Leticia Colin, de David Byrne a Dostoiévski

Atriz, que passa uma temporada sabática na Europa antes de voltar ao cinema e à TV, divide o que gosta de ler, ouvir e assistir.


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Depois de viver uma médica que se torna adicta ao crack na série Onde está meu coração (Globoplay), Leticia Colin fez as malas e foi passar um período sabático na Europa. Ela retorna ao Brasil em janeiro, quando começa a se preparar para viver uma vilã em Olho por olho, uma das próximas novelas da 21h, da Globo. Também no ano que vem, veremos a atriz no cinema em A porta ao lado, filme de Julia Rezende (de Depois a louca sou eu), que protagoniza ao lado de Bárbara Paz. Enquanto não volta à labuta, Leticia divide seus favoritos, da música ao cinema, passando pelo teatro e pela literatura:

Um filme que você não cansa de assistir à reprise:
A hora da estrela, da nossa genial Suzana Amaral.

Uma série que você maratonaria de novo:
We are who we are, com direção e texto do brilhante Luca Guadagnino, consegue unir todos os temas contemporâneos com profundidade e leveza.

Um ator ou atriz que te fez querer atuar:
Gena Rowlands pisca e eu me derreto em ação… Ela mexe demais comigo, é viva, escandalosamente humana.

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Susan Sarandon e Geena Davis, em “Thelma & Louise”.Foto: Reprodução

Um papel que gostaria de ter interpretado:
Thelma ou Louise! É bom demais ser quem assiste a esse filme (dirigido por Ridley Scott e lançado em 1991)… Ainda bem que ele existe, na verdade, ainda bem que as atuações da Geena Davis e Susan Sarandon existem!

Para quem daria um Oscar?
Para artistas africanas, indígenas, latinas, asiáticas… As mulheres-maiorias!

Uma peça que gostaria de rever:
A montagem de O idiota, de Dostoiévski, com direção da Cibele Forjaz, que reunia artistas do Teatro Oficina, do Grupo Vertigem e da Cia. Livre, me deixou eletrizada! Vamos caminhando com os atores por espaços distintos no espetáculo, dividido em três dias e com mais de sete horas. A humildade investigada com muitos tipos de teatralidades… Eu saí diferente depois dessa travessia.

Uma peça em que gostaria de ter atuado:
Gostaria de fazer parte desse elenco de O idiota… O processo e a empreitada da encenação semanal certamente seriam um exercício especial.


David Byrne’s American Utopia (2020): Official Trailer | HBO

www.youtube.com


Um livro de cabeceira:
O de agora, que estou finalizando: Pais e filhos, de (Ivan) Turguêniev. Autores russos sempre me fascinam…

Que cantor, cantora ou banda nunca falta em uma playlist sua?
Hindi Zahra!!! Cantora, compositora, atriz… Gênia marroquina.

Três discos que você levaria para uma ilha deserta:
Vestida de Nit, de Sílvia Pérez Cruz; Soul is heavy, de Nneka; A night at the opera, do Queen.

Um show inesquecível:
David Byrne, no show American utopia, no Rio de Janeiro. Tudo que eu acredito e mais o que eu não conheço reunido… Que sensação de estar viva! Tem um doc sobre o show (da HBO, com direção de Spike Lee), indico demais.

Um show que você ainda quer assistir:
Simone Mazzer, no Village Vanguard (Nova York). Eu sou louca pela Simone! E nunca estive num show no Village.

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Liniker em ensaio para a ELLE.
FOTO: ELLE Brasil/Vivi Bacco

Qual cantor(a) ou banda que você anda dando repeat ultimamente?
Liniker.

Quem você adora seguir no Instagram?
@ingridsilva, @manabernardes, @carlabiriba, @alexandrismos, @escurecendofatos.

Uma exposição marcante:
Hélio Oiticia – Museu é o mundo. E aí eu pirei… Nunca mais saiu da minha pele.

Uma descoberta recente nas artes:
Paula Rego, pintora eletrizante… Um tesouro português e feminista!

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