ELLE View e música

Música e moda são representações culturais que mexem com a nossa cabeça, com a nossa maneira de enxergar o mundo, se maquiar, aderir ou não às tendências. Chegam até às searas políticas – basta ver o fenômeno Brat na campanha de Kamala Harris. Não à toa, todo ano, desde que foi lançada em 2020, a ELLE View dedica uma edição inteira ao tema. À música. Mais precisamente, às mulheres na música.

E depois de Tasha & Tracie, Mc Carol, Jorga Smith, Bebe Rexha e Duda Beats, entre outras, chegou a vez de Duquesa, Julia Costa e Ebony estamparem a capa da nossa revista digital exclusiva para assinantes.

Ebony, Duquesa e Julia Costa Foto: Ivan Erick

Nomes quentes e ascendentes, as três representam a nova geração feminina de rappers BR, mulheres cheias de estilo e talento, que têm levado outras mulheres a escutarem e se identificarem com o gênero. “Sinto que, com a graciosidade feminina – que é necessária –, a gente vai conseguir elevar a cena”, diz Ebony, a princesinha do gueto, em entrevista a repórter Chames Oliveira. Aos 24 anos, de Queimados, Rio de Janeiro, Ebony cutuca a soberania masculina e fala que bancar a Barbie é ir na contramão do estereótipo da mulher preta. “Meu conceito de estranheza mudou quando percebi o que se esperava de mim: que eu fosse uma mulher baixa, burra, que não soubesse falar certo ou falar inglês.”

Já Duquesa, também 24, lota shows, tá confirmada no Rock in Rio e indicada em premiação internacional, enquanto celebra a diversidade de cantoras e de público no rap. “Eu represento as minas lá de fora, do eixo do Nordeste, da Bahia. Por mais que a gente faça músicas que até se assemelham no tema, cada uma tem um molho diferente, cada uma está trazendo algo e representando o país inteiro. Acho que para cada situação você vai ter uma faixa de mulheres, feita por mulheres e para mulheres.”

Julia Costa, queen chavosa, 26, finaliza: “Acho muito bonita a forma como existem mulheres diferentes entre si no rap. Você, como ouvinte, pode escolher vários caminhos. Cada uma conta a sua história, e isso abre espaço para vários tipos de público”.

Na playlist da ELLE View também tem:

– O retorno das party girls
O hyperpop comandado por Charli XCX e o fenômeno Brat dão uma cara nova ao feminismo e liberam ainda o make borrado e feliz das altas horas da madrugada.
– Gangstars A moda das ruas encontra as estrelas do rap nacional + entrevistas exclusivas com Duquesa, Julia Costa e Ebonny.
– Som no nécessaire|
Country, funk, techno, sertanejo… Para cada estilo musical, existe um visual de beleza sob medida.
Chappel Roan Foto: Reprodução Instagram
– A nova era do pop feminino é sáfica
Com o poder de autoexpressão recuperado, lésbicas e bissexuais tomaram para elas as telas de cinema, as páginas de livros e, sobretudo, as playlists de música pop.
– Super graphic ultra modern girlA coisa mais legal do mundo da beleza atualmente não é uma marca, um produto ou uma tendência: é Chappell Roan.
– Os 30 anos de rosa e carvãoTudo sobre o álbum que consagrou Marisa Monte como compositora e anunciou a formação dos Tribalistas.
– Por manas a mais Cocriadora do Women’s Music Event, Claudia Assef relata os avanços das mulheres na música e o tanto que ainda falta para uma equiparação de gêneros na indústria.
Beyoncé, na passagem pelo Brasil, com os fãs. Foto: Acervo pessoal

– Um fandom para chamar de seu Cada vez mais engajados em ações sociais, os fãs de divas pop e k-pop mostram que ter um ídolo é um trabalho duro, mas que vale a pena.
E você ainda confere na ELLE View deste mês: a terceira idade do rock, os contos musicais de Roberta D’Albuquerque, as marcas de moda que criam roupas específicas para os palcos, a difícil trajetória das mulheres na composição de músicas brasileiras, a redescoberta de Fernanda Abreu pela Gen Z, as biografias de divas pop, o novo show de Alice Caymmi, e a coluna “leia para não morrer no Google, de Nathália Levy.