dia-a-dia, como opções de alfaiataria. E o mais interessante: com tecidos reaproveitados, mas com qualidade altíssima.

Priya Ahluwalia, estilista com ascendência indiana e nigeriana também foi um dos destaques da temporada. Sem seguir tendências ou padrões eurocentrados, ela se inspirou na indústria do cinema indiano, Bollywood, da paleta de cores até o estilo das roupas. Tem tops e saias curtinhos, ternos poderosos, bermuda ciclista e estampas que lembram camisetas de merch de banda, mas com personagens indianos. Nesse desfile, até o andar das modelos era diferente, com a mão na cintura. Uma pose de confiança, segundo explicou a própria Ahluwalia. O casting só de mulheres e homens pretos e pardos também chamou a atenção. Novos rostos, novos ares, algo urgente para a passarela.

Por falar em casting, vale destacar que essa semana londrina mostrou que, cada vez mais, a padronização de corpos está fora de moda. Nesta temporada, a sensualidade e a elegância, sempre associadas a mulheres magérrimas, abriram espaço para uma pluralidade maior de silhuetas. Assim como em Nova York, a inclusão de pelo menos um corpo não-magro por desfile nesta temporada foi mais abrangente. Pouco, mas ainda bem!

A premiada estilista albanesa Nensi Dojaka, por exemplo, mostrou pela primeira vez suas peças em uma modelo plus size. Em seu segundo desfile em Londres, Nensi exibiu uma mistura entre as técnicas de lingerie com roupas de sair e outras peças do guarda-roupa feminino. Teve mais alfaiataria, vestidos de festas, tricôs e até casacos e jaquetas puff.

Mas, de maneira geral, qual foi o mood da temporada? Olha, neste inverno 2022, a temporada londrina teve um quê sombrio, obscuro e melancólico em várias apresentações. Aliás, essa é a tendência máxima por lá: além da criatividade inerente à cidade, bombaram os looks todos pretos, com muito tule, transparência e aquele ar de mistério, mas também bastante sensual. Entre as marcas que entraram nessa tendência, temos Erdem, Raf Simons e Simone Rocha.

Na Simone, seus característicos babados e rendas românticas, cheias de camadas, ganharam uma roupagem bem sombria. A estilista se inspirou no conto irlandês Children of Lir, em que os filhos de um rei são enfeitiçados por uma amante ciumenta do monarca e transformados em cisnes por centenas de anos. Quando finalmente conseguem retomar a forma humana, eles morrem de velhice.

Mas esse é só um detalhe ao olhar para essa coleção, já que, além dos códigos conhecidos de sua estética, ela também apresentou looks mais sequinhos e curtos e até algumas transparências, que trazem um ar de sensualidade a essa mulher que está sempre coberta por várias camadas de babados, rendas, tules e veludos.

Já na apresentação de Raf Simons, que não faz exatamente parte do line-up da Semana de Moda londrina, mas desfilou virtualmente sua coleção no último dia de evento, esse tom obscuro vem acompanhado com sofisticação e polidez.

Depois de anos vendo interpretações infinitas de streetwear, parece que o estilista belga percebeu essa vontade do consumidor por uma roupa mais elegante. Seu desfile rolou em uma sala com paredes de tijolos, carpete rosa claro e móveis cobertos por um tecido vermelho, como em uma casa abandonada. A música estilo filme de terror acompanhava os looks em cartela de cores sombria, quase toda em pretos, cinzas, marrons com alguns pontos de luz, como no blazer roxo de pelinhos e no casacão vermelho sangue.

