Acabou a temporada de verão. E aí?
Muita gente, pouca máscara; muita expectativa, pouca mudança. As semanas de desfiles internacionais terminaram e deixaram uma certa frustração no ar. Será que a moda está condenada a viver do passado?
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Terminou na terça, dia 5 de outubro, a temporada internacional de moda do verão 2022. As apresentações começaram lá no dia 8 de setembro, em Nova York, passaram por Londres, Milão e fecharam o ciclo em Paris.
E a expectativa era alta, porque muita autocrítica foi feita nesse período de pandemia, e a gente ficou esperando ver, entre roupas e acessórios, onde é que isso iria dar na interpretação dos estilistas e marcas. Bem, não se pôde enxergar muito longe…
No episódio desta semana, vamos recuperar o que rolou nos últimos dias da Semana de Moda de Paris, mas vamos também aproveitar para fazer uma reflexão sobre esse momento, vamos dizer assim, titubeante da moda.
E quem divide o podcast comigo hoje, enquanto o Gabriel Monteiro curte as férias, é a Bruna, editora de cultura da ELLE, que você já conhece das dicas no final de cada episódio.
Oi, gente! Eu sou Bruna Bittencourt.
E eu sou Patricia Oyama. Você está ouvindo o ELLE NEWS, o podcast com as principais notícias de moda e beleza da ELLE Brasil.
Era grande, para não dizer enorme, a expectativa para a temporada de moda que mostrou as coleções do verão 2022. As vacinas finalmente chegaram e, junto com elas, a perspectiva de poder ir e vir com alguma segurança e ver o mundo ao vivo.
Mais do que matar as saudades de um bom desfile presencial, no entanto, havia a esperança de que essa temporada sinalizasse mudanças significativas no mercado. Afinal, durante a pandemia, muito se falou sobre a necessidade de olhar para si mesmo, enxergar o que havia em falta e em excesso, tentar encontrar o equilíbrio e outros caminhos mais sustentáveis em vários sentidos. Mas o que se viu nas passarelas não foi uma leitura de mundo, nem de comportamento, muito nova.
Louis Vuitton
O momento mais emblemático dessa desconexão entre o velho normal e o mundo que uma nova geração tenta construir na marra foi o protesto contra a crise climática que aconteceu no desfile da Louis Vuitton.
Uma ativista entrou na passarela, enquanto o desfile rolava, segurando um cartaz de tecido em que se lia: “Excesso de consumo = extinção”. Representante do Extinction Rebellion, um movimento internacional de desobediência civil que alerta contra as mudanças climáticas, ela aproveitou o tumulto da chegada de Catherine Deneuve, fingindo ser do staff da atriz, para entrar na sala com outros quatro ativistas sem chamar a atenção dos seguranças.
Vale notar que, enquanto a ativista marchava, as modelos continuaram a desfilar sob a fileira suntuosa de muitos e muitos lustres de cristal acesos, o que por si só já causava um contraste, no mínimo, interessante.
Aqui, um parênteses: Nicolas Ghesquière, o diretor criativo da Louis Vuitton, desenhou tudo isso imerso em um projeto paralelo. Ele assina o figurino de uma série que deve ir ao ar pela HBO, adaptada a partir do longa Irma Vep, do francês Olivier Assayas. Um baile fantasmagórico faz parte das referências dele, e a imersão transbordou para a moda. Nesse sentido, a apresentação foi uma aula de história, com uma riqueza impressionante de detalhes pinçados de diferentes períodos.
Esse clima antigo, meio decadente, parece ter sido o cenário ideal para tratar de uma pauta que tem a ver com o futuro de todos nós, que é o clima. Mas, bem, quando o segurança alcançou a ativista, ela se desequilibrou e se sentou no chão, e aí chegou o reforço e ela saiu carregada por três seguranças, de forma um tanto truculenta.
Na entrada final das modelos, um outro ativista da mesma organização se juntou à fila, mas foi retirado antes mesmo que as câmeras da mídia tradicional, que ficam no fim da passarela, pudessem registrar o que dizia seu cartaz. Os seguranças já estavam bem espertos.
As agências internacionais de notícia deram destaque ao protesto, e o vídeo da interferência postado no perfil do Extinction Rebellion no Instagram já contabiliza quase 1 milhão de visualizações.
