Tiffany – passado, presente, futuro

Com quase dois séculos de história e sob nova direção, a joalheria da caixinha azul quer se conectar com as gerações mais jovens. Saiba o que a grife está fazendo para se manter no posto das mais desejadas do mercado do luxo.


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A icônica caixinha azul continua a mesma. Mas depois de quase dois séculos de história, os ares de mudança estão soprando forte na Tiffany. Agora sob o guarda-chuva do grupo LVMH, a tradicional joalheria estadunidense quer garantir seu posto de estrela do setor de luxo, ao mesmo tempo em que se mexe para se mostrar conectada com as novas gerações.

Esta semana, a gente vai relembrar um pouco da história da marca e ligar os pontinhos para tentar descobrir o que vem por aí. E o episódio traz ainda Jeremy Scott, da Moschino, falando sobre a sua nova collab no Brasil, novidades na Água de Coco, revelações de Olivier Rousteing e muito mais. E quem está aqui pra apresentar tudo isso comigo é ele, Pedro, o nosso editor de beleza.

Oi, turminha! Eu sou o Pedro Camargo.

E eu sou Patricia Oyama. Você está ouvindo o ELLE NEWS, o podcast com as principais notícias de moda e beleza da ELLE Brasil.

Imagens de impacto, embaixadores que falam com as gerações mais novas, a contratação de uma nova diretora criativa e foco em relógios e joias de luxo, muito luxo. Pois é, a Tiffany entrou em 2021 com tudo. No início do ano, o grupo LVMH concluiu a compra da famosa joalheria depois de uma longa negociação. E não perdeu tempo. Com uma série de estratégias, tratou logo de passar a mensagem que a Tiffany não só continua a ser uma das marcas mais desejadas de todos os tempos como também se adaptou aos dias atuais para conquistar novos fãs.

Em janeiro, a Tiffany foi adquirida por mais de 15 bilhões de dólares pelo conglomerado de luxo francês, que tem no portfólio marcas como Louis Vuitton, Dior e Fendi, entre outras. O processo de aquisição foi conturbado. Teve pedido de adiamento, teve paralisação das negociações por causa da pandemia e, a certa altura, os franceses quase desistiram da compra. Mas o acordo finalmente saiu depois que ficou acertado um descontinho amigo de 400 milhões de dólares – mais de 2 bilhões de reais.

Passada a turbulência inicial, o casamento agora parece que vai de vento em popa. Segundo uma matéria do site Business of Fashion, a LVMH está feliz da vida com o “desempenho notável” da marca no terceiro trimestre. Cifrões não são divulgados, mas a divisão de joias e relógios do grupo apresentou crescimento de 49% em vendas, entre janeiro e setembro, comparado ao período anterior. A LVMH acredita que a aquisição tem tudo a ver com isso.

Mas antes de falar mais dessa nova fase da Tiffany, vamos fazer aquela retrospectiva básica sobre a marca. A Tiffany foi fundada em Nova York, em 1837, pela dupla Charles Lewis Tiffany e Teddy Young. O nome original, aliás, era Tiffany, Young and Ellis, e mudou para Tiffany and Co. anos depois, quando Charles Lewis passou a ter o controle sozinho da empresa.

Charles Lewis Tiffany era um joalheiro conhecido pelo seu amor às pedras preciosas, que comprava gemas e joias dos aristocratas franceses e levava para os Estados Unidos. Comprou, por exemplo, as joias da Coroa Francesa, em 1887.

Mas a mais famosa dessas aquisições, com certeza, foi um imenso diamante amarelo, garimpado em uma mina na África do Sul, comprado pelo joalheiro em 1878. Conhecida como Diamante Tiffany, a gema de 128 quilates é um dos maiores diamantes amarelos encontrados até hoje – e é a mesmíssima usada por Beyoncé na campanha da Tiffany, veiculada recentemente.

Sempre que podia, Charles Tiffany apresentava gemas novas aos clientes, como a tanzanita, que é azul, e a morganita, que é rosada. Uma dessas pedras, por sinal, foi nomeada de kunzita em homenagem ao primeiro gemólogo da joalheria, George Frederick Kunz. Aliás, a Tiffany foi a primeira joalheria a contar com esse cargo, de gemólogo, ainda em 1903.

Bom, com todo esse empenho do fundador, a Tiffany and Co. logo se tornou uma referência no assunto diamante e pedras preciosas. Mas nenhum feito se compara ao de ter criado o anel de noivado que conhecemos hoje, que traz um diamante com lapidação brilhante em destaque.