E teve o desfile da Erdem. Mas quem vai falar sobre ele é nosso editor de moda Lucas Boccalão, que colocou a marca no seu pódio da temporada:

“Eu adoro o trabalho do Erdem e amo esse novo desfile. Ele sempre tem um trabalho romântico né que era muito calcado na ideia de fazer roupas artesanais com essas técnicas de alta-costura, principalmente roupa de moda festa com essa estética delicada muito feminina. De alguns tempos pra cá, ele tem ficado um pouco mais dark, as coleções tem ficado mais contemporâneas, ele tem explorado um caminho bem interessante na alfaiataria. Nessa estação, que ele se inspira nos anos 1930, na cultura progressista dos anos 30, ele fala de jovens saindo de um clube ou de algum lugar em que eles tinham essa liberdade de existir. Nessas lugares tinham mulheres lesbicas, pessoas que hoje são denominadas não binárias e homens gays artistas da cultura queer que se encontravam pra festejar. Os destaques da coleção com certeza são os vestidos. A pesquisa têxtil do Erdem é impressionante, ele faz jacquards adamascados, uma lã num casaco de alfaiataria que vai filetando da metade do desfile pra frente e a estampa de flores que vai ficando escura até cair numa série de franjas. São os looks mais bonitos. Adoro o styling do Ibrahim Kamara que atualizou a marca de um jeito que fazia tempos que ela não era vista. Ele acabava tendo um jeito muito conservador e tradicional de apresentar as roupas e o Ibrahim trouxe um frescor e uma modernidade que ele não teria conseguido pra essas últimas apresentações.”

Fora do line-up oficial e dos nomes que batem ponto toda temporada, rolou também o retorno de dois estilistas importantes à passarela. Ozwald Boateng, o primeiro estilista negro da Savile Row, desfilou suas criações pela primeira vez em 12 anos.

Com cerca de 100 looks e nomes como Idris Elba e Nicholas Pinnock na passarela, seu desfile foi uma celebração à cultura negra. Pouco antes do desfile, em entrevistas no backstage, ele contou que nunca falava sobre os problemas que enfrentava, porque não gostaria que sua raça definisse o que ele faz, principalmente como única pessoa negra na sala, mas que agora estamos em um mundo onde podemos finalmente ter essas conversas.

E Londres também teve nome brasileiro na área: o mineiro Inácio Ribeiro, que no fim do ano passado relançou sua icônica marca de knitwear Clements Ribeiro, agora sem a presença de sua esposa Suzanne Clements, que hoje é artista plástica. O retorno à semana de moda londrina veio através de uma coleção colorida e cheia de vida feita em parceria com a Maison Barrie, escocesa especializada em cashmere que integra inclusive o Métiers d’Arts, da Chanel. Nos looks, vestidos, conjuntinhos, blusas e suéteres listrados em tons vibrantes. E a trilha sonora não podia ser outra: o estilista convidou a academia de dança Pé Descalço para fazer uma performance ao som de um forrozinho.

E aproveitando o embalo da London Fashion Week, a gente vai adiantar um pouco a participação do nosso editor de beleza. É que na pílula de beauté da semana, o Pedro Camargo vai comentar as tendências de beleza da passarela londrina. Conta mais pra gente, Pedroca!

“Oi, turminha! Estamos em plena temporada de moda e enquanto vocês espiam as roupitchas mais quentes do pedaço, eu tô de olho é nas belezas que aparecem nas passarelas. Da semana de moda de Londres de inverno 2022 que acabou de acabar, já dá para tirar algumas tendências. Primeiro, acho legal a gente comentar que tem uma onda glam rock rolando por aí. Pense no novo visual da Miley Cyrus e note: ele estava em vários desfiles da semana de Nova York (em uma versão quase grunge) e aparece de novo em Londres, em marcas importantes como Halpern e o comeback de Ozwald Boateng. Depois, como a gente já avisou em Elle.com.br, as pedrarias estão voltando com tudo. Não deixem de ver a versão do Thomas de Kluyver para o desfile da estilista irlandesa Simone Rocha: é uma surra de cristais de fazer a gente perder o fôlego. Além disso, mood sessentinha na área: os cílios inferiores bem destacados à la Twiggy estão aparecendo novamente. O visual super romântico e retrô deu as caras no desfile do maluquinho Richard Quinn e de Supryia Lele. Por fim, o clássico delineador preto ganha nova roupagem no que depender de desfiles como Molly Goddard e Roksanda. Enquanto a primeira aposta em uma versão parecida com a da Maddy de Euphoria, ultra alongada, a segunda faz a linha modernosa e traça dos riscos paralelos em cima e embaixo do olho. Por hora, é isso aí, gatinhas! Na semana que vem voltamos com as news de Milano! Andiamo!”

