A festa do Oscar 2024 foi boa, mas a premiação foi previsível
"Oppenheimer" ganhou sete estatuetas, Ryan Gosling fez todo o mundo gargalhar, e o doguinho Messi foi o grande astro. Confira os vencedores
Como esperado, o Oscar 2024, que aconteceu na noite desse domingo (10.03), em Los Angeles, teve poucas surpresas. Oppenheimer, favorito da noite, saiu com sete estatuetas (filme, direção, ator para Cillian Murphy, ator coadjuvante para Robert Downey Jr., trilha sonora, fotografia e montagem) das 13 que disputava. Uma das perdas surpreendentes do longa de Christopher Nolan foi o troféu de som, vencido por Zona de interesse, um trabalho brilhante, mas diferente dos que costumam ganhar nessa categoria.
Ryan Gosling cantando I'm Just Ken, trilha sonora de Barbie, foi um dos pontos altos da noite Foto: Patrick T. Fallon/AFP via Getty Images)
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Oppenheimer tinha a grande narrativa do ano: um filme clássico de Oscar, uma cinebiografia sobre um personagem da Segunda Guerra Mundial, que faturou quase 1 bilhão de dólares, quando a indústria se recupera da pandemia e de duas greves. Mas é triste que, em um ano com uma produção tão boa, tenha havido tal concentração de prêmios.
O Oscar mais difícil de prever era melhor atriz, já que Emma Stone, de Pobres criaturas, e Lily Gladstone, de Assassinos da lua das flores, dividiram os prêmios preditores. No fim, deu Emma, que aos 35 anos ganhou seu segundo Oscar, depois de La la land – Cantando estações (2016). É uma pena que a Academia tenha perdido a chance de fazer história premiando Lily, que seria a primeira indígena estadunidense a ganhar o Oscar de atriz, além de dominar o longa mesmo sem estar em todas as cenas.
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A cerimônia foi das melhores dos últimos anos, apostando em clássicos como números musicais grandiosos – quem não gargalhou durante a apresentação de “I’m just Ken”, com Ryan Gosling, todos os outros Kens e Slash, guitarrista do Guns N’ Roses? Outro ponto alto foi chamar cinco vencedores do passado para apresentar cada um dos indicados de 2024 nas categorias de atuação. Nem sempre funcionou, deu muito certo em diversos momentos, especialmente na categoria atriz coadjuvante, culminando com o emocionante discurso de Da’Vine Joy Randolph, vencedora por Os rejeitados. “Por muito tempo, eu quis ser diferente (de quem eu sou). Agora eu percebo que tenho apenas de ser eu mesma. Obrigada por me enxergarem”, disse Randolph, entre lágrimas.
Mas o grande astro da noite não foi Robert Downey Jr., Ryan Gosling, Emma Stone ou Margot Robbie. Foi Messi, o doguinho de Anatomia de uma queda. Um dos melhores atores da temporada e certamente o mais fofo, ele quase ficou de fora da cerimônia, depois de estúdios reclamarem de sua presença na campanha do filme. Puro despeito. No fim, ele participou da festa em segmentos pré-gravados, que mostraram Messi até aplaudindo.
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Veja a lista completa de premiados:
Filme: Oppenheimer
Direção: Christopher Nolan (Oppenheimer)
Ator: Cillian Murphy (Oppenheimer)
Atriz: Emma Stone (Pobres criaturas)
Ator coadjuvante: Robert Downey Jr. (Oppenheimer)
Atriz coadjuvante: Da’Vine Joy Randolph (Os rejeitados)
Roteiro original: Anatomia de uma queda
Roteiro adaptado: Ficção americana
Animação: O menino e a garça
Documentário: 20 dias em Mariupol
Filme internacional: Zona de interesse
Fotografia: Oppenheimer
Figurino: Pobres criaturas
Maquiagem e cabelo: Pobres criaturas
Canção original: “What was I made for?” (Barbie)
Trilha sonora: Oppenheimer
Desenho de produção: Pobres criaturas
Montagem: Oppenheimer
Som: Zona de interesse
Efeitos visuais: Godzilla: Minus one
Curta de animação: War is over! Inspired by the music of John & Yoko
Curta de ficção live action: A incrível história de Henry Sugar
Curta documentário: The last repair shop
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