O anel de noivado

O anel Tiffany Setting foi desenhado em 1886 e é um clássico absoluto da casa. A genialidade dessa joia está na sua cravação com seis garras, que destaca o diamante e potencializa todo o brilho da pedra. A joia virou o supra-sumo do ritual de noivado e a caixinha azul acabou se tornando símbolo de um pedido de casamento em alto estilo.

A cor da embalagem, aliás, é outro ponto importante na história da marca. O azul-turquesa característico, que acabou ficando conhecido como azul Tiffany, apareceu pela primeira vez no Blue Book, um catálogo que passou a ser enviado em 1845 como mala-direta, e que mostrava as importações da joalheria. Quando a cor foi transportada para as caixinhas, virou febre – as pessoas queriam comprar a caixa azul avulsa a qualquer custo. O que o joalheiro se recusava a fazer, evidentemente.

Ao longo das décadas, o fascínio da joalheria só fez aumentar. O nome Tiffany entrou em roteiros de Hollywood, em letras de música e virou presença obrigatória nos tapetes vermelhos do mundo.

Mais do que um bom marketing, no entanto, a Tiffany sempre teve faro para encontrar bons designers. O francês Jean Schlumberger foi um deles. Paloma Picasso, filha de Pablo Picasso, também foi uma importante designer da marca nos anos 1980.

E não dá pra esquecer, claro, de Elsa Peretti, que morreu em março deste ano. Elsa introduziu a prata na Tiffany e criou peças icônicas pra marca, como o bracelete que lembra um osso, o coração de linhas orgânicas, o feijão e a estrela-do-mar com curvas minimalistas.

Algumas dessas peças hoje são exibidas nas coleções permanentes do British Museum, em Londres e no Metropolitan Museum of Art, em Nova York, entre outras instituições.

Desde março deste ano, a diretora criativa da Tiffany é Ruba Abu-Nima. De origem palestino-americana, ela entrou no lugar do estilista Reed Krakoff, que estava desde 2017 no cargo.

Apesar de não ter permanecido muito tempo no posto, Krakoff deixou dois legados importantes. Um deles é ter incentivado a troca do nome da categoria Bridal, ou seja, Noivas, que passou a se chamar Love & Engagement: Amor e Noivado. Dessa forma, a joalheria deixou de se dirigir apenas a mulheres, embarcando na discussão sobre gêneros, e também passou a oferecer anéis de noivado masculinos, que já haviam feito parte da história da casa, mas andavam em desuso.

Outra ação importante de Krakoff foi ter encabeçado a enorme reforma para modernizar a loja da Quinta Avenida, que ainda está em andamento, e vai ter projeto assinado pelo escritório do incensado arquiteto holandês Rem Koolhaas.

Vale contar uma curiosidade aqui: deu no New York Times que, em 12 de janeiro de 2020, um domingo, a joalheria precisou armar um esquema digno de filme policial para transferir 114 mil joias da sede em reforma para a loja temporária, a poucos metros dali. Além da polícia esperando do lado de fora, foram contratados 30 seguranças, que assinaram um termo de sigilo. Havia centenas de câmeras filmando tudo, inclusive no trajeto externo. E cada item foi registrado antes de ser embalado e depois de desembalado. Parece que foi supertenso, mas deu tudo certo.

Mas voltando à nova diretora criativa Ruba Abu-Nima: ela teve uma breve passagem pela revista ELLE estadunidense, olha só. Mas sua experiência mais forte é na área de beleza. Ela já foi da Bobbi Brown, da Shiseido e da Revlon. Ruba adora sneakers, coleciona arte e não tem experiência em design de joias. Por isso, não vai exatamente conduzir o desenvolvimento de produtos, e sim orientar os rumos criativos da marca.

Parece um movimento ousado, mas a Tiffany 2021 parece mesmo disposta a testar novos caminhos.

Campanha polêmica

A primeira grande campanha da marca sob nova direção, lançada no primeiro semestre do ano, já teve um tom de “dá licença que a LVMH chegou”. Mais simples no formato, ela lembrava os anúncios da Gap nos anos 1990, ou seja, fundo branco, pessoa com jeans e camiseta na frente. Mas o principal era a frase: Not your mother’s Tiffany. Ou seja: “A Tiffany que não é a da sua mãe”. Deu o maior bafafá porque, apesar de ousado, o tom da campanha pareceu um pouco arrogante para uma parcela do público, que não via nenhum problema em herdar uma boa joia Tiffany da mãe.

Bem, com a cota de polêmica já bem contemplada, as outras estratégias de divulgação da grife foram menos agressivas, mas também fizeram bastante barulho. Como a campanha About Love, que juntou Beyoncé, o marido Jay -Z e o Diamante Tiffany, veiculada há pouco mais de um mês. A notícia de que a cantora era a primeira mulher negra, e a quarta pessoa da história a usar a lendária pedra, correu o mundo.