Era o último dia da batelada de quatro fashion weeks e esse protesto deixou evidente que a chacoalhada no status quo de toda a cadeia de produção de moda não viria tão cedo da própria indústria, como prometido, mas talvez de fora dela. E nós, espectadores, que estávamos ansiosos por um novo posicionamento, ficamos assim, meio sem entender, onde é que aquele discurso de 2020, por mudança, foi parar.
Passou Nova York, única a pedir passaporte sanitários para todos os desfiles; passou Londres, com apresentações menores, é verdade, e em maior número digitais. Aí vieram Milão e Paris com desfiles igualmente lotados, muita gente nem aí para as máscaras, aglomerações e clima de festa.
Esse foi um ponto que chamou a atenção da nossa editora de moda Suyane Ynaya, que esteve em Paris.
Mas um dos pontos que me preocupou muito é o volume de pessoas dentro dos desfiles. Isso, assim, é às vezes aterrorizante. Porque a gente passou por um momento tão difícil, tão caos, que eu não sei se a gente, de verdade, criou uma consciência sobre a importância de talvez diminuir o público, ou transformar em outra forma, mas o volume de pessoas é meio assustador para certos desfiles.
Então é meio confuso, principalmente quando você sai de um país onde a gente ainda está retomando o fluxo de ver pessoas, de estar próximo de pessoas, de ter festas voltando, os eventos voltando… Então, foi algo que me assustou um pouco.
A vontade de verão, de viagem, de escapismo apareceu em mais de um desfile nas quatro semanas de moda, e isso era esperado. Mas a forma como o luxo foi tratado, o casting predominantemente magérrimo, o carão… De alguma forma, isso parece não ter mais lugar diante de tudo o que está em pauta atualmente. E se uma das vocações da moda é traduzir os tempos em que vivemos, como é o discurso recorrente, então, temos um problema. A Vivian Whiteman, nossa editora especial e colunista, analisa justamente esse ponto.
O que se levantou como questão, no final das semanas de moda agora, com este retorno presencial, é o quanto existe uma desconexão daquilo que está sendo feito e mostrado com o tempo em que a gente vive. E sendo que um dos discursos de todas as grifes e da moda, como mercado é que, bom, a moda fala do seu tempo, fala do que a gente está vivendo. Se a gente olhar pro que aconteceu, pra todo acting repetido, velho, essa coisa do status da primeira fila, a porta de desfile, de todo aquele glamour bem pasteurizado, completamente acrítico, que passa por cima de 4,5 milhões de mortes no mundo – uma das maiores pandemias de todos os tempos –, o que isso quer dizer, então, sobre o nosso tempo?
Me parece algo bastante sério e que, inclusive, denuncia que toda essa história que as grifes têm investido como discurso de marketing, falando de igualdade, falando de direitos, falando de feminismo, falando de sustentabilidade, isso tudo fica muito prejudicado, em xeque, né? Quer dizer, parece que, realmente, ao contrário do que estava sendo dito, se tratava mesmo de só uma questão de marketing, por que isso tudo foi abandonado, os desfiles aconteceram como se o mundo não fosse esse.
E o pior: não propunham de nenhuma forma um outro mundo mais interessante, que pudesse ser criado a partir disso que está acontecendo agora. A solução encontrada, em geral, é uma solução bastante covarde, né? De voltar, quer dizer: “vamos para o glamour de um tempo X”, que já não existe, que não vai existir de novo.
O que faz a gente pensar: será que a moda só pode existir agora como passado? Quer dizer, será que ela não pode enxergar um lugar para ela mesma no futuro? É uma questão que os estilistas e as marcas têm que responder e que as redes têm levantado com toda razão, né? Pedindo, no mínimo, que a moda se comprometa a falar de uma maneira um pouco mais sensível sobre o que as pessoas estão passando hoje, que não é nada fácil.
Tudo isso contrastou com o discurso do ano passado, quando, num momento autocrítica, estilistas e marcas reconheceram que havia looks demais, estoque demais, pressa demais em lançar muitas coleções por ano. Sem contar as pautas identitárias, que foram adotadas até a edição passada, para serem tão cedo já abandonadas nesta.
