NYFW: Area, Verão 2026

Se você piscou, talvez tenha perdido: são 14 estreias de diretores criativos nesta temporada internacional, e a de Nicholas Aburn, na Area, nesta sexta-feira (12.09), foi a segunda da NYFW. Fundada em 2014 por Piotrek Panszczyk e Beckett Fogg, a label se consolidou como símbolo de um glamour maximalista, irônico e sempre pronto para o espetáculo. Agora, o bastão passa para o designer estadunidense de 37 anos, com passagens por Tom Ford, Alexander Wang e pela alta-costura da Balenciaga.

Area, verão 2026. Getty images

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Na passarela, Aburn apostou no choque entre street e glam. O jeans aparece em múltiplas variações – bermudas, calças e até vestidos de festa – em contraste com franjas metálicas, patchworks de camisetas esportivas cobertas de lantejoulas e vestidos que imitam pompons gigantes, referência direta ao universo das cheerleaders.

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As silhuetas oscilam entre extremos: alfaiataria oversized com ombros monumentais de um lado, microcomprimentos cortantes do outro. No meio desse jogo, saias e vestidos longos ampliam a diversidade de proporções. A cartela de cores transita entre os tons primários – vermelho, azul, amarelo – e brilhos, intercalados por rosa, preto e branco.

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Nos momentos mais conceituais, a coleção assume um tom quase carnavalesco. Vestidos envoltos em fitas prateadas lembram esculturas futuristas. Outros, cobertos por paetês gigantes em prata, dão a sensação de uma armadura em movimento. Há ainda tops e vestidos pontuados por aplicações coloridas em 3D, como se fossem confetes grudados no tecido, e peças a la embrulho de presente, feitas de laços metálicos em tons vibrantes.

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Ao optar por sublinhar a identidade da Area como espaço de experimentação, em vez de suavizar a estética para agradar o mercado, Aburn reafirma a vocação da marca para ocupar um lugar menos óbvio dentro do calendário.