Outra tacada de mestre foi o anúncio, em abril, da nova embaixadora global da marca para a linha HardWare. A escolhida foi a cantora Rosé, de 24 anos, integrante do girl group de K Pop BLACKPINK. A contratação da neozelandesa com ascendência sul-coreana acertou vários alvos de uma vez: foi um jeito da marca se posicionar no campo da diversidade, aumentar a presença na Ásia e ainda chamar a atenção dos zoomers para essa coleção que tem uma pegada mais jovem.

Na mesma linha “precisamos conquistar novos corações”, parece que vem aí uma parceria Tiffany e Supreme, uma das marcas mais cobiçadas de streetwear. Por enquanto, são só rumores, mas já andou vazando nas redes sociais imagens do logo da Supreme, originalmente vermelho, na versão azul Tiffany.

Em outra frente, uma movimentação que se percebe na Tiffany nessa nova gestão é uma aposta em joias mais caras e uma investida nos relógios.

Por que apostar exatamente nisso? Porque ninguém está de brincadeira no mundo dos negócios. A aquisição da Tiffany tem como objetivo fortalecer o setor de relojoaria e alta joalheria da LVMH, que quer entrar na briga com a Richemont, o grupo suíço que detém marcas como Cartier, Van Cleef & Arpels e Montblanc, entre outras.

Bom, ao repassar a história da marca, a gente percebe uma coisa: não tem tédio por ali, não. A Tiffany é novidadeira mesmo. Quem diria que, no dia em que foi inaugurada, há 184 anos, a pequena joalheria Tiffany & Young vendeu apenas 4,98 dólares!

Jeremy Scott assina collab com a Riachuelo

E tem collab nova no mercado. Começa a ser vendida amanhã, terça-feira, a coleção que Jeremy Scott, da Moschino, desenhou pra Riachuelo.

As peças reproduzem bem o estilo do designer, que não tá nem aí pra carão nem formalidades e adora colocar uma boa dose de humor nas roupas. Tem camisa, macacão e vestido com poá gigante, na linha Minnie Mouse; calças e outras peças estampadas com frutas divertidas e camisetas com personagens do desenho Looney Tunes. E, em alguns casos, com as duas estampas de uma vez, como o moletom que traz o Pernalonga com arranjo de cabeça à la Carmen Miranda.

Pra divulgar a nova coleção, a Riachuelo convocou a cantora Luisa Sonza, que você viu no mês passado na capa da ELLE View, a nossa revista digital mensal. A gente conversou com o Jeremy Scott sobre a collab e ele contou por que aprovou e adorou a escolha da cantora como garota propaganda da coleção.

First of all, I think Luisa is an absolut beautiful total knockout. But beyond her beauty, the thing I think I like most about her is how strong and independent… And her spirit. That’s what I think makes her a modern icon for today.

Quer dizer, ele não só acha a cantora linda, mas diz que ela é forte e independente, e que é esse espírito que faz dela um ícone dos dias atuais.

Nascido no Kansas, Jeremy Scott foge completamente daquele clichê do estilista blasé. O designer, que é diretor criativo da Moschino desde 2013, ficou conhecido por suas criações que misturam elementos pop, ícones de consumo, personagens de desenho animado e um bom deboche. Na entrevista pro nosso podcast, ele disse que essa verve bem humorada fez dele um outsider na moda, mas, ao mesmo tempo, também fez com que ele se tornasse especial, de certa forma, e conquistasse uma legião de fãs.

It’s been something that’s made me an outsider my entire career, because humour has been such a part of my work from the very beginning and it’s such a part how I express myself. But luckly, that has also set me apart and made me special and endeared me to my legions of fans, so I’m very grateful for that.

De fato, entre os fãs de Jeremy Scott estão várias celebridades, como Lady Gaga, Björk e Madonna. E, aqui no Brasil, a cantora Anitta é uma das ilustres clientes. Sobre a coleção pra Riachuelo, Scott diz que espera que as roupas tragam humor, felicidade, um pouco de sex appeal e um sorriso no rosto de quem vestir as peças. E torce pra que elas sejam usadas em todo país.

Well, I hope I bring humour and happiness and a little sexy appeal to everyone who is getting a piece of my Moschino-Riachuelo collection. And put a smile on people’s face. And I hope they are wearing it on the beach in Ipanema and in the streets in Sao Paulo and in Bahia and all the gorgeous places of Brazil that I miss so much. Saudade, Brasil, saudade!