Muito se falou sobre a volta do sexy. No desfile da Miu Miu, por exemplo, a cintura era ultrabaixa e a barriga negativa dos modelos incomodou. Depois que as redes sociais já fizeram barulho o bastante para falar de inclusão e diversidade de corpos, esse é o tipo de casting que chama a atenção. Afinal, por que esse padrão magro, bem magro, parece continuar sendo o único sexy possível?
Mesmo a Chanel, que fez um desfile com astral divertido, reproduzindo a atitude das manequins dos anos 1980 e 1990, quando elas desfilavam rebolando, rindo, fazendo pivô, aquela clássica meia-volta volver com uma requebrada, não passou imune a críticas.
A diretora criativa, Virginie Viard, disse que queria ouvir novamente o som dos flashes disparando como nos desfiles dos anos 1980, quando as modelos andavam em passarelas elevadas.
A vibe era ótima, mas seria ainda melhor se o casting fosse um pouco mais diverso.
Balenciaga
Mas se teve um desfile que passou praticamente isento de críticas negativas foi o da Balenciaga. Em parceria com os Simpsons, a etiqueta apresentou um vídeo de 10 minutos com a turma de Springfield vestida com a grife numa incursão no mundo da moda, com direito às ironias que são a marca do desenho.
Antes de mostrar o vídeo, um tapete vermelho exibiu um desfile de modelos, famosos e convidados da marca, devidamente vestidos de Balenciaga, claro, e dando um show de diversidade.
Tinha grávida, velhos e jovens, homens e mulheres cisgêneros ou não, belezas de todos os tipos. O resultado ficou lindo e atual.
Erros, acertos, tendências e grandes flops aparecem em todas as semanas de moda. O que essa temporada em geral teve de diferente foi… Que tudo pareceu continuar igual.
E quem se destacou, no final das contas, foram as marcas que perceberam que não faz mais sentido voltar aos moldes pré-pandêmicos e fazer algo exatamente como era antes, fingindo que nada mudou no mundo, como bem notou o nosso editor de moda Luigi Torre nessa cobertura.
O Luigi já tinha falado no episódio passado sobre o desfile da Loewe e, esta semana, destaca outras duas apresentações da temporada:
Oi, gente, tudo bem?! Acho que vale a gente ressaltar dois desfiles em especial: o da Marni, em Milão, e o da Balenciaga, em Paris. Nem tanto pelas roupas, mas mais pela forma como eles foram apresentados. Na Marni, o diretor criativo Francesco Risso vestiu os 400 convidados com peças feitas quase sob medida, e tudo de algodão reciclado. A ideia, segundo ele, era se aproximar do ideal, da essência da profissão, que é vestir as pessoas de uma forma bem direta e atender às suas necessidades, seus desejos, e adequar aquela roupa ao estilo e à personalidade de cada um.
Na Balenciaga não teve isso, mas o desfile foi, na verdade, um tapete vermelho que confundiu convidados, modelos e celebridades – ninguém sabia quem era quem, o que era coleção nova, o que era coleção antiga. E por que isso é importante? Porque isso amplia um pouco a representatividade e a diversidade do casting.
Nessa temporada, a gente até viu uma representatividade um pouco maior na questão racial na passarela. Porém as modelos continuam aquele padrão extremamente magro e alto e a gente sabe que não é bem assim que funciona no mundo real.
Nsses desfiles tinha gente alta, baixa, magra, gorda, velha, nova, conhecida, desconhecida. E isso dá toda uma outra camada, uma camada muito mais interessante para a moda, que é muito mais próximo do que a gente sempre fala, de você vestir uma roupa que tem a ver com a sua personalidade, com a sua identidade, com o que você quer comunicar para o mundo.
E outra coisa que vale a pena a gente prestar atenção é como essa ruptura entre plateia e passarela, gente não-modelo e modelo, tudo junto e misturado, tem muito a ver com as privações que a gente passou nesse último um ano e meio – e até muito mais do que isso –, sempre mediado por tela.