Marc Jacobs apresenta upcycling em inverno 2022

Ele sempre deu a última palavra da Semana de Moda de Nova York. E, dessa vez, apesar de não fazer mais parte do calendário oficial estadunidense, não foi diferente: Marc Jacobs apresentou uma coleção, assim que a New York Fashion Week acabou.

Rolou na sexta-feira passada, dia 18, e de um jeito bastante sutil, ainda que o conteúdo seja poderoso. O estilista apresentou um lookbook digital com 10 looks que revelam o seu inverno de 2022. E, olha, muito fã de sua moda ficou feliz.

Tem um pouco de gótico, um pouco de grunge, vários elementos bastante característicos de Marc Jacobs quando ele olha para a juventude. As roupas ainda carregam aquela silhueta de casulo, com o volume dos agasalhos acolchoados e o jeitão de roupa de neve da temporada passada, mas com aquele toque couture e também supercontemporâneo.

Nessa temporada atual, dá pra enxergar algumas diferenças também, como, por exemplo, um trabalho específico com materiais já existentes. No look usado por Bella Hadid, há um patchwork com jeans preto, enquanto que a irmã, Gigi Hadid, usa uma saia que também é a união de denim antigo.

Existe um “quê” de destruição, que também pode ser lido como um DIY, um nascer das cinzas, uma regeneração após tempos sombrios e desgastados.

E vale lembrar que tem sido uma era realmente de mudanças para a própria marca de Jacobs. Ele tem aproveitado para impulsionar mais a sua grife adolescente, a Heaven, e os produtos que fazem mais sentido ao carregar sua assinatura. Saem na frente os looks urbanos, com direito a logo exagerado, daqueles que deixam bem claro quem desenhou a roupa. E como sua clientela é feita de fã isso tem mais do que funcionado.

Bottega Veneta cria aplicativo para primeira coleção de Matthieu Blazy

Se teve um “Casos de Família” das modas, em 2021, foi a dança das cadeiras na Bottega Veneta, no final do ano passado.

Quem acompanha o ELLE News lembra. Daniel Lee era o diretor criativo da casa, ele ficou por cerca de três anos na grife italiana traçando um plano bastante específico de comunicação em relação às redes sociais. A Bottega Veneta deixou de ter Instagram, por exemplo.

Lee também lançou hit atrás de hit quando o assunto era acessório, foi indicado a quatro prêmios do British Fashion Awards por seu trabalho na marca e ganhou todos. Até que, de repente, ele foi demitido. A marca registrava um aumento de receita 24,2% maior em 2021 em relação ao ano anterior e, mesmo assim, o estilista foi pra rua.

O buchicho que nunca foi muito esclarecido era o de que as relações entre o designer chefe e o restante da equipe criativa não eram, assim, das melhores. De toda maneira, um outro nome foi colocado no lugar: o então diretor de design do prêt-à-porter, Matthieu Blazy, estilista que tem no currículo passagens pela Céline de Phoebe Philo, a Calvin Klein de Raf Simons e a Maison Margiela.

E é amanhã! Isso mesmo. Neste sábado, dia 26 de fevereiro, Blazy apresenta as suas primeiras criações enquanto novo diretor.

E a primeira mudança já é essa aí, logo de cara: a etiqueta voltou ao calendário oficial internacional, mais especificamente a Semana de Moda de Milão. E o desfile de Blazy vai acontecer na cidade, no Palazzo San Fedele, o espaço que posteriormente abrigará a nova sede da Bottega Veneta em 2023.

Para quem se lembra, Daniel Lee foi o responsável por deixar o calendário oficial e dava preferência a shows presenciais em cidades como Londres, Berlim e Detroit, para pouquíssimos convidados e quase que de maneira secreta, dividindo com a imprensa o que rolava só tempos depois.