Olivier Rousteing revela acidente ocorrido há um ano

E o designer Olivier Rousteing, que fez um dos desfiles mais comentados na Semana de Moda de Paris, voltou a ser assunto este mês.

No dia 9 de outubro, o diretor criativo da Balmain publicou em seu Instagram uma foto em que aparece com o torso e os braços completamente enfaixados. A cabeça do estilista também estava enfaixada e ele exibia marcas de queimadura no rosto.

Na legenda, Rousteing explicou: há um ano, uma lareira explodiu em sua casa e ele sofreu graves queimaduras. Durante todo esse tempo, o acidente era um segredo que só a sua equipe e seu círculo mais íntimo conheciam.

À medida que se recuperava, ele passou a trabalhar freneticamente nas coleções e manteve as cicatrizes escondidas com mangas compridas, golas altas, máscaras de rosto e muitos anéis nos dedos. E hoje ele reflete sobre isso: “Pra ser sincero, eu não sei realmente por que eu estava tão envergonhado. Talvez por essa obsessão pela perfeição pela qual a moda é conhecida ou pelas minhas próprias inseguranças”, escreveu Rousteing.

Hoje, um ano depois, ele conta que está curado, feliz e saudável e fez muitos agradecimentos no post pra equipe do hospital onde ele foi atendido.

Aos 35 anos, dez deles como diretor criativo da Balmain, Rousteing é um dos estilistas mais ativos nas redes sociais. Ele também estrelou um documentário na Netflix, em que mostra os bastidores do seu trabalho e a busca pelos seus pais biológicos – o estilista foi adotado ainda bebê.

Na entrevista que deu pra última edição impressa da ELLE ao nosso editor de moda Luigi Torre, Rousteing comentou que essa exposição nas redes nem sempre foi bem vista pelos executivos da grife, mas que ele não via razão para um designer não poder mostrar a sua visão de mundo ou o seu próprio mundo.

E, como ele mesmo disse no seu post sobre o acidente, essa exposição nunca foi aleatória. Abre aspas para o designer: “Eu verdadeiramente percebi que o poder da mídia social é revelar apenas o que você quer mostrar. Meio que permitindo criar nossa própria narrativa especial, que evita o que não desejamos ver ou mostrar: este é o nosso novo mundo”. Fecha aspas.

Renner investe em escaneamento 3D

Quem acompanha a ELLE View, nossa revista digital mensal, deve se lembrar de que logo na segunda edição a gente fez um editorial de moda em que a modelo Valentina Sampaio teve o corpo todo escaneado e ganhou uma réplica impressa em 3D.

Pois bem, uma tecnologia parecida com essa está sendo utilizada pelas Lojas Renner para produzir roupas mais ergonômicas e fiéis ao biotipo dos clientes.

A empresa está desenvolvendo manequins físicos, criados a partir do escaneamento em 3D de corpos reais. A gerente sênior de Desenvolvimento Técnico de Produto da Lojas Renner, Janete Marquardt, explica que esses manequins complementam um trabalho que vem sendo feito há três anos pela empresa, para entender melhor o corpo dos brasileiros e, assim poder desenvolver produtos mais adequados para ele.

Em parceria com a ABNT e com o projeto Size BR, do Senai CETIQT, a empresa passou a empregar uma tabela de medidas mais completa e um avatar digital, mas ainda faltava algo físico, como conta Janete. Daí a ideia de desenvolver os manequins.

Uma vez que a gente conseguiu chegar a essas conclusões e esse trabalho de corpo geralmente é um trabalho muito feito em Excel, em planilha, e a gente falou, poxa, mas eu não tô conseguindo enxergar essa medida que eu tô falando que é do 42 ou essa medida que eu tô falando eu tô falando que é do 40, essa altura de busto ou essa diferença. E aí surgiu a ideia de fazer os manequins, a gente buscou no mercado e encontrou uma empresa brasileira que durante a pandemia desenvolveu corpos em 3D. Como é que foi feito esse trabalho? A gente, já em posse das medidas, a gente refez todo um trabalho de escaneamento corporal pra justamente chegar nessas minúcias e medidas. Não só as medidas principais, busto, cintura e quadril, mas como você trabalha pescoço, bíceps, cintura alta, cintura baixa, coxa, panturrilha, que superinfluencia nos produtos, especialmente os que são mais justos. A gente vai modelando esse corpo de forma 3D pra chegar às conformações que a gente tinha da pesquisa, mais o que a gente estava escaneando, que eram nossas modelos de prova e aí, por fim, a impressão do manequim.