As pessoas falam muito que os desfiles digitais democratizaram a moda, permitiram ter mais acesso. Na verdade, não é bem assim. Houve, de fato, uma sincronia no sentido de que todo mundo está vendo o que o estilista está mostrando, não faz muita diferença quem está na primeira fila e quem não está, todo mundo está ali assistindo aquele mesmo desfile. Porém o olhar é extremamente direcionado, você não tem liberdade para observar algo diferente ou focar em alguma coisa, você está vendo o que a câmera está te mostrando.
Além disso, é um casting muito limitado porque, enfim, é um vídeo ali de 10 minutos no máximo, que você não pode colocar muita gente, então, a imagem é extremamente limitada, concisa. Agora, quando você coloca toda uma diversidade enorme de pessoas na passarela, você está ampliando o espectro e abrangência da moda de uma maneira muito interessante e que tem tudo a ver com o que a gente tem falado hoje em dia.
Outra apresentação elogiada foi a da Maison Margiela, para a qual John Galliano preparou um vídeo em que mostrava cenários apocalípticos, que lembravam as cenas recentes do caos climático ao redor do mundo. Ele disse que se inspirou nos sonhos dos jovens, e mostrou como eles precisariam se adaptar para viver.
AZ Factory
Um dos pontos altos da temporada, que não dá pra gente deixar de mencionar, foi o desfile da AZ Factory, que fechou a Semana de Moda de Paris.
O show foi pensado como um tributo em memória do estilista Alber Elbaz, que morreu de Covid-19 em abril. Ele havia recém-criado a marca quando veio a pandemia. Querido por todo o mercado da moda, Elbaz foi homenageado por mais de 40 estilistas e grifes, convidados a criar looks que o representassem. Não faltaram pink, vermelho e corações para falar dele em formato de roupa.
A apresentação foi emocionante! O motivo é que é raríssimo ver um trabalho em colaboração como o realizado nesse desfile, e também a reunião de tanta gente importante na mesma sala – a essa altura a gente nem precisa contar que tava geral sem máscara, né?
Mesmo assim, ver a Vivienne Westwood, o Alessandro Michele, o Pierpaolo Piccioli, o Jean Paul Gaultier e tantos outros, no mesmo lugar, deu aquele senso de união de que todo mundo falava no auge da pandemia.
Até a primeira-dama da França, Brigitte Macron, foi ao desfile, que terminou com uma chuva de papel em formato de coração, com direito a muitas lágrimas. E, se o evento terminou com aquela pontinha de esperança, ele também foi a constatação de que algumas mudanças – e partidas – provocadas pela pandemia são irreversíveis.
KERING E CARTIER LANÇAM PACTO AMBIENTAL PARA A JOALHERIA
Ainda falando sobre mudanças necessárias, o grupo de luxo Kering, juntamente com a Cartier, anunciou um passo importante no mercado de joalheria. As duas empresas lançaram no dia 6 um pacto global para a produção de joias e relógios. A iniciativa tem também a participação do Conselho de Joalheria Responsável, uma ONG que promove práticas ambientais e sociais em toda a cadeia desse mercado, das minas ao varejo.
A Cartier faz parte do grupo suíço Richemont, que também detém marcas como Van Cleef & Arpels, Balme & Mercier e Montblanc. Já a Kering tem entre suas marcas de joalheria a Boucheron e a Pomellato. Por enquanto, as signatárias do pacto se resumem à Kering e à Cartier, mas a ideia é convidar empresas de todo o mundo a se juntarem à iniciativa.
No comunicado oficial à imprensa, o diretor administrativo do grupo Kering, Jean-François Palus, declarou que a empresa acredita que o luxo é inseparável dos mais elevados padrões ambientais e sociais e que é responsabilidade deles, como players principais do setor, iniciar as mudanças necessárias para proteger o planeta. Abre aspas para Palus: “As mudanças pelas quais lutamos são essenciais para o futuro não só do planeta, mas da própria indústria”. Fecha aspas.
O pacto lista uma série de metas ambientais a serem cumpridas até 2030, divididas em três objetivos principais: construir uma resiliência ambiental, preservar recursos da natureza e das comunidades e promover a inclusão em toda a cadeia de valor.
Entre as medidas listadas, estão a redução na emissão de carbono e o uso de energia 100% renovável. Mas um trecho, em especial, interessa muito ao Brasil.
