Não é fake news: a ELLE View de agosto tá no ar
Verdade ou mentira? Nesta edição, que tem Cleo na capa e em entrevista exclusiva, nos debruçamos sobre o perigo de acreditar em qualquer coisinha.
Dizem que mentira tem perna curta – mas, a verdade é que curta ou não, seu estrago pode ser devastador e muito longo. Das fake news na política aos boatos que assombram famosos e anônimos (com as mídias sociais, ninguém está imune), informações maliciosas precisam ser combatidas por nós, enquanto sociedade, e punidas pelo poder público. Daí a importância do Projeto de Lei nº 2630/2020, conhecido como PL das Fake News, que tramita na Câmara dos Deputados em caráter de urgência desde abril.
Daí também a importância da ELLE View deste mês. Nesta edição, afinal, nos debruçamos sobre temas como plágio na música e na moda, storytelling historinha pra boi dormir, fashion bait e, claro, o perigo de sair por aí disseminando informações sem as devidas checagens, no embalo do compartilha das mídias sociais e grupos de WhatsApp.
Cleo Gui Paganini
Capa da edição, Cleo é uma das vítimas dessa perpetuação da mentira narrada como se fosse verdade. Aos 15 anos, a impressa, que deveria zelar pelos fatos, espalhou a notícia de que sua mãe, a atriz Gloria Pires, a teria encontrado na cama com o marido, Orlando Morais, considerado pai por Cleo.
Um caso que se encaixaria em estupro de vulnerável, traição conjugal e um abuso familiar inominável, como escreve a jornalista Patricia Zaidan, em uma entrevista imperdível. É a primeira vez que Cleo, já adulta, fala sobre o trauma.
“Ouvir meus pais darem detalhes da história me deu asco. Muito nojo de tudo. Veio também uma culpa enorme. Eu pensava: ‘O que fiz de tão errado que possa ter levado a esse boato? Como é que uma mentira alcança o tamanho que alcançou, como se fosse verdade? Eu devo ter feito alguma coisa que tenha contribuído para que os jornalistas acreditassem’. Depois entendi que as pessoas são muito más mesmo. Não era culpa minha. Demorei para concluir que é tóxica a maior parte das relações da mídia com o artista. Assim como são tóxicas muitas das ligações do público com o artista.”
“Ouvir meus pais darem detalhes da história me deu asco. Muito nojo de tudo. Veio também uma culpa enorme.”
Acreditar numa mentira, e isso não é caô, infelizmente, é mais fácil do que desconfiar dela e tentar encontrar o caminho da verdade, dizem pesquisas e especialistas. E tem a ver com o mundo cada vez mais veloz e inseguro que habitamos.
Um mundo onde reiterar vieses cognitivos, mesmo falaciosos, passa uma sensação de “enfrentamento ao desamparo”, nas palavras de Christian Dunker, psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da USP, ouvido pela repórter Ana Carolina Soares na matéria Me engana que eu gosto.
Redobrar a atenção, não ter receio de não ter nenhuma opinião sobre algo e chamar para a responsabilidade as empresas de tecnologia é mais do que urgente, vide o desenvolvimento das deep fakes, o nível, por enquanto, mais hard e mais baixo das mentiras.
Outros destaques da ELLE View
– A marca que copiava
No Brasil, a diferença entre cópia e original tem linhas borradas, processos extensos e muitas vezes não dá em nada. Resultado: marcas pequenas plagiadas e a sensação de que a moda é terreno de ninguém.
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– Nem tudo é verdade
- Não confunda alhos com bugalhos ou, neste caso, documentários com mocumentários. Entenda aqui a diferença entre eles e conheça os expoentes mais famosos do gênero que simula a realidade.
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–Síndrome da impostora
- Você já deve ter passado por isso – e Vivian Whiteman explica por que as mulheres tendem a desconfiar tanto de si mesmas. Tem sociedade envolvida em tudo isso, então, pare de se culpar por essa também!
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– Made in computer
- Bolsas de mentira, que poderiam ser de verdade. Vem ver nosso shopping com criações feitas a partir de it-bags clássicas, com a ajuda da inteligência artificial.
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– Velha, eu?
- O que um filtro com efeito de mentirinha, o Aged do TikTok, diz de real sobre o etarismo, vulgo preconceito contra os mais velhos mesmo.
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– Parece, mas não é
- Alerta gastronômico: você já viu e/ou experimentou pratos que parecem outros pratos? Tipo musse de chocolate em formato de jardim zen?
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– Inspiração, homenagem ou cara de pau?
- Aumente o volume e tente responder se algumas músicas são cópias de melodias já escutadas em outras bandas.
- E ainda na ELLE View de agosto, você confere o raio-x do desfile de três minutos de Marc Jacobs, com release produzido pelo ChatGPT; a greve de Hollywood na esteira das discussões sobre inteligência artificial generativa; a trajetória de Rosângela Silva e sua Negra Rosa; um editorial true fashion com a moda minimalista dos anos 1990; e muito mais.
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