Outra vantagem dos manequins, destacada pela diretora de estilo da Lojas Renner, Fernanda Feijó, é que eles garantem a padronização na modelagem e uma agilidade maior na hora de criar as amostras. E isso, por sua vez, acaba sendo mais sustentável, já que gera menos desperdício nessa etapa.

O primeiro manequim, projetado para a etiqueta Ashua, voltada para o mercado plus size, já está pronto e mede 1 metro e 68 de altura. Até novembro, a Renner planeja ter outros 14 manequins, que vão contemplar desde a numeração infantil, a partir de 2 anos, até a numeração G1, que corresponde aos manequins 48 e 50.

Vitorino Campos na Água de Coco

E mais uma notícia rapidinha antes da gente ir pras dicas da semana: o estilista baiano Vitorino Campos é o novo diretor de estilo da Água de Coco. O designer vai trabalhar juntamente com a diretora criativa da marca, Liana Padilha, na criação das coleções de moda praia e ready to wear.

Nascido em Feira de Santana, na Bahia, Vitorino lançou sua marca homônima em 2008. Foi diretor criativo da Animale e, no ano passado, foi convidado pela executiva Regina Paek para dar novo fôlego à Cori, onde atuou até julho passado.

A coleção de inverno da Água de Coco, com lançamento previsto para o início de 2022, já tem um dedinho de Vitorino, mas é só mesmo na coleção seguinte, de verão, que a gente vai poder conferir o trabalho integral de Vitorino na nova casa.

O novo nariz da Dior

E agora é a hora oficial dele, Pedro Camargo, editor de beleza e hoje companheiro de bancada, trazer a sua pílula de beauté da semana. Qual a novidade, Pedro?

É, gatinhas, dança das cadeiras no mundo da beleza, viu? Depois de muito tempo, o François Demachy sai do posto de diretor de perfumaria da Dior pra ser substituído pelo Francis Kurkdjian. Ele é um francês, que tem pais armênios e que a vida inteira quis ser bailarino, mas não rolou e daí, enfim, se jogou nessa tour do perfume e adorou, deu muito certo. E, quando ele tinha 26 anos, ele criou nada mais, nada menos do que o Le Male, do Jean Paul Gaultier, que virou um super, superclássico da perfumaria masculina logo depois. De todo modo, o Francis, ele tem a marca dele, que é a Maison Francis Kurkdjian. E essa marca já era também do grupo LVMH. É uma marca de perfumaria de nicho, de fragrâncias de luxo, e agora, espera-se que ele vá levar essa pegada para a Dior também. Vamos ver o que vai acontecer, né? Interessante que, antes de sair, o François Demachy deixou uma novíssima versão do Miss Dior pronta. E agora o Francis entra pra mexer em tudo. Vamos ver o que vai acontecer. Tá bom? Fiquem de olho! Mais informações em elle.com.br. Beijinhos!

A volta de Adele

E para encerrar o episódio de hoje, a nossa dica cultural da semana. Dessa vez, a editora de cultura Bruna Bittencourt vai falar sobre a volta da cantora Adele. Fala, Bruna!

Após um hiato de seis anos, Adele está de volta e batendo recorde. Na sexta-feira passada, ela lançou “Easy on me”, faixa do seu quarto e ainda inédito álbum, 30 — uma referência à sua idade quando produziu o disco, assim como seus três discos anteriores, 25, 21 e 19.

“Easy on me” se tornou a faixa mais escutada em um único dia na história do Spotify. As músicas foram escritas em meio à separação de Adele do seu ex-marido Simon Konecki, o que dá pistas do que vem por aí.

A cantora trabalhou novamente com um grupo de colaboradores próximos. Entre eles, Greg Kurstin, autor de “Hello” e “Million years ago”, a canção de 2015 que pode virar objeto de disputa judicial. O compositor brasileiro Toninho Geraes, autor de “Mulheres” (1995), alega que Adele e Kurstin plagiaram sua música, sucesso na voz de Martinho da Vila.

Ela também trabalhou com Inflo, produtor e membro do ótimo e misterioso coletivo britânico Sault. Enquanto 30, que será lançado em 19 de novembro, não chega, a gente fica com Sault e “Up all night”

Este episódio usou trechos das músicas Moon River, por Beyoncé; Breakfast at Tiffany’s, de Deep Blue Something; How You Like That’ M/V, de Blackpink; 2000 s2, de Luisa Sonza; Nothing’s gonna stop us now, de Starship; Lança-perfume, de Rita Lee; Easy on me, de Adele; Up all night, de Sault; e um trecho do desfile de verão 2022 da Balmain.

E nós ficamos por aqui. Eu sou Pedro Camargo. E eu sou Patricia Oyama.

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Até semana que vem!

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