O documento estipula um prazo até 2025 para a implementação de padrões de obtenção de matéria-prima que protejam tanto os ecossistemas quanto as comunidades locais ou indígenas que dependem deles. Ou seja, o pacto quer garantir que a cadeia de fornecimento de matéria-prima seja livre de produtos provenientes de florestas antigas e ameaçadas de extinção.
O texto também estabelece a meta de restaurar os habitats onde ocorreram mineração e outras atividades de extração, contribuindo para o desenvolvimento de meios de subsistência para comunidades ligadas à mineração e à agricultura, que respeitem o equilíbrio dos ecossistemas naturais.
Essa questão da procedência do minério que abastece as joalherias é bastante complexa. No Brasil, é evidente a falta transparência e fiscalização no processo, o que acaba fazendo com que boa parte da matéria-prima usada pela indústria venha de garimpos ilegais.
Se você quiser saber mais sobre o assunto, não deixe de ler no nosso site a reportagem “De onde vem o ouro da joalheria brasileira?“, que tem uma superapuração da nossa repórter Bárbara Poerner.
CHARLOTTE GAINSBOURG ASSINA COLEÇÃO PARA ZARA
Ícone da moda e estrela de campanhas de grifes como Balenciaga e Yves Saint Laurent, a cantora e atriz Charlotte Gainsbourg agora também é designer de sua própria coleção.
Na semana passada, a Zara lançou uma coleção cápsula em parceria com a artista, que traz jeans, camisetas, malhas, lingerie e acessórios. As peças são bem a cara de Charlotte, que tem aquele jeito de quem pega a primeira coisa que vê no guarda-roupa e sai de casa esbanjando estilo.
Não é pra menos. Não custa lembrar que a cantora franco-inglesa tem atitude fashion desde o berço. É filha do cantor Serge Gainsbourg e de Jane Birkin, musa de mais de uma geração, que entre outros feitos, inspirou a criação da clássica Birkin Bag, da Hermès.
Mas, linhagem nobre à parte, Charlotte construiu uma carreira e um estilo muito próprios. Na coleção que ela assina para a Zara, a calça jeans é a grande estrela e vem em dois modelos: um mais justo, para usar com botas, e outro mais larguinho, bem relax. Os lançamentos incluem ainda camisetas de manga comprida e curta, jaqueta jeans e suéter, numa paleta básica de azul, preto e marrom.
As peças começaram a ser vendidas na quinta-feira, dia 7, em alguns países, por preços que começam em 9,90 dólares, pras lingeries, até 299 dólares, que é o preço de uma mochila de couro.
A gente entrou em contato com a Zara pra saber se a coleção vai ser vendida no Brasil e a resposta é: sim. Ainda não há uma data exata, mas a expectativa é que o lançamento desembarque por aqui ainda este mês.
MAGALU GANHA TERRITÓRIO NA MODA
E a Magalu fincou de vez a sua bandeira na moda. Na terça-feira, dia 5, a empresa lançou o Mundo Moda, um espaço reformulado dentro do superapp Magalu dedicado ao comércio de roupas, calçados e acessórios.
A rede de varejo, que se tornou uma gigante no e-commerce, já tinha vários artigos de vestuário na sua plataforma digital. Este ano, no entanto, o guarda-roupa da Magalu cresceu um bocado. São mais de 3,5 milhões de itens, que vão desde grandes marcas, como Hering e Colcci, até pequenos varejistas de todo o Brasil. A vertical de negócios de moda, por sinal, foi a que mais ganhou novos vendedores no marketplace da Magalu: passou de 8000 para 21.000 varejistas este ano.
Pra divulgar o novo espaço fashion do aplicativo, a empresa escalou ninguém menos do que as cantoras Liniker e Gaby Amarantos, além da top Caroline Trentini. A curadoria de conteúdo do Mundo Moda é da equipe do Steal the Look, o portal que foi comprado pela Magalu em março deste ano.
Mas a notícia que deixou o mercado ouriçado mesmo foi a de que a Magalu está preparando o lançamento de uma marca própria de moda, desenvolvida pelo time de estilo da empresa, criado este ano. A gente ainda não tem outras informações sobre essa novidade, que estreia ainda este mês, mas a expectativa é de que a marca seja bem inclusiva. Isso porque um dos motes da Magalu é o de oferecer a muitos o que é privilégio de poucos, como contou a fundadora Luiza Trajano ao jornalista Pedro Diniz, em entrevista exclusiva para o nosso site. Aliás, se você ainda não leu essa entrevista, que está muito bacana, dá um pulo no elle.com.br e procure pelo texto “Luiza Trajano, o Magalu, a moda e algumas coisas mais“.
