Na ELLE View: Gabriela Medeiros e o poder de não esquecer
Dos remakes de novela ao vale a pena ler de novo na literatura, passando pela moda, o passado pauta o presente.
Você deve ter percebido que o mundo anda meio no clima vale a pena ver de novo – e a nova ELLE View também. Sinal dos tempos, remakes de novelas ou filmes recém-transformados em séries, como Um dia, estão não só nas programações das tevês e streamings, como também nas conversas diárias. Você viu Pantanal? Você viu Renascer?
Gabriela Medeiros Thais Vandanezi
Capa da edição da ELLE View, que chega agora até você, Gabriela Medeiros revive Buba, personagem da novela originalmente apresentada em 1993, com lições aprendidas no passado e correções de rota. Mulher trans, a atriz está no ar no papel que já foi de Maria Luíza Mendonça, chamada erroneamente à época de hermafrodita – aprendemos, com o tempo, que o termo correto é intersexo.
Aprendemos, TVs ligadas, com Gabriela que é preciso abrir-se para a diversidade, dar um chega pra lá nos tabus. E, TVs desligadas, que a infância, principalmente a marcada por intolerância, deixa marcas. Em entrevista ao editor Gabriel Monteiro, ela conta, entre outras coisas, como foi difícil crescer em um ambiente em que muita coisa foi roubada, por a enxergarem como menino. O balé, tema do ensaio conduzido pelo diretor de moda, Lucas Boccalão, e clicado por Thais Vandanezi, é só um exemplo.
Gabriela Medeiros, em ensaio na ELLE View Thais Vandanezi
O passado também vem ditando o presente na moda. Seja em acessórios com valor afetivo, seja em marcas como a Prada, que revira o baú, adiciona uma visão de futuro aqui, uma necessidade atual acolá, e cria o que todo mundo vai querer copiar. Saiba mais em “Só quem viveu sabe”, texto assinado pelo diretor de reportagem de moda, Luigi Torre.
Na ELLE View de março você vê também:
– TV Nostalgia
Parece mesmo que o público gosta de rever uma história conhecida. Não é à toa que séries como Friends (1994-2004), The office (2005-2013) e How I met your mother (2005-2014) são favoritas mesmo tendo à disposição centenas e centenas de produções originais novas. Entenda o fenômeno, antes de dar play.
- – Quero minha mãe
Atriz, cantora e escritora, Elisa Lucinda fala sobre a importância de reverenciarmos a nossa história, de recontarmos a história que não está nos livros, de privilegiar os mais velhos, os ancestrais. Um texto emocionante e essencial para dar um basta à visão colonialista do país e de todos nós. - – Tech Tech
E o metaverso, hein? O que parecia futuro, de repente, parece passado. Nossa colunista Nathália Levy discorre sobre a tecnologia dada como a evolução da internet – e que, por ora, parece ter flopado. - – Um defeito de cor
Volte dez casas se você ainda não leu o clássico contemporâneo de Ana Maria Gonçalves, que narra a importância das mulheres na luta contra a escravidão e virou samba-enredo da Portela no Carnaval 2024. Ou, pelo menos, entenda a obra no Raio-x escrito pela jornalista Adriana Ferreira Silva. - – Vende-se passado à vista
Escritora e psicanalista, Roberta D’Albuquerque imagina uma lojinha no Enjoei em que é possível vender memórias ruins e entrar no mood Brilho eterno de uma mente sem lembrança. Alguém?
Moschino, inverno 2024
– Report acessórios 2024
Tudo o que você precisa saber – e se quiser, ter – no mundo de bolsas, sapatos e joias. Incluindo os acessórios com vertente nostálgica que tomaram conta de algumas passarelas.
- – Drama queen
O trabalho de Pat McGrath para a última coleção de alta-costura da Maison Margiela consagra um novo momento nas belezas de passarela, em que o sonho sai à frente.
E mais: Mulheres em cargos de liderança, o que faz um perfume ser um hit, o boom dos licenciamentos na beleza, o passado queer de Mário de Andrade em exposição no Masp e o sucesso da vitamina C na rotina de cuidados, mesmo com senões.
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