Os melhores filmes de 2024

Do mais recente filme de Pedro Almodóvar ao de Karim Aïnouz, confira as escolhas do time da ELLE.


Os melhores filmes de 2024, segundo o time da ELLE



Aproveite o dolce far niente de fim de ano para assisitir a alguns dos melhores filmes de 2024, segundo as escolhas do time da ELLE.

Em cartaz nos cinemas

Ainda estou aqui, de Walter Salles
“Com o risco de ser a escolha mais óbvia do mundo, Ainda estou aqui foi o filme que mais me emocionou no ano. Sempre fui obcecada por produções sobre a ditadura e o longa conseguiu versar sobre a época sem ser clichê. Como diria o meme, Fernanda Torres rainha, o resto nadinha.”
Giuliana Mesquita, editora assistente do site e redes sociais

LEIA MAIS: Como a Netflix recriou Macondo na adaptação de Cem anos de solidão

Em breve nos cinemas

Anora, de Sean Baker (estreia em 23 de janeiro)
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes deste ano, o filme exibido na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo pode até enganar a audiência com sua premissa de comédia romântica. Mas o conto de fadas sobre uma stripper, interpretada por Mikey Madison (uma das favoritas ao Oscar de melhor atriz), que se apaixona por um herdeiro de uma bilionária família russa, é comovente, realista e carrega grandes discussões sobre a disparidade de classes sociais.”
Gustavo Balducci, editor de arte 

Disponível no streaming

O menino e a garça, de Hayao Miyazaki (Netflix), e Dias perfeitos, de Wim Wenders (Mubi)
“No Japão da Segunda Guerra, um garoto parte em uma aventura que desafia a lógica do cotidiano. No Japão de hoje, um homem de meia-idade acha prazer e refúgio no dia a dia. O menino e a garça, do mestre da animação Hayao Miyazaki, e Dias perfeitos, do alemão Wim Wenders, se passam no mesmo país, mas propõem jornadas diferentes. O primeiro, que ganhou o Oscar de animação em 2024, nos convida a embarcar em uma viagem pela imaginação e pelo sonho para lidar com o trauma. O segundo promove um city tour por Tóquio para que apreciemos as pequenas coisas, seja uma música, um livro ou a comida do restaurante preferido. O que ambos têm em comum é a capacidade de fazer sorrir e chorar em silêncio e nos lembrar de que, apesar de tudo, a vida presta.”
Mariane Morisawa, colaboradora da ELLE

Motel destino, de Karim Aïnouz (Telecine)
“Eu sou muito fã do Karim Aïnouz porque, de alguma maneira, me identifico com esses personagens cindidos – que estão entre um lugar e outro, um amor e outro, a cruz e a espada. Além disso, gosto também desse cinema menos de ouvir e mais de ver. As imagens realmente falam mais que as palavras nas obras deste diretor. Tudo isso parece de uma sutileza e de uma sofisticação enormes, mas Motel destino é a prova de que essa abordagem não necessariamente se restringe à delicadeza. Trata-se de uma pornochanchada – e se você não entender isso, o filme parece um pouco absurdo, sem sentido. Mas, além disso, é um lindo ensaio sobre o desejo e o tesão: o prazer e o horror escondidos neles.”
Pedro Camargo, editor de beleza

Rivais, de Luca Guadagnino (Prime Video)
Rivais é belo, sexy (sim, falo de você, Josh O’Connor) e tem um ótimo figurino assinado por Jonathan Anderson. Não vejo a hora de assistir Queer, a mais nova empreitada de Luca Guadagnino, em que rola mais uma vez dobradinha do diretor italiano com o estilista irlandês na curadoria de looks.”
Gabriel Monteiro, editor de reportagem de moda

LEIA MAIS: Os melhores discos de 2024

O robô selvagem, de Chris Sanders (aluguel no Prime Video)
“Do mesmo diretor de Lilo & Stitch (2002) e Como treinar o seu dragão (2010), esta animação é baseada na série de livros de mesmo nome de Peter Brown e conta a história de sobrevivência do robô Roz (com voz de Lupita Nyong’o) numa ilha desabitada, após um acidente de avião. Misturando diferentes estilos de animações, o filme aborda a relação entre tecnologia e natureza de uma forma profunda e divertida, com grandes chances de concorrer ao Oscar de melhor animação em 2025. Prepare o lencinho!”
Chantal Sordi, editora de consumo

A substância, de Coralie Frageat (Mubi)
“Eu amo filmes que me fazem lembrar outros filmes, outros livros, outras tantas coisas. Foi assim com A substância. Tem O retrato de Dorian Gray, A morte lhe cai bem, Orlando, Crepúsculo dos deuses, Meninas malvadas e David Lynch. Teatro do absurdo em sua pura forma. Um filme que preferiu citação e intertextualidade numa era de remakes.”
Paulo Raic, colaborador da ELLE

Em breve no streaming

O aprendiz, de Ali Abbasi
“Donald Trump e os líderes do neofacismo ao redor do globo são personagens muito curiosos para mim porque a lógica da mentira, sob a qual eles operam, me parece um pouco doente e meio maluca. Não entendo quem se permite sucumbir à era da pós-verdade. O aprendiz, contudo, me ajudou a finalmente solucionar esse mistério. O filme, dirigido de um jeito bagunçado, cru, punk, faz brilhar as atuações do mestre Jeremy Strong (no filme, Roy Cohn) e do aprendiz, o Donald Trump (genial por Sebastian Stan). Você acompanha de perto a maneira como o pensamento do próximo presidente dos Estados Unidos se constrói, ao mesmo tempo em que se assusta com sua eficácia. Em certa medida, é quase um filme de terror.”
Pedro Camargo, editor de beleza

O quarto ao lado, de Pedro Almodóvar
“Embora fale sobre a morte, O quarto ao lado é um filme repleto de vida. A delicadeza da história impressiona, assim como a química entre Julianne Moore e Tilda Swinton.”
Lelê Santana, repórter do site e de redes sociais

LEIA MAIS: As melhores séries de 2024

 

 

Para ler conteúdos exclusivos e multimídia, assine a ELLE View, nossa revista digital mensal para assinantes