KYLIE COSMETICS, DOJA CAT E ROSALÍA PARA MAC
E agora é hora do nosso editor de beleza Pedro Camargo vir com sua pílula de beauté da semana. Aliás, pílulas, porque ele tá cheio de novidades. Fala, Pedro!
E aí, gente, tudo bem?
Semana agitada no mundo da beleza.
A gente começa o babado com a nova coleção da Kylie Cosmetics de Halloween. Dessa vez a inspiração para a linha de maquiagens da empresária influencer é o filme A Hora do Pesadelo. Tem batom, tem paleta, tem um monte de coisa, maaaas, o mais legal é um lip tint com textura gel cor de sangue, meio assustador, meio bafo.
Depois, as popstars seguem entrando no mundo da beleza. A Doja Cat, sexy queen, rainha absoluta do TikTok fechou uma parceria com a BH Cosmetics. São paletas de sombra, paletas de iluminador, estojo de pincéis, delineador, gloss, tem de um tudo. E tudo inspirado na natureza, bem pé no chão, bem flora do Clube das Winx, para quem tem a ref.
Quem também entrou para o jogo foi a Rosalía que está lançando uma coleção com a MAC Cosmetics. A linha se chama Aute Couture a cartela de cores dos batons e sombras ficam entre o rosa, o vermelho, o perolado e o dourado. Aliááás, chega em novembro no Brasil!
Para fechar, a Moncler, marca icônica daqueles jaquetões puff, doudoune, que tem bombado cada vez mais, lançou o seu primeiro perfume. Com uma versão feminina e outra masculina, a fragrância é inspirada no universo montanhoso, das trilhas que esse povo adora fazer. Boatos que tem aquele cheiro verde e fresco das montanhas e pasmem, uma tela de LED no frasco cujo letreiro pode ser editado por bluetooth.
Nossa! Quanta coisa! Ficamos por aqui…
Beijocas!
CENAS DE UM CASAMENTO E SUCESSION
E pra finalizar o episódio, a nossa dica cultural da semana, com a nossa editora Bruna Bittencourt, que, dessa vez, participou do programa de cabo a rabo comigo. A Bruna vai falar sobre duas séries que mexeram com muita gente. Fala, Bruna!
Foi ao ar ontem o último episódio de Cenas de um casamento, série da HBO Max, protagonizada por Jessica Chastain e Oscar Isaac, que interpretam um casal em meio a uma crise conjugal.
A série, que é uma adaptação da obra de Ingmar Bergman de 1973, é para os fortes. Não vou dar nenhum spoiler aqui, mas é curioso como, em um mesmo episódio, o casal passa rapidamente do amor ao ódio e a gente, assistindo, se alterna entre dar razão a ele ou a ela.
É uma série de muito diálogo e que se desenrola, basicamente, na casa dos dois, e lembra bastante uma peça de teatro. Se você não viu, os cinco episódios estão disponíveis na HBO Max. Vale a pena. E tem entrevista com Jessica e Oscar no site da ELLE.
Logo na sequência do fim de Cenas de um casamento, volta no próximo domingo à HBO Succession, com sua terceira temporada. A série, premiada com nove Emmys, conta a história da sucessão do patriarca de uma família, dona de um conglomerado de mídia. E ali, não importa se é filho ou irmão, não tem quem se salve, é um querendo ver o outro pelas costas. Pegando carona no tema de Succession, vamos escutar “Mo money mo problems”, de Notorius B.I.G.
Este episódio usou trechos das apresentações da Louis Vuitton, da Balenciaga e da AZ Factory, e trechos das músicas “Deadly Valentine”, de Charlotte Gainsbourg; “Sou + eu”, de Gaby Amarantos e “Con Altura”, de Rosalía).
E nós ficamos por aqui. Eu sou Bruna Bittencourt. E eu sou Patricia Oyama.
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Até semana que vem!
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