Já sobre a apresentação de Blazy também há muito mistério envolvido, mas, na última terça-feira, dia 22, uma pista surgiu: a Bottega Veneta lançou um aplicativo próprio. De acordo com um porta-voz da marca, a apresentação vai ser transmitida ao vivo nessa plataforma.

E existe também uma expectativa. Ao que tudo indica, a grife usará o seu icônico Verde Bottega, que é bastante parecido com um chroma key, para fazer uma brincadeira entre espaços físicos e digitais. Há quem diga que, quem estiver no lugar do desfile, ali na hora, terá uma experiência de realidade aumentada. Veremos!

Lembrando, claro, que estamos em plena Semana de Moda de Milão e a ELLE Brasil acompanha tudo e compartilha a cobertura completa nas redes sociais e site. E, sim, todo o resumão da temporada italiana vai ser comentado por aqui, no ELLE News, na semana que vem.

Chloé cria ferramenta que mede impacto social de marcas de moda

Lucro bruto, lucro líquido, despesas recorrentes, fluxo de caixa… Pois é, esses termos todos vêm à tona quando se fala do desempenho de uma empresa. Mas não é só esse aspecto financeiro que conta para determinar se uma empresa está indo bem ou não.

Cada vez mais, os consumidores e também os acionistas querem saber se aquela companhia tem comprometimento social. E essa postura não pode ficar só no terreno do falatório e da boa vontade – o mercado pede dados mais concretos.

De olho nisso, a Chloé anunciou na semana passada que está desenvolvendo uma ferramenta para ajudar as marcas de moda a medir seu desempenho em questões como igualdade de gênero, remuneração justa, diversidade e inclusão.

Batizada de Social Performance and Leverage, ou seja, Performance Social e Alavancagem, essa ferramenta que mede o impacto social da moda vem sendo desenvolvida há 18 meses pela Chloé, juntamente com o Instituto Francês da Moda e o Conservatório Nacional de Artes e Ofícios.

A marca já fez um test-drive da ferramenta na sua coleção de verão 2022, apresentada em setembro do ano passado, que se destacou pela valorização dos trabalhos manuais. Para este ano, a grife pretende realizar mais testes com a ferramenta, antes de disponibilizá-la para o mercado em 2023.

Vale lembrar que a Chloé, que faz parte do grupo Richemont, foi a primeira marca de luxo a obter a classificação B-Corp, que é dada a companhias que têm impacto ambiental e social positivo. Entre as medidas adotadas pela grife, comandada atualmente pela estilista Gabriela Hearst, estão as parcerias com fornecedores com certificados de fair trade e o compromisso de promover a igualdade das mulheres no trabalho.

ELLE View de fevereiro está no ar

Bom, agora, uma notícia duplamente importante: primeiro, tem ELLE View nova no ar. Segundo: excepcionalmente, a edição deste mês está com o conteúdo aberto para não assinantes. Aliás, não só a edição de fevereiro: a edição de janeiro também está liberada!

Só que corre lá no site que hoje é o último dia de acesso gratuito. Ainda nesta sexta-feira, a ELLE View volta a ser fechada só para assinantes. Então, não perca tempo. Se você não ainda não conhece a nossa revista digital mensal, essa é a chance de navegar por esse conteúdo exclusivo, que tem vídeos, matérias interativas e outros formatos inovadores.

Assim como a edição passada foi toda sobre beleza, esta edição é todinha dedicada à moda. Tem um vídeo bem divertido com as últimas tendências de acessórios, tem questionamentos , como as reportagens que falam sobre a relação da moda com o skate e o problema das balaclavas. Tem também as novas marcas que estão mudando a cara da moda no Brasil e os novos grupos poderosos do mercado. E na capa desta edição que fala dessa moda em movimento, a ELLE View traz a modelo Michelli Provensi deslizando sobre patins! A Michelli patina desde criança e contou pra gente como foi estrelar uma capa e um editorial sobre rodas.

“Oi, Patricia, oi, Gabriel! Calma que eu vou pegar aquele lookinho Chanel que eu tô na capa pra conversar com vocês! Minha primeira vez aqui no podcast da ELLE e também minha primeira vez na capa da ELLE! Então, imagina o tamanho da minha celebração. Inclusive, eu tava falando com a Susana Barbosa que pra, pra mim, isso tem um sentido mesmo de festa de formatura, de diploma. Porque, a carreira de modelo, por mais que eu estivesse tranquila com tudo o que eu tinha feito no passado, enfim, a capa, pra uma modelo tem esse quê de reconhecimento. Quando o Lucas Boccalão, stylist, me chamou pra fazer, era meu aniversário de carreira. Nem acreditei, achei até que era trote! Fiquei muito, muito feliz. E queria contar pra vocês um pouco a minha relação com patins. Com patins squad. Eu fiz patinação artística durante muito tempo, sete anos, na minha infância. E larguei a patinação artística quando cheguei em São Paulo pra me tornar modelo. Na época, a gente não tinha essas praças. A praça Roosevelt não estava revitalizada. Eu não enxergava pessoas andando de patins squad, que é esse de duas rodinhas na frente e duas atrás no parque do Ibirapuera e acessos a grupo de patinação era uma coisa muito além. Aqui tinha o Periquitos em revista, do Palmeiras, mas ce tinha que ser sócia do Palmeiras. Mas pra mim era uma coisa muito distante e outra que eu escutava que patinar e andar de bicicleta engrossava as coxas e era uma época em que a moda estava com um foco muito diferente. Tinha acabado de passar o boom das brasileiras, tava todo mundo de olho nas belgas, nas andróginas, quanto mais magra melhor, então, todo mundo que chegou em São Paulo naquela época já tinha que entrar pra esse estilo. Aí acabei largando o patins, depois meu pai deu pra alguém, enfim. E durante a pandemia eu resgatei esse hobby. Patinei muito na sala de casa, risquei todo meu chão de taco, espero que o proprietário não esteja escutando esse podcast.”

Bom, gente, e a Michelli Provensi, pra quem não sabe, além de modelar e patinar também é escritora. Ela é autora do livro Preciso rodar o mundo – aventuras surreais de uma modelo real, e vai lançar em breve seu primeiro título de ficção. O livro de contos, com toques de realismo fantástico, se chama Marinheiro de Açude e vai ser lançado pela editora Reformatório.

E para finalizar o episódio de hoje, o nosso editor de arte, Gustavo Balducci, dá a sua indicação da semana. Isso mesmo, a nossa maravilhosa Bruna Bittencourt precisou se ausentar neste episódio, mas ela volta com tudo semana que vem! Por enquanto, Gus, qual a sua indicação para o findes?

“Oi, pessoal! Bom, neste domingo, vai ao ar o último episódio da segunda temporada de Euphoria, sucesso da HBO. Depois de bater recordes de audiência a cada semana, e lembrando que o primeiro capítulo se tornou o episódio mais comentado de uma série de TV até hoje nas redes sociais, a trama continua cheia de mistérios sobre o que vai de fato acontecer com os personagens. Na internet, já existem diversas teorias sobre o final, mas é bem provável que o diretor Sam Levinson surpreenda todo mundo ao longo da temporada. Como a expectativa pra esse episódio é altíssima, a minha dica de hoje é você correr lá no site da ELLE pra conferir todos os nossos conteúdos sobre a segunda temporada. Tem desde curiosidades e entrevistas até um texto bem poderoso sobre todos os detalhes da maquiagem usada pelas personagens.”

Este episódio usou trechos das músicas Poker Face, de Lady Gaga; Sunday, de Sonic Youth; trilha do filme Lagaan; Even/Odd, de Rachel’s; Sete Meninas, de Mestrinho; Call Me When You’re Sober, de Evanescence; Dança da cadeira, com Xuxa; Shake your booty, de K.C. and the Sunshine Band

E nós ficamos por aqui. Eu sou Patricia Oyama. E eu sou o Gabriel Monteiro. E a gente sempre te lembra: curte o ELLE News?

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Agora, bora sextar. Até semana que vem!

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